segunda-feira, 30 de junho de 2014

Campos Novos: Almanak Laemmert - 1918 - Parte I: aspectos gerais

Reproduzimos dados referentes ao município de Campos Novos encontrados no Almanak Laemmert de 1918, que fornecem interessantes informações sobre a história do município. Mantivemos propositalmente o texto em sua grafia original, por entender que isso enriquece a postagem. O texto convida à pesquisa complementar, pois muitas informações precisam ser interpretadas à luz dos conhecimentos de hoje - por exemplo, o nome atual dos povoados então existentes, alguns deles hoje provavelmente municípios autônomos. 


Fotografia panorâmica - região de Campos Novos - 1959

CAMPOS NOVOS - Comarca, municipio e villa


Municipio criado pela lei 2.923 de 30 de Março de 1881. O seu territorio foi dos que mais soffreram
     com a chamada guerra do Contestado (1914-1915).

Limites: Os municipios de Coritibanos, Lages, Palmas e o Estado do R. G. do Sul.

Districtos: Campos Novos, S. Sebastião do Herval, Senhor Bom Jesus do Fachinal, S. Francisco do
     Urubú e Rio Capinsal.

Viação: Estrada de ferro S. Paulo-R. Grande com 8 estações no municipio; estradas de cargueiros para
     os municipios limitrophes; em projecto uma estrada de rodagem para a estação do Herval.

Serras: Rio do Peixe e Canôas entre as quaes fica situado o municipio.

Rios: Uruguay, Canôas, Pelotas, Marombas, Peixe, Inferno, S. João, Santa Cruz, Leão, Herval,
     Marcos e Corredeira.

Clima: Secco e muito saudavel.

Povoados: Herval e estação do Herval, Capinsal, Rio do Peixe, Rio Uruguay e Rio das Pedras.

Nucleos coloniaes: Rio Capinsal, Rio do Peixe e Rio Uruguay.

Culturas: Milho, feijão, trigo, videira, batata e canna de assucar.

Industrias: Pastoril e da Herva-matte.

Mineraes: Carvão de pedra e crystaes.

Flóra: Abunda o pinheiro, umbuia e cedro.

Fauna: Onça, guará, jaguatirica, pequenos leões, javali, aves e peixes vulgares.

Importação: Fazendas, ferragens, seccos e molhados.     

Exportação: Gado vacuum, cavallar, muar, e suino, milho, feijão, toucinho, couros e herva-matte.

População: 20.000 habitantes

CAMPOS NOVOS. - Cidade, séde da comarca e do municipio, situado a 930 metros de altitude, com
     8 ruas e duas praças, dista de Florianopolis cerca de 40 leguas; 200 fogos e
     500 habitantes.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4196.
Imagem: Pedro Pinchas Geiger e Tibor Jablonsky - disponível em www.biblioteca.ibge.gov.br


terça-feira, 24 de junho de 2014

Concórdia: berço da Rede de Calçados Pittol

Concórdia, berço de grandes empresas, como a Sadia e tantas outras, é também a terra natal da Rede de Calçados Pittol, que completou 50 anos de existência em 2008. A seguir, um breve histórica desta empresa, hoje presente em diversas cidades do Sul do Brasil.



