domingo, 23 de novembro de 2014

Chapecó: homenagem a Lya Wilhelm, primeira mulher no Conselho Diretor da IECLB - 2012

Entre 17 e 21 de outubro de 2012 aconteceu em Chapecó o XVIII Concílio da Igreja (IECLB). Na ocasião foi feita homenagem à Sra. Lya Wilhelm, primeira mulher eleita, em 1972, para o então Conselho Diretor da IECLB. Reproduzimos abaixo a matéria publicada sobre o assunto no jornal O Caminho.


 

     Em 2012 completam-se 40 anos que Lya Wilhelm foi eleita para o Conselho Diretor da IECLB, hoje Conselho da Igreja. O fato histórico foi lembrado durante o Concilio da Igreja, em Chapecó. Lya foi a primeira mulher eleita para esta instância em 1972, no VIII Concílio da Igreja, em Panambi (RS).
     A história de Lya Wilhelm é muito rica e plena de realizações em termos de estudo, formação e serviços. Natural de Cachoeira do Sul (RS), nascida em 14 de julho de 1928, é a segunda dos três filhos do casal Erwino e Elly Freyler Wilhelm. Formada em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1954, com especialização em Tecnologia Educacional na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1978, ela fez cursos de aperfeiçoamento para diretores de escolas estaduais de grau médio e para diretores e professores de ensino médio pela Divisão de Ensino Normal/SEC, em Porto Alegre, e curso de extensão cultural em Assistência Comunitária pelo Gemeindehelferinnen Seminar em Stein b/Nürnberg, na Alemanha.
     Professora de Filosofia e História e especialista em administração escolar, ela foi diretora de escola e prestou diversas assessorias a colégios e faculdades. Também foi diretora e organizadora do Museu Municipal de Cachoeira do Sul, primeira presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico-Cultural da cidade, museóloga e vice-presidente da Associação Rio-Grandense de Museologia.
      Na comunidade evangélica de Cachoeira do Sul foi organizadora do grupo de jovens, presidente da OASE, membro do Conselho Sinodal de Educação no Sínodo Riograndense, da diretoria da OASE do Sínodo Riograndense, do Conselho Diretor da IECLB e delegada da IECLB no Conselho Mundial de Igrejas (CMI) na V Assembleia em Nairobi/Quênia.
     A primeira mulher eleita para o Conselho Diretor da IECLB atualmente* colabora sistematicamente com os departamentos culturais do Núcleo Municipal da Cultura de Cachoeira do Sul, traduz textos da Língua Alemã para a Língua Portuguesa, participa de ações comunitárias e incentiva a promoção e a difusão da cultura. Lya recebeu inumeráveis homenagens em sua cidade, bem como do Estado do Rio Grande do Sul, por seu empenho pela educação.

*Refere-se a dezembro de 2012. Lya Wilhelm faleceu em Cachoeira do Sul (RS), no Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), em 23/02/2013.

Fontes + imagem: Jornal O Caminho - Gente e Eventos - Ano XXVIII - N° 12 - Dezembro de 2012 - p. 4 + www.luteranos.com.br.

Caçador: 75 anos de fundação da Comunidade de Caçador da IECLB - 2012

Em julho de 2012 o jornal "O Caminho", periódico publicado pelos Sínodos Norte-Catarinense e Vale do Itajaí, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), publicou matéria, reproduzida a seguir, referente aos 75 anos de fundação da Comunidade de Caçador.


Templo da Comunidade de Caçador

Comunidade celebra 75 anos de fundação     

     No domingo 27 de maio (de 2012), a Comunidade de Caçador comemorou 75 anos. Para lembrar a data, foi realizado um culto festivo, celebrado pela pastora Aline Danielle Stüewer e pelo pastor sinodal do Sínodo Norte-Catarinense, Inácio Lemke
     Em sua pregação, Lemke animou as pessoas a continuarem a sua caminhada como comunidade de Jesus Cristo em Caçador. Ainda destacou que o Espírito Santo de Deus continuará animando, chamando e capacitando pessoas para edificarem a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Caçador. Na oportunidade, o pastor Inácio também fez o lançamento da Campanha Vai e Vem.
     Após o culto, as pessoas foram recepcionadas no salão comunitário e puderam ouvir mais a respeito da história da sua comunidade. Logo após, foi servido um almoço comunitário. Também foi confeccionado e distribuído um livreto com a história e algumas fotos da comunidade.
     Olhando para a história da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Caçador, podemos perceber a presença e orientação de Deus. Agradecemos a Deus por ter acompanhado a comunidade até aqui e pedimos a Ele que continue abençoando todos os trabalhos realizados pela comunidade.

