segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Arvoredo e Ponte Serrada: rompimento de barragem em Ponte Serrada deixa Arvoredo em alerta - junho de 2014

Choveu muito nas regiões Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina no início do inverno de 2014. O excesso de chuva ocasionou o rompimento de uma barragem em Ponte Serrada, deixando em alerta o município de Arvoredo. A notícia ecoou no Vale do Itajaí nas páginas do Jornal de Santa Catarina.


BR-282 interditada em Ponte Serrada devido ao rompimento da barragem do Vaccaro

Reproduzimos matéria do Jornal de Santa Catarina sobre o tema publicada do final de semana 28 e 29/06/2014:


Arvoredo está em alerta após rompimento de barragem

     Uma barragem particular em Ponte Serrada estourou sexta-feira à tarde em razão do excesso de chuva no Oeste de SC e pode inundar partes da cidade de Arvoredo. Bombeiros de Chapecó, Concórdia e Lages ajudam na retirada de cerca de 30 famílias de regiões próximas ao rio Irani e ao Lajeado Leão.
     De acordo com o subtenente do Corpo de Bombeiros de Chapecó, Nelci Dallagnol, a Barragem do Vaccaro estourou por volta das 14h30min, interrompendo o trânsito na BR-282. O volume de água desemboca no rio Irani e atingiria a cidade de Arvoredo no início da noite. A barragem fica a aproximadamente 56 quilômetros de Arvoredo. O rompimento ocorreu em uma região isolada e a onda de cheia deve passar por quatro pequenas centrais elétricas antes de chegar no município. De acordo com os bombeiros, a barragem é de pequeno porte, mas devido ao alto nível do rio, a evacuação ocorre de forma preventiva.

No dia seguinte, 30/06/2014, o Jornal de Santa Catarina publicou nova matéria, dando conta de que não se confirmaram as previsões catastróficas da edição anterior:

Onze horas de tensão

     Ontem pela manhã, a dona de casa Beatriz Curtarelli finalizou a limpeza da casa. Os moradores de Arvoredo tentavam retomar a rotina após viverem 11 horas de tensão entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado. Beatriz lembra que assava um pão quando chegou o filho Eric, correndo:
    - Corre mãe, vamos que estourou a barragem - disse, assustado.
     A barragem era a Central de Geração Elétrica Vaccaro, em Ponte Serrada. Eram 13h59min quando os bombeiros receberam a informação, segundo o major Walter Parizotto, comandante dos bombeiros de Xanxerê. No mesmo instante informaram os bombeiros de Chapecó, que solicitaram reforços para Concórdia e Lages. A primeira informação era que a água, 8 milhões de metros cúbicos, chegaria na cidade em quatro horas. Aos poucos as informações repassadas pela Defesa Civil e bombeiros, num quartel-general montado na Prefeitura, foram acalmando a população. A Polícia Militar tinha que retirar as pessoas que iam até a beira do rio Irani ou na ponte do afluente Lajeado Leão. Por volta de 1h20min a água começou a alagar a rua Rio Branco. O nível chegou a apenas 80 centímetros sobre o asfalto.
     O major Walter Parizzotto, comandante dos bombeiros de Xanxerê, disse que a água perdeu velocidade com as curvas do rio e também nos lagos das outras PCHs* no rio Irani.
     - Foi decisivo para reduzir a velocidade e evitar que aquela onda chegasse - concluiu Parizzotto.
     Para os moradores da cidade de 2,1 mil habitantes, ficou o susto.

* Sigla para Pequenas Centrais Hidrelétricas.

Fontes: Jornal de Santa Catarina - Caderno 'Geral' - 28 e 29/06/2014 - p. 17 + Jornal de Santa Catarina - Caderno 'Geral' - 30/06/2014 - p. 12
Imagem: Caroline Zanchet/Divulgação - disponível em www.g1.globo.com

domingo, 23 de novembro de 2014

Chapecó: homenagem a Lya Wilhelm, primeira mulher no Conselho Diretor da IECLB - 2012

Entre 17 e 21 de outubro de 2012 aconteceu em Chapecó o XVIII Concílio da Igreja (IECLB). Na ocasião foi feita homenagem à Sra. Lya Wilhelm, primeira mulher eleita, em 1972, para o então Conselho Diretor da IECLB. Reproduzimos abaixo a matéria publicada sobre o assunto no jornal O Caminho.


 

     Em 2012 completam-se 40 anos que Lya Wilhelm foi eleita para o Conselho Diretor da IECLB, hoje Conselho da Igreja. O fato histórico foi lembrado durante o Concilio da Igreja, em Chapecó. Lya foi a primeira mulher eleita para esta instância em 1972, no VIII Concílio da Igreja, em Panambi (RS).
     A história de Lya Wilhelm é muito rica e plena de realizações em termos de estudo, formação e serviços. Natural de Cachoeira do Sul (RS), nascida em 14 de julho de 1928, é a segunda dos três filhos do casal Erwino e Elly Freyler Wilhelm. Formada em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1954, com especialização em Tecnologia Educacional na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1978, ela fez cursos de aperfeiçoamento para diretores de escolas estaduais de grau médio e para diretores e professores de ensino médio pela Divisão de Ensino Normal/SEC, em Porto Alegre, e curso de extensão cultural em Assistência Comunitária pelo Gemeindehelferinnen Seminar em Stein b/Nürnberg, na Alemanha.
     Professora de Filosofia e História e especialista em administração escolar, ela foi diretora de escola e prestou diversas assessorias a colégios e faculdades. Também foi diretora e organizadora do Museu Municipal de Cachoeira do Sul, primeira presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico-Cultural da cidade, museóloga e vice-presidente da Associação Rio-Grandense de Museologia.
      Na comunidade evangélica de Cachoeira do Sul foi organizadora do grupo de jovens, presidente da OASE, membro do Conselho Sinodal de Educação no Sínodo Riograndense, da diretoria da OASE do Sínodo Riograndense, do Conselho Diretor da IECLB e delegada da IECLB no Conselho Mundial de Igrejas (CMI) na V Assembleia em Nairobi/Quênia.
     A primeira mulher eleita para o Conselho Diretor da IECLB atualmente* colabora sistematicamente com os departamentos culturais do Núcleo Municipal da Cultura de Cachoeira do Sul, traduz textos da Língua Alemã para a Língua Portuguesa, participa de ações comunitárias e incentiva a promoção e a difusão da cultura. Lya recebeu inumeráveis homenagens em sua cidade, bem como do Estado do Rio Grande do Sul, por seu empenho pela educação.

*Refere-se a dezembro de 2012. Lya Wilhelm faleceu em Cachoeira do Sul (RS), no Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), em 23/02/2013.

Fontes + imagem: Jornal O Caminho - Gente e Eventos - Ano XXVIII - N° 12 - Dezembro de 2012 - p. 4 + www.luteranos.com.br.