     A história da Rede de Calçados Pittol começa em 1958, em Concórdia, no Oeste de Santa Catarina. O município tinha 30 mil habitantes na época. Era um tempo de poucos carros, muitos cavalos e muitas botas. Os agricultores, principalmente, precisavam delas.
     E foi em Concórdia que o casal Serafim e Hermelinda Pittol decidiu investir no comércio de calçados. Serafim comprou uma loja de madeira, ao lado da praça central, sem saber que estariam iniciando uma empresa que se tornaria um símbolo do comércio varejista do Brasil.
     A criatividade superou as primeiras dificuldades. E nos anos 60 a Pittol já era a principal loja de calçados de Concórdia. O crescimento das vendas obrigou a construção de um novo prédio para a brigar a loja.
     O espírito empreendedor do pai Serafim está no sangue dos filhos que assumiram o negócio. A partir de 1969, a empresa inicia um processo de expansão que não seria mais interrompido.
     Consolidada em Concórdia, a loja Pittol começa a se multiplicar por cidades grande e pequenas, não só em Santa Catarina, mas também no Paraná e Rio Grande do Sul. Nasce, então, uma rede de lojas e a Pittol se consolida como uma das marcas mais fortes do país no comércio de calçados. Hoje são 24 lojas espalhadas por várias cidades do sul do país.
     Em cada loja da rede são vendidos mais de cem mil pares de calçados por ano. A rede toda vende cerca de dois milhões de pares anualmente. Um crescimento impressionante que tem por trás muito trabalho, disciplina e coragem para investir.
     As lojas são bonitas, os produtos de primeira linha e em grande variedade. Para a Pittol, vender não é só atender uma necessidade de quem entra na loja. Um calçado novo envolve desejo e emoção. É preciso encantar o cliente.
     O pensamento da empresa é que para ser a primeira na cabeça, precisa ser a primeira nos pés. Por isso, investe no atendimento e satisfação das necessidades do cliente, seja em relação ao preço ou aos produtos.

Fonte - texto e imagem: http://www.pittol.com.br

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Herval d'Oeste: os primórdios da família Pittol em Santa Catarina

A primeira loja da Pittol Calçados surgiu na cidade de Concórdia. No entanto, a semente do negócio da família que deu origem à Pittol Calçados foi plantada em Herval d'Oeste. Com seu nome consolidado em diversos municípios do Sul do Brasil, no dia 02/05/2014 aconteceu a inauguração da terceira loja da Pittol Calçados em Blumenau. Para anunciar o evento, a empresa fez circular no Jornal de Santa Catarina um pequeno encarte-catálogo intitulado "Sua vida faz a nossa história". Reproduzimos abaixo o breve histórico da empresa que o mesmo contém.



SUA VIDA FAZ A NOSSA HISTÓRIA


     Nos anos 20, a Família Pittol chegou em Santa Catarina com os três irmãos sapateiros, Horácio, Bonifácio e Serafim, que criaram a fábrica Pittol em Herval d'Oeste. 
     Em 1958 o irmão Serafim se mudou para Concórdia e comprou uma pequena loja que se tornaria símbolo do comércio varejista no Brasil.
     Já com experiência, em 1969, a empresa decide iniciar um processo de expansão multiplicando as lojas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Um crescimento impressionante que tem por detrás muita disciplina e coragem para investir, e que faz da Pittol Calçados uma referência para o país.
     A Pittol vem contando sua história junto com a de Blumenau. Há 18 anos inaugurou sua primeira loja, e no final do ano passado sua segunda loja. Agora mais uma vez, acreditando no potencial da cidade, inaugura uma mega loja bem no centro de Blumenau, sempre pensando em fazer história junto com você.

Fonte - imagem e texto: encarte-catálogo Pittol Calçados: "Sua vida faz a nossa história".

terça-feira, 10 de junho de 2014

Curitibanos: Almanak Laemmert - 1918 - Parte III: comércio, indústria e profissões

Encerrando a reprodução de dados referentes ao município de Curitibanos encontrados no Almanak Laemmert de 1918, seguem dados referentes à vida econômica do município. Além de fornecer informações interessantes sobre o passado do município, os nomes mencionados também podem ser úteis no contexto do estudo da genealogia das famílias curitibanenses. Como nas postagens anteriores, mantivemos o texto em sua grafia original.