Fonte: Jornal O Caminho - Seção História - Ano XXVIII - N° 7 - julho de 2012 - p. 10
Texto: Pa. Aline D. Stüewer - Caçador
Imagem: Divulgação O Caminho

Vargem Bonita: berço da Celulose Irani S.A.

Esta é nossa primeira postagem sobre o município de Vargem Bonita e será dedicada ao surgimento da Celulose Irani S.A., importante empresa do segmento de papel e celulose originária do meio oeste catarinense.


Primeiro prédio construído com tijolos da olaria da empresa - 1944

     A Celulose Irani S.A. é um case de sucesso do mundo corporativo. Surgiu da crise de uma vinícola de Caxias do Sul/RS, a Companhia Vinícola Riograndense que, apesar de capitalizada, viu, no difícil período dos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, diminuir o mercado de vinhos finos.
     O início do conflito na Europa afetou diretamente as importações brasileiras de papel e pasta de celulose, pois causou grande instabilidade no movimento da marinha mercante. Esta crise para a indústria brasileira foi encarada como oportunidade pelos diretores da vinícola, que decidiram investir em outro mercado, o de papel e celulose.
     Visando realizar um estudo de viabilidade econômica, os diretores Galeazzo Paganelli e José Moraes Vellinho enviaram um emissário em busca de pinheirais nos estados de Santa Catarina e Paraná: Alfredo Fedrizzi, homem de confiança que em 11 anos dedicados à vinícola, demonstrara sua competência na defesa dos interesses da empresa. Tinha início a história de sucesso da Celulose Irani S.A.
     A expedição, comandada por Alfredo Fedrizzi e acompanhado de Paulo Pasquali e dos técnicos em araucária João Turra e Emílio Tedesco, partiu numa madrugada de inverno de 1940 rumo ao Oeste de Santa Catarina e posteriormente ao Paraná, com a missão de reconhecer duas fazendas oferecidas à vinícola para construir sua fábrica de papel.
     O local escolhido foi a fazenda São João do Irani, localizada no município catarinense de Cruzeiro do Sul, posteriormente denominado Joaçaba. As dificuldades iniciais foram enormes, pois não havia estradas para chegar ao local, distante 25 km de Vargem Bonita, núcleo habitado mais próximo.
     No início de 1941 Alfredo Fedrizzi seguiu para Campina da Anta, como se chamava a localidade onde estava a fazenda, para ali erguer o primeiro rancho de madeira lascada a machado, às margens do Rio da Anta. Teria sido ele a rebatizar o local com o nome de Campina da Alegria, utilizado até hoje. Em seguida iniciou, com a utilização de pás, picaretas e carrinho de mão, a construção de uma estrada de 25 km de extensão e dois metros de largura em plena mata, exaustiva obra que lhe custou 10 meses de trabalho.
     A empresa foi oficialmente fundada em 06 de junho de 1941, com o nome de Celulose Irani Ltda., tendo como seu administrador o pioneiro Alfredo Fedrizzi.
     Em 1942 foi iniciada a construção do primeiro prédio, com a utilização de tijolos e telhas fornecidos pela olaria. A serraria da empresa abastecia a obra com as madeiras necessárias à sua execução. No mesmo ano foram instalados os primeiros equipamentos industriais: um britador com acionamento hidráulico, as primeiras caldeiras e a primeira máquina a vapor, de 375 HP, para geração de energia.
     No ano seguinte, 1943, foi instalado o primeiro desfibrador a vapor para fabricação de pasta mecânica. Em fins do mesmo ano e início do seguinte, foi montada ao lado das caldeiras outra máquina a vapor. Usada em navios, além de fornecer energia para a fábrica, fazia funcionar dois geradores que mais tarde acionaram a primeira máquina de papel.
     