Caçador: 75 anos de fundação da Comunidade de Caçador da IECLB - 2012

Em julho de 2012 o jornal "O Caminho", periódico publicado pelos Sínodos Norte-Catarinense e Vale do Itajaí, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), publicou matéria, reproduzida a seguir, referente aos 75 anos de fundação da Comunidade de Caçador.


Templo da Comunidade de Caçador

Comunidade celebra 75 anos de fundação     

     No domingo 27 de maio (de 2012), a Comunidade de Caçador comemorou 75 anos. Para lembrar a data, foi realizado um culto festivo, celebrado pela pastora Aline Danielle Stüewer e pelo pastor sinodal do Sínodo Norte-Catarinense, Inácio Lemke
     Em sua pregação, Lemke animou as pessoas a continuarem a sua caminhada como comunidade de Jesus Cristo em Caçador. Ainda destacou que o Espírito Santo de Deus continuará animando, chamando e capacitando pessoas para edificarem a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Caçador. Na oportunidade, o pastor Inácio também fez o lançamento da Campanha Vai e Vem.
     Após o culto, as pessoas foram recepcionadas no salão comunitário e puderam ouvir mais a respeito da história da sua comunidade. Logo após, foi servido um almoço comunitário. Também foi confeccionado e distribuído um livreto com a história e algumas fotos da comunidade.
     Olhando para a história da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Caçador, podemos perceber a presença e orientação de Deus. Agradecemos a Deus por ter acompanhado a comunidade até aqui e pedimos a Ele que continue abençoando todos os trabalhos realizados pela comunidade.

Fonte: Jornal O Caminho - Seção História - Ano XXVIII - N° 7 - julho de 2012 - p. 10
Texto: Pa. Aline D. Stüewer - Caçador
Imagem: Divulgação O Caminho

Vargem Bonita: berço da Celulose Irani S.A.

Esta é nossa primeira postagem sobre o município de Vargem Bonita e será dedicada ao surgimento da Celulose Irani S.A., importante empresa do segmento de papel e celulose originária do meio oeste catarinense.


Primeiro prédio construído com tijolos da olaria da empresa - 1944

     A Celulose Irani S.A. é um case de sucesso do mundo corporativo. Surgiu da crise de uma vinícola de Caxias do Sul/RS, a Companhia Vinícola Riograndense que, apesar de capitalizada, viu, no difícil período dos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, diminuir o mercado de vinhos finos.
     O início do conflito na Europa afetou diretamente as importações brasileiras de papel e pasta de celulose, pois causou grande instabilidade no movimento da marinha mercante. Esta crise para a indústria brasileira foi encarada como oportunidade pelos diretores da vinícola, que decidiram investir em outro mercado, o de papel e celulose.
     Visando realizar um estudo de viabilidade econômica, os diretores Galeazzo Paganelli e José Moraes Vellinho enviaram um emissário em busca de pinheirais nos estados de Santa Catarina e Paraná: Alfredo Fedrizzi, homem de confiança que em 11 anos dedicados à vinícola, demonstrara sua competência na defesa dos interesses da empresa. Tinha início a história de sucesso da Celulose Irani S.A.
     A expedição, comandada por Alfredo Fedrizzi e acompanhado de Paulo Pasquali e dos técnicos em araucária João Turra e Emílio Tedesco, partiu numa madrugada de inverno de 1940 rumo ao Oeste de Santa Catarina e posteriormente ao Paraná, com a missão de reconhecer duas fazendas oferecidas à vinícola para construir sua fábrica de papel.
     O local escolhido foi a fazenda São João do Irani, localizada no município catarinense de Cruzeiro do Sul, posteriormente denominado Joaçaba. As dificuldades iniciais foram enormes, pois não havia estradas para chegar ao local, distante 25 km de Vargem Bonita, núcleo habitado mais próximo.
     No início de 1941 Alfredo Fedrizzi seguiu para Campina da Anta, como se chamava a localidade onde estava a fazenda, para ali erguer o primeiro rancho de madeira lascada a machado, às margens do Rio da Anta. Teria sido ele a rebatizar o local com o nome de Campina da Alegria, utilizado até hoje. Em seguida iniciou, com a utilização de pás, picaretas e carrinho de mão, a construção de uma estrada de 25 km de extensão e dois metros de largura em plena mata, exaustiva obra que lhe custou 10 meses de trabalho.
     A empresa foi oficialmente fundada em 06 de junho de 1941, com o nome de Celulose Irani Ltda., tendo como seu administrador o pioneiro Alfredo Fedrizzi.
     Em 1942 foi iniciada a construção do primeiro prédio, com a utilização de tijolos e telhas fornecidos pela olaria. A serraria da empresa abastecia a obra com as madeiras necessárias à sua execução. No mesmo ano foram instalados os primeiros equipamentos industriais: um britador com acionamento hidráulico, as primeiras caldeiras e a primeira máquina a vapor, de 375 HP, para geração de energia.
     No ano seguinte, 1943, foi instalado o primeiro desfibrador a vapor para fabricação de pasta mecânica. Em fins do mesmo ano e início do seguinte, foi montada ao lado das caldeiras outra máquina a vapor. Usada em navios, além de fornecer energia para a fábrica, fazia funcionar dois geradores que mais tarde acionaram a primeira máquina de papel.
     
Primeira máquina de papel - 1946

     O ano de 1944 marcou o início da produção de papel com a utilização da Máquina de Papel Numero I, inaugurada pelo então Governador do Estado de Santa Catarina, Nereu Ramos. Dificuldades com a importação de máquinas dos EUA levaram a alterações no projeto original e compra de equipamentos em São Paulo. Assim, a fábrica iniciou suas atividades sem a produção de celulose, utilizando papéis velhos e pasta mecânica.
     Em 1945 Alfredo Fedrizzi iniciou a construção de uma represa e de uma usina de geração de energia no Salto Flor do Mato, em Campina da Alegria. A obra foi concluída alguns anos mais tarde. A energia elétrica era gerada por uma termoelétrica própria, acionada a lenha, que produzia vapor para abastecer a indústria.
     Os papéis eram cortados em diversos formatos, depois escolhidos e contados em resmas, para em seguida ser embalados e prensados na forma de fardos de aproximadamente 150 kg. Da fábrica eram transportados até Cruzeiro do Sul, onde a empresa mantinha um depósito às margens da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande. Deste depósito partia de trem para ser distribuído para os centros consumidores do país.
     Em 1948 a fábrica deixou de produzir papel com celulose importada para, a partir de 1949, com a contratação do primeiro técnico e especialista na fabricação de celulose e ácido, Max Erold, passar a produzir sua própria celulose.
     A partir de década de 1950 a empresa não parou mais de crescer e se consolidou em seu ramo de atuação. Neste período passou a utilizar parte de suas reservas florestais, mas desde o início preocupada com o reflorestamento. Em 1958 instalou seu escritório em Vargem Bonita. 
     Na década de 1960 teve início a utilização de mudas de Pinus elliottii, originárias dos EUA. Uma forte nevasca, em 1965, formou uma camada de 20 cm de gelo em torno da fábrica.