Paisagem ao lado de pequena serraria: pinhal, madeira cortada e roça, em Curitibanos - 1959

Commercio, industria e profissões

Açougues: Jeremias Rodrigues de Jesus e José Evaristo Nunes.
Agrimensor: Gil Corrêa Vianna
Alfaiate: Alberto Krieger.
Apicultores: Antonio Rossi e João Panso.
Armarinho, fazendas, seccos e molhados: Alfredo Callete & Rauen, Edmundo Dantas d'Oliveira,
     Euclides Ferreira de Albuquerque, João Caetano da Silva, José Kinol, Sergilio Paes de Farias e
     Theodoro França Pereira.
Barbeiro: Solano Evaristo Nunes.
Bilhares: Jesuino Feliciano de Proença e Theodoro França Pereira.
Carpinteiros e marceneiros: Antonio Dolbert, Augusto França e Guilherme Basson.
Dentista: Alziro Soares de Oliveira.
Ferragens: Aristides de Oliveira Lemos, Clemente Alves do Prado e João Duarte de Mello.
Ferreiros: Miguel Francisco Driesser e Paulo Bernardoni.
Hotel: Evaristo de Souza Nunes.
Licores, gazosas e xaropes (Fabricas de): Pedro Berto.
Parteiras: Maria Ignacia do Prado e Maria Palma.
Pedreiros: Ovidio Votolino e Ricardo Ganz.
Photographo: Romario Lemos.
Sapateiros: Antonio Ribas de Macedo e Emiliano Augusto de Carvalho.
Seccos e molhados: Avelino Mendes de Moraes, Evaristo de Souza Nunes, Filismino Alves Ortiz e Rufino
     Rodrigues França.
Sellarias e arreios: Antonio Rossi e Fioravante Ortigari.

Agricultores e lavradores

Antonio Rodrigues França, Custodio Francisco Ortiz, Domingos Fogaça de Almeida, Domingos Rodrigues França, Evangelista Leite das Neves, Guardiano Pires de Morais, Henrique dos Santos Weber, Henrique Valing, Ignacio Francisco Ortiz, João Leite de Almeida, João Leite das Neves, Joaquim Antonio dos Santos Maciel, Oliverio Joaquim Ferreira, Pedro Domingues de Oliveira, Pedro Francisco Ortiz, Ramiro Alves de Souza, Satiro Paes de Farias e Silverio Paes de Farias.

Criadores

Alfredo Callete, Altino Gonçalves de Farias, Alvaro José de Castro, Analio Paes de Farias, Antonio Cordeiro de Sampaio, Antonio Francisco Ortiz, Antonio Nepomuceno Cruz, Augusto Rauen, Clemente da Silva Ribeiro, Elisiario Paion Filho, Eva Hau, Faustino José da Costa, Felicidade de Almeida, Firmiano Rodrigues de Almeida, Francisco Ferreira de Almeida, Francisco Pires Ferraz, Francisco Rauen, Graciliano Torquato de Almeida, Henrique Paes de Almeida, Honorio da Silva Ribeiro, João Alves Vieira, João Baptista da Silva Ribeiro, João Graniman, João Pereira de Camargo, João Severo de Oliveira, Joaquim Pires Ferraz, José Custodio de Mello, José Goettin Sobrinho, José Rauen, Leandro Graneman, Leopoldo Domingues de Arruda, Manoel Graneman, Maria Alves Vieira, Maria Hau, Maximo Antonio de Moraes, Miguel Francisco Driessen, Miguel dos Santos Souza, Nestor Pires Ferraz, Nicolau Goettin, Oliverio Pires Ferraz, Patricio Paim Vieira, Pedro Driessen, Polycarpo da Silva Ribeiro, Silverio Pereira Bastos, Simpliciano Rodrigues de Almeida, Theodoro Pereira de Camargo e Virgilio Pereira.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4198-9.
Imagem: Pedro Pinchas Geiger e Tibor Jablonsky - disponível em www.biblioteca.ibge.gov.br


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Curitibanos: Almanak-Laemmert - 1918 - Parte II: associações, entretenimento, repartições e serviços federais

Dando continuidade à reprodução de dados referentes ao município de Curitibanos encontrados no Almanak Laemmert de 1918, nesta postagem apresentamos diversos aspectos ligados à vida social e à administração do município. Além de fornecer informações interessantes sobre a história do município, os nomes mencionados também podem ser úteis no contexto do estudo da genealogia das famílias curitibanenses. Da mesma forma que na postagem anterior, mantivemos propositalmente o texto em sua grafia original.