Primeira máquina de papel - 1946

     O ano de 1944 marcou o início da produção de papel com a utilização da Máquina de Papel Numero I, inaugurada pelo então Governador do Estado de Santa Catarina, Nereu Ramos. Dificuldades com a importação de máquinas dos EUA levaram a alterações no projeto original e compra de equipamentos em São Paulo. Assim, a fábrica iniciou suas atividades sem a produção de celulose, utilizando papéis velhos e pasta mecânica.
     Em 1945 Alfredo Fedrizzi iniciou a construção de uma represa e de uma usina de geração de energia no Salto Flor do Mato, em Campina da Alegria. A obra foi concluída alguns anos mais tarde. A energia elétrica era gerada por uma termoelétrica própria, acionada a lenha, que produzia vapor para abastecer a indústria.
     Os papéis eram cortados em diversos formatos, depois escolhidos e contados em resmas, para em seguida ser embalados e prensados na forma de fardos de aproximadamente 150 kg. Da fábrica eram transportados até Cruzeiro do Sul, onde a empresa mantinha um depósito às margens da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande. Deste depósito partia de trem para ser distribuído para os centros consumidores do país.
     Em 1948 a fábrica deixou de produzir papel com celulose importada para, a partir de 1949, com a contratação do primeiro técnico e especialista na fabricação de celulose e ácido, Max Erold, passar a produzir sua própria celulose.
     A partir de década de 1950 a empresa não parou mais de crescer e se consolidou em seu ramo de atuação. Neste período passou a utilizar parte de suas reservas florestais, mas desde o início preocupada com o reflorestamento. Em 1958 instalou seu escritório em Vargem Bonita. 
     Na década de 1960 teve início a utilização de mudas de Pinus elliottii, originárias dos EUA. Uma forte nevasca, em 1965, formou uma camada de 20 cm de gelo em torno da fábrica.

Neve no patio de madeiras de Campina da Alegria - 1965

      A década de 1970 marcou o fim das atividades do pioneiro Alfredo Fedrizzi à frente da empresa em Campina da Alegria, após 31 anos dedicados ao exitoso empreendimento. Fortemente homenageado por toda a comunidade e funcionários, fixou residência em Caxias do Sul/RS, onde viviam filhos e netos.
     Um novo impulso na empresa aconteceu na década de 1990 quando, em 1994, seu controle acionário foi assumido pelo Grupo Habitasul de Participações S.A. Hoje, com 73 anos de existência, a Celulose Irani S.A. é uma empresa reconhecida nacional e internacionalmente. Para conhecer mais da história ilustrada da empresa, navegue pela cronologia disponível em www.irani.com.br/pt/info/historia?ano=1940.

Fonte e imagens: www.irani.com.br

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Caçador: falta de recursos para os JASC - 1973

Em sua edição de 23/08/1973, o Jornal de Santa Catarina trouxe matéria referente à falta de recursos em Caçador para melhorar sua participação nos JASC daquele ano.



     CAÇADOR, 23 - Caçador vem participando dos Jogos Abertos de Santa Catarina desde o ano de 1965, quando a maior competição amadora estadual foi realizada em Porto União.
     Com uma participação modesta na oportunidade, Caçador, com poucos atletas, sem dinheiro e sem experiência, prometia que para os próximos anos suas equipes se apresentariam nas diversas modalidades com maior segurança e em melhores condições de disputa e não simplesmente para participar.
     Os anos se sucederam, e Caçador participou de todos os demais jogos abertos, porém sempre com problemas administrativos e técnicos e raramente alcançou boas posições, exceto em bocha, bolão e tiro-ao-alvo, seus fortes.
     Nos jogos coletivos, a alegação era sempre a mesma: falta ginásio coberto, para permitir a formação de atletas e preparação das equipes.

ATUALMENTE

     Com verba orçamentária de Cr$ 15.000,00,a nova diretoria da Comissão Municipal de Esportes, composta de desportistas nomeados pelo prefeito, só tem dois homens que estão fazendo alguma coisa: o presidente Márcio Soares e o técnico José Carlos Conti. Os demais ainda não disseram porque foram escolhidos e aceitaram os respectivos cargos. As modalidades coletivas se resumem no futebol de salão e basquete, porque há pouca participação dos atletas. O problema de local para praticar esportes foi resolvido, com a construção do Ginásio do Esporte Clube Juventus, que o cede sempre à CME.
     A pouca verba, que segundo os dirigentes não dará nem para a viagem, e o pouco interesse dos atletas em colaborar com os treinamentos, são os motivos que levarão (Caçador) a São Bento do Sul com equipes sem as mínimas condições.
     A exatamente dois meses dos Jogos Abertos, não surgiu ainda alguém que tome medidas que possam pelo menos solucionar em parte os problemas do esporte amador dessa cidade.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Esporte - p. 7 - 23/08/1973

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Chapecó: a vinda do cantor Ronnie Von em 1973

Encontramos nota publicada na coluna social do Jornal de Santa Catarina em 24/08/1973, na época assinada por Carlos Müller, informando sobre apresentação do cantor Ronnie Von na cidade de Chapecó.