Neve no patio de madeiras de Campina da Alegria - 1965

      A década de 1970 marcou o fim das atividades do pioneiro Alfredo Fedrizzi à frente da empresa em Campina da Alegria, após 31 anos dedicados ao exitoso empreendimento. Fortemente homenageado por toda a comunidade e funcionários, fixou residência em Caxias do Sul/RS, onde viviam filhos e netos.
     Um novo impulso na empresa aconteceu na década de 1990 quando, em 1994, seu controle acionário foi assumido pelo Grupo Habitasul de Participações S.A. Hoje, com 73 anos de existência, a Celulose Irani S.A. é uma empresa reconhecida nacional e internacionalmente. Para conhecer mais da história ilustrada da empresa, navegue pela cronologia disponível em www.irani.com.br/pt/info/historia?ano=1940.

Fonte e imagens: www.irani.com.br

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Caçador: falta de recursos para os JASC - 1973

Em sua edição de 23/08/1973, o Jornal de Santa Catarina trouxe matéria referente à falta de recursos em Caçador para melhorar sua participação nos JASC daquele ano.



     CAÇADOR, 23 - Caçador vem participando dos Jogos Abertos de Santa Catarina desde o ano de 1965, quando a maior competição amadora estadual foi realizada em Porto União.
     Com uma participação modesta na oportunidade, Caçador, com poucos atletas, sem dinheiro e sem experiência, prometia que para os próximos anos suas equipes se apresentariam nas diversas modalidades com maior segurança e em melhores condições de disputa e não simplesmente para participar.
     Os anos se sucederam, e Caçador participou de todos os demais jogos abertos, porém sempre com problemas administrativos e técnicos e raramente alcançou boas posições, exceto em bocha, bolão e tiro-ao-alvo, seus fortes.
     Nos jogos coletivos, a alegação era sempre a mesma: falta ginásio coberto, para permitir a formação de atletas e preparação das equipes.

ATUALMENTE

     Com verba orçamentária de Cr$ 15.000,00,a nova diretoria da Comissão Municipal de Esportes, composta de desportistas nomeados pelo prefeito, só tem dois homens que estão fazendo alguma coisa: o presidente Márcio Soares e o técnico José Carlos Conti. Os demais ainda não disseram porque foram escolhidos e aceitaram os respectivos cargos. As modalidades coletivas se resumem no futebol de salão e basquete, porque há pouca participação dos atletas. O problema de local para praticar esportes foi resolvido, com a construção do Ginásio do Esporte Clube Juventus, que o cede sempre à CME.
     A pouca verba, que segundo os dirigentes não dará nem para a viagem, e o pouco interesse dos atletas em colaborar com os treinamentos, são os motivos que levarão (Caçador) a São Bento do Sul com equipes sem as mínimas condições.
     A exatamente dois meses dos Jogos Abertos, não surgiu ainda alguém que tome medidas que possam pelo menos solucionar em parte os problemas do esporte amador dessa cidade.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Esporte - p. 7 - 23/08/1973

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Chapecó: a vinda do cantor Ronnie Von em 1973

Encontramos nota publicada na coluna social do Jornal de Santa Catarina em 24/08/1973, na época assinada por Carlos Müller, informando sobre apresentação do cantor Ronnie Von na cidade de Chapecó.



 

     Ronnie Von nasceu em 17/07/1944 e este ano festejou seu 70o. aniversário. Natural de Niterói/RJ e filho de pai diplomata, seu nome verdadeiro é Ronaldo Lindenberg von Schilgen Cintra Nogueira
     Começou a carreira artística em 1963, em plena época da Jovem Guarda, que teve entre seus ícones Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléia e muitos outros. Começou a gravar em 1966 e segue em atividade, desde 2004 como apresentador do programa "Todo Seu" da TV Gazeta. 
     Além de cantor, compositor e apresentador de TV, é também economista, administrador e escritor. Foi cadete da Aeronáutica, é apaixonado por botânica, apreciador de charutos e vinhos, e dono de uma agência de publicidade.

LP "Ronnie Von" - 1973

     Em 1973, quando esteve em Chapecó, gravou pela Polydor o LP "Ronnie Von", que traz as seguintes faixas: Lado 1: "As coisas vão e voltam, mas acabam em rock and roll", "Banda da ilusão", "Gira-girou", "Velho sermão", "Linda morena"e "Deus sul-americano"; Lado 2: "Santa Maria", "Você se foi", "Essas coisas acontecem sempre", "Ana Maria", "Amores perdidos no ar" e "Os frutos do amor".

Fontes: www.wikipedia.com.br + www1.folha.uol.com.br + www.falantemudo.blogspot.com
Imagem: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva - Blumenau/SC + www.limbodorock.blogspot.com

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Joaçaba: antiga placa de identificação de veículo

Há algum tempo encontrei esta antiga placa de identificação de veículo de Joaçaba. Estava à venda no Mercado Livre por um vendedor, curiosamente, aqui da minha cidade, Blumenau.



     Pesquisando sobre este modelo de placa, pude verificar que foi utilizado entre 1969 e 1990 - em alguns estados, parece ter existido até 1999 -, quando foi implementado o sistema RENAVAM, Registro Nacional de Veículos Automotores.
     Este sistema de emplacamento era chamado alfanumérico e composto por duas letras e quatro números. Cada estado possuía uma sequência que poderia ser utilizada também por outros estados. Os prefixos eram vinculados ao nome do município, como observamos no exemplo da foto: JC = Joaçaba. Isso fazia com que a placa tinha que ser trocada toda vez que o veículo fosse vendido para alguém que residisse em outro município. A sigla do estado passou a vir antes do nome do município, invertendo-se a ordem vigente anteriormente. Foi nesta época que aconteceu também a mudança da cor da placa para veículos particulares, de laranja para amarelo.
     Em 1990, este modelo de placa teve que ser substituído por conta de incompatibilidades que surgiram com o sistema RENAVAM. Por exemplo: a placa JC 7173 poderia existir em cada um dos demais estados da federação. Além disso, os computadores poderiam confundi-la com a sequência paralela utilizada para motocicletas, com duas letras e três algarismos. Isso não ocorreria no caso da placa que ilustra esta postagem, mas poderia ocorrer, por exemplo, com as placas hipotéticas JC 0173 (carro) e JC 173 (motocicleta).
     Outro problema era o número máximo de prefixos até então disponíveis por estado: 676 combinações, o que em certos casos era insuficiente para atender aos estados. Minas Gerais, por exemplo, tinha à época 722 municípios, mas somente podia dispor de 676 prefixos. Além disso, municípios muito populosos necessitavam de dezenas de prefixos para atender à quantidade de veículos neles registrados.
     Estas limitações levaram à implantação de um novo sistema de identificação de placas, o atualmente vigente, de três letras e quatro números, separados por um hífen. A mudança alterou também a cor das placas, de amarelo para cinza, e possibilitou, no caso de venda do veículo para pessoa residente em outro município, ao invés da troca da placa completa, a substituição apenas da tarja com a sigla do estado e o nome do município.
     A fonte utilizada - ver abaixo - fornece maiores informações sobre o tema e um histórico com todos os sistemas de emplacamento de veículos utilizados pelo Brasil até hoje.
     A quem terá pertencido o veículo identificado por esta placa?