Paisagem ao lado de pequena serraria: pinhal, madeira cortada e roça, em Curitibanos - 1959


NOTA. - Não se recebendo as informações solicitadas ao dignissimo intendente municipal, 
     publicam-se todas as informações anteriores.

Associações: Euterpe Coritibanense.

Theatro: Municipal

Repartições e serviços federaes

Collectoria federal:
     Collector: Marcolino Pedroso do Amaral.
     Fiscal: Leogidio Vicente de Mello.

Telegrapho:
     Telegraphista: Alfredo Gomes.

Correio:
     Agente: Laura Duarte de Proença.
     Estafetas: Ottilio Carvalho da Fonseca.
     Santa Cruz das Canoinhas: João Pires de Lima.
     Lages: Francisco Ribeiro Diogo.

Justiça federal:
     Supplentes do juiz substituto: Francisco Ferreira de Albuquerque e João Caetano da Silva.
     Ajudante do procurador da Republica: Leopoldo Domingues de Arruda.

Guarda nacional:
     Coroneis: Francisco Ferreira de Albuquerque, Francisco Ferreira de Almeida e Marcos Gonçalves de
                     Farias.
     Tenentes-coroneis: Faustino José da Costa, Grauliano Torquato de Almeida, Henrique Paes de
                                  Almeida, José Francisco de Carvalho e Virgilio Pereira.

Administração municipal:
     Superintendente: Marcos Gonçalves de Farias.
     Vice-intendente: Faustino José da Costa.
     Secretario: Ceslau Silveira de Souza.

Camara municipal:
     Presidente: Francisco Ferreira de Albuquerque.
     Vice-presidente: João Severo de Oliveira.
     Secretario: Virgilio Pereira.
     Vereadores: Altino Gonçalves de Farias e Henrique Paes de Almeida.
     Fiscal: David Maciel.

Administração judiciaria:
     Juiz da comarca: Dr. Guilherme Abry
     Supplentes: Graciliano Torquato de Almeida e Chrispim José Ribeiro.
     Adjunto do promotor: Edgar Barreto.
     Escrivães e tabelliães: Antonio José Henriques de Amorim, Hercilio Moreira e José Francisco de
                                      Carvalho.
     Official de justiça: Manoel Ribeiro Maltez.

Administração policial:
     Delegado: Antonio Marques de Souza.
     Subdelegado: Alfredo Callute.

Instrucção publica:
     Chefe escolar: Marcos Gonçalves de Farias.
     Professores estadoaes: Eduardo Metzer, Colônia Vieira; João S. Mattos e Josephina Amorim.
     Escolas subvencionadas:
          Professores: Antonio Carlos do Amaral, Campo da Rocha; Eduardo Pires de Lima e Pedro
                             Esperidion de Almeida Hoffer.

Instrucção particular:
     Collegio parochial:
          Director: Padre Gaspar Flesch.
          Professores: Eduardo Pedro do Amaral e Padre Meinandro da Ordem de S. Francisco.
     Collegio da sociedade escolar:
          Professor: Manoel de Freitas Trancoso.
     Professores particulares: Fernando Knoll, Campo Bello; e Francisco José de Salles, Villa Nova.

Collectoria estadoal:
     Collector: Felicio Martins dos Anjos.
     Escrivão: Custodio Francisco de Campos.

Religião:
     Convento dos Franciscanos:
          Superior: Padre Gaspar Flesch.
          Sacerdotes: Padre Meinandro e Padre Rogerio Nenhans*.
                            (*Nota nossa: provavelmente Frei Rogério Neuhaus, que atuou na Guerra do
                            Contestado e empresta seu nome ao atual município de Frei Rogério.)

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4198.
Imagem: Pedro Pinchas Geiger e Tibor Jablonsky - disponível em www.biblioteca.ibge.gov.br