 

     Ronnie Von nasceu em 17/07/1944 e este ano festejou seu 70o. aniversário. Natural de Niterói/RJ e filho de pai diplomata, seu nome verdadeiro é Ronaldo Lindenberg von Schilgen Cintra Nogueira
     Começou a carreira artística em 1963, em plena época da Jovem Guarda, que teve entre seus ícones Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléia e muitos outros. Começou a gravar em 1966 e segue em atividade, desde 2004 como apresentador do programa "Todo Seu" da TV Gazeta. 
     Além de cantor, compositor e apresentador de TV, é também economista, administrador e escritor. Foi cadete da Aeronáutica, é apaixonado por botânica, apreciador de charutos e vinhos, e dono de uma agência de publicidade.

LP "Ronnie Von" - 1973

     Em 1973, quando esteve em Chapecó, gravou pela Polydor o LP "Ronnie Von", que traz as seguintes faixas: Lado 1: "As coisas vão e voltam, mas acabam em rock and roll", "Banda da ilusão", "Gira-girou", "Velho sermão", "Linda morena"e "Deus sul-americano"; Lado 2: "Santa Maria", "Você se foi", "Essas coisas acontecem sempre", "Ana Maria", "Amores perdidos no ar" e "Os frutos do amor".

Fontes: www.wikipedia.com.br + www1.folha.uol.com.br + www.falantemudo.blogspot.com
Imagem: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva - Blumenau/SC + www.limbodorock.blogspot.com

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Joaçaba: antiga placa de identificação de veículo

Há algum tempo encontrei esta antiga placa de identificação de veículo de Joaçaba. Estava à venda no Mercado Livre por um vendedor, curiosamente, aqui da minha cidade, Blumenau.



     Pesquisando sobre este modelo de placa, pude verificar que foi utilizado entre 1969 e 1990 - em alguns estados, parece ter existido até 1999 -, quando foi implementado o sistema RENAVAM, Registro Nacional de Veículos Automotores.
     Este sistema de emplacamento era chamado alfanumérico e composto por duas letras e quatro números. Cada estado possuía uma sequência que poderia ser utilizada também por outros estados. Os prefixos eram vinculados ao nome do município, como observamos no exemplo da foto: JC = Joaçaba. Isso fazia com que a placa tinha que ser trocada toda vez que o veículo fosse vendido para alguém que residisse em outro município. A sigla do estado passou a vir antes do nome do município, invertendo-se a ordem vigente anteriormente. Foi nesta época que aconteceu também a mudança da cor da placa para veículos particulares, de laranja para amarelo.
     Em 1990, este modelo de placa teve que ser substituído por conta de incompatibilidades que surgiram com o sistema RENAVAM. Por exemplo: a placa JC 7173 poderia existir em cada um dos demais estados da federação. Além disso, os computadores poderiam confundi-la com a sequência paralela utilizada para motocicletas, com duas letras e três algarismos. Isso não ocorreria no caso da placa que ilustra esta postagem, mas poderia ocorrer, por exemplo, com as placas hipotéticas JC 0173 (carro) e JC 173 (motocicleta).
     Outro problema era o número máximo de prefixos até então disponíveis por estado: 676 combinações, o que em certos casos era insuficiente para atender aos estados. Minas Gerais, por exemplo, tinha à época 722 municípios, mas somente podia dispor de 676 prefixos. Além disso, municípios muito populosos necessitavam de dezenas de prefixos para atender à quantidade de veículos neles registrados.
     Estas limitações levaram à implantação de um novo sistema de identificação de placas, o atualmente vigente, de três letras e quatro números, separados por um hífen. A mudança alterou também a cor das placas, de amarelo para cinza, e possibilitou, no caso de venda do veículo para pessoa residente em outro município, ao invés da troca da placa completa, a substituição apenas da tarja com a sigla do estado e o nome do município.
     A fonte utilizada - ver abaixo - fornece maiores informações sobre o tema e um histórico com todos os sistemas de emplacamento de veículos utilizados pelo Brasil até hoje.
     A quem terá pertencido o veículo identificado por esta placa?

Fonte: www.pt.wikipedia.org/wiki/Placas_de_identificacao_de_veiculos_no_Brasil
Imagem: www.produto.mercadolivre.com.br/MLB-562085641-placa-amarela-joacaba-_JM