Fonte: www.pt.wikipedia.org/wiki/Placas_de_identificacao_de_veiculos_no_Brasil
Imagem: www.produto.mercadolivre.com.br/MLB-562085641-placa-amarela-joacaba-_JM

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Concórdia: artista de rua de passagem por Blumenau elogia a cidade e também Chapecó

Em 21/07/2014, o jornalista Valther Ostermann, em sua coluna no Jornal de Santa Catarina, flagrou a passagem por Blumenau de um artista de rua residente em Concórdia, junto a um que mora em Blumenau. O texto publicado aparece a seguir.



Opinião

     Conversei com os dois artistas que ganham a vida praticando a arte de se fazer de estátua - não é fácil - e que hoje ilustram a coluna. Um deles mora em Blumenau há 12 anos, outro mora em Concórdia e vai de cidade em cidade, conhece muitas. Dele ouvi que "Blumenau e Chapecó são as cidades que melhor acolhem sua arte em Santa Catarina".
     - O povo daqui é muito educado, compreende e admira nosso trabalho.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - 21/07/2014 - Coluna de Valther Ostermann - p. 18
Texto e imagem: Valther Ostermann

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Alto Bela Vista: falecimento do Pastor Diethard Grosse da IECLB - 2014

Nota do jornal O Caminho, reproduzida abaixo, de março de 2014 informa a morte na Alemanha, de pastor luterano que atuou em Alto Bela Vista nos anos 1970. 


Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil de Alto Bela Vista - SC

P. Grosse falece na Alemanha

     Dia 21 de janeiro (de 2014) faleceu em Friedberg/Alemanha, vítima de câncer, o P. Diethard Grosse, que atuou em Alto Bela Vista (SC), na década de 70. Deixa enlutados a esposa, uma filha médica (na Alemanha) e o filho Andreas, casado, pai de duas filhaa e residente em Sapiranga.

     O informativo da comunidade luterana de Friedberg também publicou nota sobre o seu falecimento, a qual reproduzimos, traduzida, abaixo:

Pastor Diethard Grosse

     Nascido em 16/07/1943
     Falecido em 21/01/2014

     Após o seu tempo de pastorado no Brasil, em Bad Alexandersbad e Burghaslach, o Pastor Diethard Grosse, já aposentado, desde 2005 passou a viver com a esposa Hannelore em Friedberg. Mas mesmo neste tempo, apesar de oficialmente aposentado, nunca deixou que lhe tomassem a convicção que acompanha um servo e pastor, e continuou ajudando voluntariamente nossa comunidade e o Lar de Idosos da AWO. Tanto aqui como lá ia ao encontro das pessoas com disposição e entrega, de forma que está em honrosa lembrança na vida de muitas pessoas.
     Por seu serviço somos-lhe, como comunidade, devedores de imensa gratidão. Sentimos sua falta como interlocutor, amigo e conselheiro e esperamos, com ele e seus familiares, que agora lhe seja permitido vislumbrar a glória de Deus, da qual ele falou a tantas pessoas e na qual creu com total confiança durante toda sua vida.

     Segundo nota divulgada pela comunidade luterana de Bad Alexandersbad, o Pastor Diethard Grosse faleceu com a idade de 71 anos e serviu a ela no período de 1977 a 1990. Informa a nota que era sempre um momento especial quando, nas segundas-feiras de Pentecostes, realizava cultos de aniversário de Confirmação, ocasião em que costumava, com seu jeito amigável e bem humorado, recordar fatos pitorescos ocorridos com seus confirmandos do passado.
     Se nome figura na lista de pastores enviados ao Brasil pela Igreja Evangélica Luterana na Baviera o período 1897 - 1997.

Fontes: Jornal O Caminho - Gente e Eventos - Ano XXX - N° 3 - março de 2014 - p. 4 + www.friedberg-evangelisch.de + www.badalexandersbad-evangelisch.de + www.luteranos.com.br.
Imagem: www.sinodoplanalto.blogspot.com.br

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Caçador: fundação do Grêmio Literário José de Anchieta - 1931

Em 08/04/1931 o jornal Republica, de Florianópolis, noticiava a fundação, em Caçador, do Grêmio Literário José de Anchieta. Abaixo, a transcrição da matéria publicada.


Gremio Literario
          JOSE' DE ANCHIETA
     Acaba de ser fundado em Rio Caçador, neste Estado, sob os auspicios do corpo docente do Collegio Aurora, com o programma dos seus congeneres, o Gremio Literario José de Anchieta, com o escopo de elevar o nivel intellectual da população daquella zona.
     Communicando a sua fundação, recebemos um attencioso officio firmado pelos srs. Waldyr Carvalho Luz, primeiro secretario do Gremio e Dante Marconi, director do Collegio.
     Muito grato ficamos pela gentileza e desejamos a novel sociedade um futuro cheio de glorias, no seu bello intuito de elevar mais ainda o nome intellectual do nosso Estado.

Fonte: Republica - 08/04/1931 - p. 4
Imagem: acervo da Biblioteca Nacional

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Piratuba: excursão de Blumenau - 1989

Em agosto de 1989 a Turismo Holzmann, então uma das mais tradicionais agências de viagem de Blumenau, organizou uma excursão a Piratuba, da qual participou o Sr. Frederico Kilian, já falecido, ex-funcionário público e pessoa dedicada à preservação da história de Blumenau. Parte do seu espólio foi entregue ao Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, de Blumenau, onde encontramos o material que serviu de base para esta postagem.


Prospecto de Piratuba - década de 1980 - frente

ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE PIRATUBA

Saída: 04 de agosto de 1989                                                                 Retorno: 06 de agosto de 1989

Embarque: Turismo Holzmann - Alameda Rio Branco, 165 - Blumenau/SC

1º Dia - 04/08/89
Saída de Blumenau às 07:00 horas em ônibus para turismo, guia acompanhante, com destino a Piratuba. Chegada prevista para às 13:00 horas. Acomodação no Hotel Tirolesa. Uma feliz oportunidade para um reencontro com a natureza. O vale verdejante do Rio do Peixe, montanhas, bosques, flores, a camaradagem e a amizade do povo piratubense. Tudo isto e mais o calor das águas, fazem de Piratuba um local inesquecível. Restante do dia livre.

2º Dia - 05/08/89
Dia inteiramente livre para desfrutar as delícias do Balneário, local aprazível e confortável. Durante toda a época do ano, pode-se tomar banhos de imersão e duchas individuais e em chuveiros ao ar livre, graças à elevada temperatura da água. Há um conjunto de piscinas térmicas, play-ground, quadras de esporte, etc...

3º Dia - 06/08/89
Manhã livre. Às 11:00 horas, é feita uma demonstração do jato d'água, que atinge uma altura de 30 m, com pressão natural. APós o almoço, início da viagem de regresso a Blumenau com chegada prevista para às 21:00 horas.

Preço por pessoa: NCz$ 165,00

O preço inclui: a) Passagem em ônibus para turismo.
                           b) 02 diárias com pensão completa.

O preço exclui: Bebidas e extras de caráter pessoal.

Prospecto de Piratuba - verso 

As gerações mais jovens poderão não saber em que moeda foi orçada a viagem. Vivia-se um período de inflação galopante e a moeda então em vigor era o Cruzado Novo (NCz$), que vigorou de 16/01/1989 a 16/03/1990. Substituiu o Cruzado (Cz$), que vigorou a partir de 28/02/1986, sendo NCz$ 1,00 equivalente a Cz$ 1000,00. Antes da adoção do Real (R$), em 01/07/1994, ainda viriam o Cruzeiro (Cr$) e o Cruzeiro Real (CR$).

Cédula de NCz$ 50,00

Fonte e imagens: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva + www.wikipedia.com.br + aamuseuvalores.blogspot.com

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Porto União: Almanak Laemmert - 1918

Reproduzimos dados referentes ao município de Porto União publicados em 1918 no Almanak Laemmert. São poucas informações, pois, como explica a publicação, o município não forneceu os dados solicitados pela mesma. Ainda assim, nos dizem alguma coisa sobre o município naquele tempo.


Porto União - primeiras décadas do século XX

PORTO UNIÃO

     Municipio e comarca do mesmo nome. Antigo União da Victoria que, em virtude do accordo de limites entre os Estados do Paraná e Santa Catharina, ficou pertencendo a este ultimo Estado.
     Tem sob a sua jurisdicção os termos de S. João do Triumpho e S. Matheus, os districtos judiciarios de S. João dos Pobres e Villa Nova do Timbó. As terras do municipio são das mais ferteis do Estado. É atravessado pela E. de Ferro de Marcellino Ramos a Itararé, da Brasil Railway Company.
     O municipio tem 12.000 habitantes com 500 eleitores.

NOTA. - Não recebemos as informações solicitadas ao dignissimo intendente municipal.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4205.
Imagem: www.ondeficaportouniao.blogspot.com.br

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Lages: Almanak Laemmert - 1918

Seguem dados referentes ao município de Lages publicados em 1918 no Almanak Laemmert. São poucas informações, pois, como explica a publicação, o município não forneceu os dados solicitados pela mesma. Ainda assim, nos dizem alguma coisa sobre o município naquele tempo.


  Panorâmica na direção sul da cidade de Lages (SC) - 1959

LAGES
(Comarca, municipio e villa)

     O municipio compõe-se dos districtos da cidade de Lages, Capão Alto, Campo Bello e Painel. A cidade fica situada a 800 metros acima do nível do mar.
     Tem-se desenvolvido muito n'este municipio a fruticultura, pela introducção de grande variedade de arvores proprias do clima. A pecuaria tem tambem tomado notavel incremento, pelo cruzamento que estão fazendo os fazendeiros de typos finos com o gado commum.
     População: 26.000 habitantes

NOTA. - Não se recebendo as informações solicitadas ao dignissimo intendente municipal, 
    publicam-se todas as informações anteriores.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4203.
Imagem: Pedro Pinchas Geiger e Tibor Jablonsky - disponível em www.biblioteca.ibge.gov.br

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Salto Veloso: "O que somos - De onde viemos" - um olhar sobre a história do município

No início de 2013 tive o privilégio de conhecer Ana Rosa e Elisabet Zanela. O contexto não poderia ter sido melhor: uma maravilhosa viagem ao Chile promovida pela UNOESC de Joaçaba. Numa agradável noite em Santiago, durante um jantar na tradicionalíssima picada El Rincón de los Canallas, soube que eram naturais de Salto Veloso e que existia um livro sobre a história da cidade. Meses mais tarde, com vistas ao preparo de uma postagem para o blog, enviei a elas uma foto de Salto Veloso, da década de 1970, que havia garimpado num site de colecionismo, pedindo auxílio na identificação das edificações que aparecem na imagem. Para minha alegria recebi, além das informações solicitadas, um exemplar do belo livro sobre a história da cidade.


A inspiradora imagem que ilustra a capa do livro

     Já pude ler o livro e, defensor da tese de que todos devemos ter respeito e orgulho pela terra em que nascemos, desejo que seu rico conteúdo possa ser conhecido também por todos os velosenses. Não é possível, neste espaço, reproduzir toda esta obra, mas procurarei, paulatinamente, postar alguns dados importantes sobre a história de Salto Veloso.
     Resultado do trabalho da competente historiadora e escritora Alzira Scapin, que contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Salto Veloso, o livro parece ter sido publicado em fins de 1996, conforme demonstra a apresentação do mesmo, redigida em 03/12/1996 pelo então Secretário Municipal de Educação e Cultura, Humberto Luiz Dalpizzol, e reproduzida parcialmente a seguir:

     "Tratando-se de apresentar ao leitor uma obra histórica, antes de qualquer colocação podemos afirmar: trata-se de um pedaço da vida de cada munícipe Velosense, que estava escondido, perdendo-se nas facelas do tempo e hora sendo resgatado, trazido novamente a tona, para fluir à memória de um povo. Este mesmo povo que necessitava urgentemente resgatar suas raízes, rever seu passado galgado de conquistas e glórias, olhar o horizonte e continuar orgulhoso, viver seu presente e construir um futuro promissor.
     Trata-se de um trabalho de pesquisa minucioso, realizado pela jornalista e historiadora ALZIRA SCAPIN, que contou com a colaboração de muitos colonizadores ainda presentes, os quais guardavam consigo, na memória viva da história, verdadeiras relíquias de fatos e acontecimentos narrados por seus avós, pais e mesmo vivenciados por eles próprios; preciosidades que beiravam o abismo do esquecimento, não fosse esse maravilhoso resgate.
     Neste livro surpreendente, Alzira conseguiu aliar uma rigorosa pesquisa histórica sobre a vida dos primeiros desbravadores destas terras. Um caminho sem fronteiras.
     O resultado é um livro gostoso de ler, que emocionará muita gente, principalmente aqueles originários das primeiras famílias colonizadoras. Os textos trazem revelações surpreendentes, cenas que vão do comovente ao hilariante sem perder o enfoque histórico. Um retrato fiel, ou o mais próximo dele que se pode chegar até então, de como surgimos, a vida, os costumes, as crenças e tradições de um lugarejo, o qual se tornaria o que somos hoje.
     (...)
     Estas páginas reconstituem a cultura e a história de Salto Veloso, do mesmo modo que reconstitui e preserva aquela velha foto em preto e branco amarelada, perdida no fundo de um baú, no sótão daquela casa antiga estilo italiano, lá no interior do município, onde nasceu muita gente pelas mãos de uma parteira, que perfazia quilômetros no lombo de uma mula, assegurando que mais um colonizador tornara-se um marco, agora registrado nas páginas que prosseguem.
     Felicidades."

     Esperamos que a publicação desta apresentação atice no leitor, especialmente o velosense, o desejo de conhecer os pormenores do surgimento do município de Santo Veloso. Boa leitura!
     

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Curitibanos: Dr. Guilherme Luiz Abry - Juiz de Direito nos tempos da Guerra do Contestado

Ao elaborar a postagem sobre o material referente a Curitibanos encontrado no Almanak Lammert de 1918, publicada em 02/06/2014, fiquei surpreso ao encontrar ali um sobrenome que me era conhecido no contexto da história de Blumenau: Abry. Tratava-se do então Juiz da Comarca de Curitibanos, Dr. Guilherme Abry. Decidi apurar se poderia haver uma relação com minha cidade. E de fato há, conforme demonstrou a pesquisa cujo resultado compartilho abaixo. A grafia do seu nome foi mantida conforme aparece nos documentos pesquisados.


Dr. Guilherme Abry

     Wilhelm Luis Abry nasceu em Blumenau, segundo o registro de seu batismo, em 03/04/1886, filho do comerciante Luis Abry, estabelecido na localidade de Badenfurt - ou Weissbach, segundo outra fonte -, e de sua esposa Auguste, nascida Clasen. Foi registrado civilmente com o nome de Guilherme Luiz Abry, como tendo nascido em 05/04/1886. 
     Ao longo da vida profissional ficou conhecido como Guilherme Abry, mas entre o seus era tratado por Willy, alcunha provavelmente recebida na infância. E foi na infância que, resultado de uma queda, fraturou o pé. Por falta de recursos médicos em Blumenau para o mal que tendia a agravar-se, foi levado pelo pai à Alemanha, aos 11 anos de idade, a fim de lá receber um tratamento mais adequado. Acabou permanecendo seis anos na cidade de Helmstedt, período em que cursou o ensino ginasial. 
     De volta ao Brasil, fez o curso clássico em Porto Alegre e posteriormente a faculdade de Direito na Universidade de São Paulo. Foi, em dezembro de 1909, o primeiro blumenauense a se formar Bacharel em Direito.
     No ano seguinte, 1910, foi nomeado Promotor Público de Tubarão, posto que ocupou por apenas cinco meses, pois fora transferido para Biguaçu, e de lá, em 1912, para Itajaí.
     Era final de janeiro de 1914 quando, durante a Guerra do Contestado, foi nomeado Juiz de Direito de Curitibanos. Em virtude do grave conflito entre os caboclos e as forças legais, passou por muitos contratempos, tendo que fugir da cidade, montado numa mula, com a qual foi até Florianópolis. Ao retornar a Curitibanos, ao cabo de algumas semanas, encontrou sua casa incendiada, tendo na ocasião perdido todos os seus pertencer, incluindo-se aí sua biblioteca.
     Em 1917* instalou a Comarca de Mafra, onde exerceu as funções de Juiz de Direito por mais de uma década.
     Casou-se em Jaraguá do Sul em 18/09/1922 com Olga Cardozo, nascida em Blumenau em 22/06/1905, e residente em Joinville, filha de Claudino José Cardoso e Rosa dos Santos Cardoso. Vivia o Dr. Guilherme Abry, nesta época, em Hamonia, atual município de Ibirama. Por razões que desconhecemos, sua data de nascimento no registro de casamento aparece como sendo 26/10/1899.
     No dia 30/07/1925 lhe nasceu, em Blumenau, o único filho, Fausto Luiz Abry. Advogado e funcionário público aposentado do Estado do Paraná - jornalista na década de 1970, segundo uma das fontes pesquisadas -, vive em Curitiba, viúvo de Anna Karam, natural daquela cidade, com quem se casou em 1964. O casal teve uma filha, Angela Karam Abry, solteira, que reside com o pai.
     Observamos, no registro civil de seu casamento, e no de nascimento de seu filho que, apesar de ter sido registrado civilmente como Guilherme Luiz Abry, preferia utilizar como nome Luiz Abry Junior, por ser homônimo do pai, também Guilherme Luiz Abry, mas mais conhecido como Luiz Abry.
     No início da década de 1930 ainda está em Hamonia, onde, paralelamente à atividade profissional, exerce o cago de secretário da primeira diretoria do Club Sportivo União Hammonia, atual Sociedade Desportiva União, fundado em 23/04/1931 com a finalidade de 'levantar o sport em geral para o desenvolvimento physico e intellectual da mocidade', conforme reza seu primeiro estatuto, de 31/04/1931.      
       Seu próximo destino foi Joinville, para cuja Comarca foi transferido em 1932, até sua nomeação, em 1937, como Desembargador do Superior Tribunal de Justiça, evento que levou à sua mudança para Florianópolis. 
     Em Florianópolis incentivou a criação do Rotary Club, ocorrida em 17/09/1939, tornando-se seu primeiro presidente.
     Consta ter se estabelecido durante certo período em Joaçaba, onde seu nome figura na lista dos ex-presidentes do Clube 10 de Maio, fundado em 10/05/1931. Cumpriu dois mandatos, nos anos 1942/1943 e 1943/1944.
     Informa a Ata de Instalação da sessão inaugural do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, que em 07/06/1945 proferiu compromisso de posse como desembargador membro daquela entidade, tendo presidido-a de 17/01/1947 a 01/10/1950, após ter sido vice-presidente da gestão anterior. Foi também, no período 11/05 a 01/11/1949, Corregedor Geral da Justiça de Santa Catarina. Exerceu suas atividades em Florianópolis até se aposentar, em 1956, com 70 anos de idade.
     Mais tarde retornou a Blumenau. Recolhido ao leito, vítima de persistente enfermidade, o Dr. Guilherme Abry se instalou  num apartamento do Hospital Santa Catarina, onde passou o restante de seus dias. Faleceu em 02/08/1970, de acidente vascular cerebral, com 84 anos de idade, tendo sido sepultado no cemitério luterano de Blumenau.
     Pouco mais de um ano após sua morte, em 21/10/1971, após Projeto de Lei apresentado pelo Deputado Aldo Pereira de Andrade, foi sancionada pelo Governador Colombo Machado Salles a Lei No. 4642, que denomina de 'Desembargador Guilherme Abry' o Fórum da Comarca de Blumenau.
     Pelo menos dois municípios catarinenses têm ruas em sua homenagem: Joinville, onde já há registros de uma rua com seu nome já em 1979, e Blumenau, onde foi criada a Rua Desembargador Guilherme Abry pela Lei 6642/04 de 20/12/2004.

* O Almanak Laemmert é de 1918, mas muitos de seus dados podem referir-se a 1917 ou mesmo estar desatualizados. O Dr. Guilherme Abry pode ter sido transferido para Mafra em algum momento de 1917.

Fontes:
Dados da genealogia da Família Clasen gentilmente fornecidos por Renato Pimazzoni, elaborados por este com o auxílio do Dr. Niels Deeke (in memorian)
www.tre-sc.jus.br
www.clube10demaio.com.br
www.timesdelbrasil.com.br
www.cgj.tjsc.jus.br
www.rotaryflorianopolis.org.br
200.192.66.20/alesc/docs/1971/4642_1971_Lei.doc
www.c-mara-municipal-de-blumenau.jusbrasil.com.br/legislacao/263180/lei-6642-04.
Imagem: www.tre-sc.jus.br
     

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Joaçaba: breve histórico da Specht Produtos Alimentícios Ltda.

Em meados da década de 1920, quando o jovem município de Joaçaba ainda não completara 10 anos de existência, surgiu uma importante empresa que muito contribuiu para o desenvolvimento do município: a Specht Produtos Alimentícios Ltda. A seguir, um breve histórico da empresa, que em 2015 completará 90 anos de existência.


      A história da Specht Produtos Alimentícios Ltda. começou na década de 1920, com a chegada ao Brasil da família Specht, vinda de Gröden, na Alemanha. Com a maquinaria de um moinho e uma turbina para geração de energia elétrica, trazidos de seu país, o patriarca da família criou a empresa no município de Cruzeiro do Sul, em Santa Catarina. hoje chamado de Joaçaba.
     A moagem de trigo começou em 1925. Durante 33 anos, o moinho era uma empresa individual e levava o nome de seu fundador: Luiz Specht Filho. Em 1958, a razão social mucou para Luiz Specht Filho Ltda. Quinze anos depois, passou a ter o nome atual: Specht Produtos Alimentícios Ltda. Em constante evolução, a empresa é conhecida no mercado pela tradição e qualidade das marcas Specht e Prontex.
     Empresa tradicional do Oeste Catarinense, a Specht Produtos Alimentícios Ltda. atua no segmento de farinha de trigo, farinha de milho, pré-misturas, farelo de trigo e gérmen de trigo nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Texto e imagens: www.specht.com.br

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pinhalzinho: uma breve história da empresa Clarice Eletrodomésticos

Em dezembro de 2012 ministrei uma disciplina no MBA Geração e Gestão de Negócios Internacionais do câmpus de Chapecó da UNOESC. Fazia parte daquela turma Sérgio Luiz Matte,  executivo da Clarice Eletrodomésticos e membro da família proprietária da empresa. O privilégio de conhecê-lo me inspirou a dedicar este espaço à história desta importante empresa do município de Pinhalzinho.


Os primeiros tempos da Clarice Eletrodomésticos

     A viagem aos primórdios da empresa Clarice Eletrodomésticos nos leva inicialmente à Vila São João, situada no município de São Carlos/SC. Lá, em 14/09/1960, foi fundada pelo casal Ireno José e Clarice Matte, a empresa Ireno José Matte e Cia. Ltda., uma pequena funilaria na qual eram fabricadas bacias, baldes, tachos, latas, telas para cercas, chuveiros de campana e chaminés da fogões a lenha.
     Alguns anos mais tarde, em 12/06/1966, a família Matte muda seu domicílio para Pinhalzinho, para onde transfere a sede da sua empresa. Além da funilaria, a empresa passa a se dedicar também à reforma de fogões a lenha.
     A diversificação de atividades continuou e em março de 1970 teve início a fabricação de peças e a montagem de fogões a lenha. Ao optar por uma marca para este novo produto, Ireno José Matte decide homenagear a esposa, Clarice Matte, e coloca seu nome já nos primeiros fogões fabricados. Nascia, assim, a marca Clarice.
     Uma década mais tarde, em 19/10/1980, nascia em Pinhalzinho, na localidade de Salto Santa Terezinha, com uma área construída de 900 m2, uma segunda empresa: a UDESCA - Usina de Esmaltados Clarice Ltda. Cinco anos mais tarde, com a marca já consolidada e a qualidade dos produtos conhecida em todo o sul do país e nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, amplia-se a linha de produtos com o lançamento de fogões a gás e fogões semi-industriais.
     O mês de agosto de 1991 foi marcado pelo desenvolvimento e lançamento no mercado de um produto inédito: o fogão a gás com Chapa No. 0, batizado como Fogão Gabine. Idêntico ao fogão a lenha, foi desenvolvido para utilizar, porém, como fonte de calor, ao invés da tradicional lenha, o gás GLP. Por esta razão ficou conhecido também como Fogão Ecológico.
     O aumento da participação da empresa no mercado levou à necessidade de ampliação de seu parque fabril, em 1997, dos então existentes 1.500 m2 para 3.000 m2. Assim, em setembro de 1998 a empresa já oferecia ao mercado toda sua linha de fogões a gás de quatro e seus queimadores. 
     Nova ampliação se deu em maio de 2001, com a entrada em operação da Unidade II, para concentrar a produção de todas peças necessárias à montagem dos fogões. O contínuo sucesso da empresa junto ao mercado levou a novos investimentos, o que fez com que a empresa transferisse suas instalações para uma área no Distrito Industrial Leste, às margens do km 575 da BR-282. Os 10.000 m2 de área construída naquele local permitem a produção de 2.000 fogões/dia.
     Marco da evolução da empresa quanto à diversificação de seus produtos aconteceu no ano de 2011. Até então conhecida como Fogões Clarice, passou a ser denominada Clarice Eletrodomésticos, um nome mais adequado à realidade da empresa, haja vista oferecer novas opções de compra ao consumidor em seu mix de produtos. como condicionadores de ar e lavadoras de roupas. O sucesso da empresa se deve à sua coragem e ousadia, sempre buscando novas alternativas para a satisfação e o suprimento das necessidades de seus clientes e colaboradores.
     Hoje a família Clarice se sente lisonjeada por seu grande quadro de colaboradores, orgulhoso do trabalho que realiza e responsável pela produção de mais de 10.000 fogões/mês, dos quais cerca de 70% são destinadas ao mercado doméstico, estando presente em todos os estados da federação. O restante da produção é destinado ao mercado externo e tem como principais destinos países das Américas do Sul e Central, da África e do Oriente Médio.
     A qualidade e a evolução dos produtos fabricados atualmente são resultados conquistados ao longo dos 54 anos de existência da empresa, que a cada dia moderniza seus produtos, ajustando-os às tendências atuais de design, funcionalidade e alta tecnologia.

Fonte e imagens: www.clarice.com.br
     

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte III: Commercio, industria e profissoes

Esta postagem encerra a reprodução de dados referentes ao município de Canoinhas encontrados no Almanak Laemmert de 1918. Referem-se à vida econômica do município e fornecem interessantes sobre o passado do município e a genealogia das famílias canoinhenses. Como nas postagens anteriores, mantivemos o texto em sua grafia original.


Hotel Ritzmann - Canoinhas/SC - sem data

Commercio, industria e profissões

Agrimensor: Rundolpho Wolff Filho
Alfaiate: Guilherme Pfan.
Barbeiros: José Bonifácio da Cunha e Pedro Bonifácio da Cunha.
Cerveja (Fabrica de): Guilherme Pfan.
Ferreiros: João Hartmann e Rudolpho Kpnops.
Hoteis: Emma Romais, Francisco Cubas e Otto Knitzel.
Olaria: Pedro Nicolau Werner.
Padarias: João Franck e Otto Kohler.
Pharmacia e pharmaceutico: Guilherme Hasse.
Sellarias e arreios: João Wordel e Max Schindler.
Serraria: Adolpho Badnig.

Agricultores e lavradores

Antonio Carlos Stefanes, Antonio Lopes de Abreu, Avelino Cardoso, Cypriano Rodrigues de Almeida, Domingos de Oliveira Lemos, Domingos Bottini, Ernesto Rupp, Firmino Carlos Stefanes, Firmino Antunes de Souza, Manoel Alves Ribas, Messias Thibes Gonçalves, Messias Thibes, Napoleão Lopes de Souza, Pedro Carlos Stephanes, Salvador Bottini, Sebastião Cassiano da Silva, Victor Thibes Gonçalves, Virgilio Antunes de Souza e Vidal Thibes.

Criadores

Francisco Rodrigues Almeida, Antonio Lopes de Abreu, Avelino Cardoso França, Cypriano Rodrigues de Almeida, Domingos Botteni, Ernesto Rupp, Firmino Antunes de Souza, João Alves Ribas, Francisco Cardoso França, João Thibo Gonçalves, Salvador Bottini, Virgilio Antunes de Souza e Vidal Thibes.

Capitalistas

D. Antonia C. Fagundes, Francisco Cardoso França, Augusto Cardoso Stefanes, Domingos Botteni, Francisco Rodrigues Almeida, Francisco Blasi, João Carlos Stefanes e Virgilio Antunes de Souza.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - Perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte II: Repartições e serviços federaes

Esta é a segunda parte da reprodução das informações sobre Canoinhas contidas no Almanak Laemmert de 1918. São informações dos primeiros anos após o término da Guerra do Contestado, reproduzidas segundo a grafia original da época.


Canoinhas/SC - sem data


Repartições e serviços federaes

Collectoria federal:
     Collector: Brasilino Vicente Ferreira.
     Escrivão: João da Silva Trindade.

Telegrapho:
     Telegraphista: Alfredo Gomes.

Correio:
     Agente: Pedro Luiz Pereira.
     Estafetas: Hercules Neves e M. Rodrigues Machado.
     
Justiça federal:
     Supplentes do juiz seccional: Rudolpho Wolff Filho, Augusto de Almeida Mello e Victor Fernandes de
                                                 Souza.
     Ajudante do procurador da Republica: Virgilio Carlos Marcondes.

Guarda nacional:
     Commandante: Coronel, Manoel Thomaz Vieira.
     Tenente-coronel: Milito da Cunha Barreto.
     Major: Hugo Ramos

Administração municipal:
     Superintendente: Manoel Thomaz Vieira.
     Substituto: Avelino Rosa dos Santos.
     Secretario: Virgilio Carlos Marcondes.

Conselho municipal:
     Presidente: Rundolpho Wolff Filho.
     Vice-presidente: Adolpho Badning.
     Secretario: Manoel de Freitas Trancoso.
     Vereadores: Clementino Thomaz Vieira e Theodoro Andrade.
     Procurador e thesoureiro: Augusto de Almeida Mello.
     Fiscal: Mauricio Mello.

Administração judiciaria:
     Juiz da comarca: Dr. Antonio S. de Campos.
     Promotor: Dr. Mario Carrilho.
     Adjunto: Hortencio Baptista dos Santos.
     Juizes de paz: João Vicente Ferreira e Pedro Pereira Ramos.
     Escrivães e tabelliães: Bento de Oliveira Sobrinho e Domingos Rocha.
     Official de justiça: Daniel Francisco da Rosa.

Administração policial:
     Delegado: Sinesio José de Bessa.
     Subdelegado: Joaquim Borges de Lima.

Instrucção publica:
     Inspector escolar: Virgilio Carlos Marcondes.
     Professores: José Francisco de Oliveira e Maria Eugenia de Oliveira.
    
Collectoria estadoal:
     Collector: Alberto Crocoroca Treyesleben.
     Escrivão: João Alfredo de Souza.
     Guarda: Eustaquio Alfonso Moreira.

Religião:
     Vigario: Menandro Kamps, padre.
          
     Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte I: aspectos gerais

Reproduzimos a seguir a primeira parte das informações sobre Canoinhas contidas no Almanak Laemmert de 1918. São informações interessantes, dos primeiros anos após o término da Guerra do Contestado. A exemplo de postagens feitas sobre outros municípios a partir da mesma fonte, optamos por manter a grafia original da época.


Rua Coronel Albuquerque - década de 1930

CANOINHAS - Comarca, municipio e villa


O municipio foi criado em 1912 e elevado a comarca em 1913.

Districtos: Canoinhas, Villa Nova do Timbó, Colonia, Vieira e Anta Gorda.

Viação: E. de F. Brasil Railway Company, Ramal de Rio Negro e Anta Gorda. Estradas de rodagem para
     a estação da estrada de ferro e para as sédes dos districtos. Fluvial pelo Rio Negro por embarcações de
     pequeno callado.

Serras: Vieiras, Casimira, Tamanduá, Tacanica, Chatas, Mortes, Preta, Lucindo e Pires.

Rios: Canoinhas e Timbó.

Riachos: Piedade, Paciencia, Bonito, Pacienciasinha, Novo, Preto, Serra e Tamanduá.

Clima e Salubridade: Regular.

Povoados: Rio Claro, Serra do Lucindo e estação de Canoinhas.

Nucleos coloniaes: Agua Verde, Vieira, Pulador e Lagôa.

Culturas: Milho, feijão e batatas.

Industrias: Herva matte e madeiras.

Flóra: Pinheiro, jacarandá, pindauba, etc.

Fauna: Anta, veado, tateto, porco do matto.

Exportação: Herva matte, feijão e milho.

População: 3.000 habitantes

CANOINHAS. - Villa, séde do municipio e da comarca, assolada pela revolução dos fanaticos, tem
     actualmente 500 habitantes, dista da capital do Estado 500 kilometros e está situada a cêrca de 800
     metros de altitude.

Cinema.

Imprensa: imparcial.

     
Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.