segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pinhalzinho: uma breve história da empresa Clarice Eletrodomésticos

Em dezembro de 2012 ministrei uma disciplina no MBA Geração e Gestão de Negócios Internacionais do câmpus de Chapecó da UNOESC. Fazia parte daquela turma Sérgio Luiz Matte,  executivo da Clarice Eletrodomésticos e membro da família proprietária da empresa. O privilégio de conhecê-lo me inspirou a dedicar este espaço à história desta importante empresa do município de Pinhalzinho.


Os primeiros tempos da Clarice Eletrodomésticos

     A viagem aos primórdios da empresa Clarice Eletrodomésticos nos leva inicialmente à Vila São João, situada no município de São Carlos/SC. Lá, em 14/09/1960, foi fundada pelo casal Ireno José e Clarice Matte, a empresa Ireno José Matte e Cia. Ltda., uma pequena funilaria na qual eram fabricadas bacias, baldes, tachos, latas, telas para cercas, chuveiros de campana e chaminés da fogões a lenha.
     Alguns anos mais tarde, em 12/06/1966, a família Matte muda seu domicílio para Pinhalzinho, para onde transfere a sede da sua empresa. Além da funilaria, a empresa passa a se dedicar também à reforma de fogões a lenha.
     A diversificação de atividades continuou e em março de 1970 teve início a fabricação de peças e a montagem de fogões a lenha. Ao optar por uma marca para este novo produto, Ireno José Matte decide homenagear a esposa, Clarice Matte, e coloca seu nome já nos primeiros fogões fabricados. Nascia, assim, a marca Clarice.
     Uma década mais tarde, em 19/10/1980, nascia em Pinhalzinho, na localidade de Salto Santa Terezinha, com uma área construída de 900 m2, uma segunda empresa: a UDESCA - Usina de Esmaltados Clarice Ltda. Cinco anos mais tarde, com a marca já consolidada e a qualidade dos produtos conhecida em todo o sul do país e nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, amplia-se a linha de produtos com o lançamento de fogões a gás e fogões semi-industriais.
     O mês de agosto de 1991 foi marcado pelo desenvolvimento e lançamento no mercado de um produto inédito: o fogão a gás com Chapa No. 0, batizado como Fogão Gabine. Idêntico ao fogão a lenha, foi desenvolvido para utilizar, porém, como fonte de calor, ao invés da tradicional lenha, o gás GLP. Por esta razão ficou conhecido também como Fogão Ecológico.
     O aumento da participação da empresa no mercado levou à necessidade de ampliação de seu parque fabril, em 1997, dos então existentes 1.500 m2 para 3.000 m2. Assim, em setembro de 1998 a empresa já oferecia ao mercado toda sua linha de fogões a gás de quatro e seus queimadores. 
     Nova ampliação se deu em maio de 2001, com a entrada em operação da Unidade II, para concentrar a produção de todas peças necessárias à montagem dos fogões. O contínuo sucesso da empresa junto ao mercado levou a novos investimentos, o que fez com que a empresa transferisse suas instalações para uma área no Distrito Industrial Leste, às margens do km 575 da BR-282. Os 10.000 m2 de área construída naquele local permitem a produção de 2.000 fogões/dia.
     Marco da evolução da empresa quanto à diversificação de seus produtos aconteceu no ano de 2011. Até então conhecida como Fogões Clarice, passou a ser denominada Clarice Eletrodomésticos, um nome mais adequado à realidade da empresa, haja vista oferecer novas opções de compra ao consumidor em seu mix de produtos. como condicionadores de ar e lavadoras de roupas. O sucesso da empresa se deve à sua coragem e ousadia, sempre buscando novas alternativas para a satisfação e o suprimento das necessidades de seus clientes e colaboradores.
     Hoje a família Clarice se sente lisonjeada por seu grande quadro de colaboradores, orgulhoso do trabalho que realiza e responsável pela produção de mais de 10.000 fogões/mês, dos quais cerca de 70% são destinadas ao mercado doméstico, estando presente em todos os estados da federação. O restante da produção é destinado ao mercado externo e tem como principais destinos países das Américas do Sul e Central, da África e do Oriente Médio.
     A qualidade e a evolução dos produtos fabricados atualmente são resultados conquistados ao longo dos 54 anos de existência da empresa, que a cada dia moderniza seus produtos, ajustando-os às tendências atuais de design, funcionalidade e alta tecnologia.

Fonte e imagens: www.clarice.com.br
     

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte III: Commercio, industria e profissoes

Esta postagem encerra a reprodução de dados referentes ao município de Canoinhas encontrados no Almanak Laemmert de 1918. Referem-se à vida econômica do município e fornecem interessantes sobre o passado do município e a genealogia das famílias canoinhenses. Como nas postagens anteriores, mantivemos o texto em sua grafia original.


Hotel Ritzmann - Canoinhas/SC - sem data

Commercio, industria e profissões

Agrimensor: Rundolpho Wolff Filho
Alfaiate: Guilherme Pfan.
Barbeiros: José Bonifácio da Cunha e Pedro Bonifácio da Cunha.
Cerveja (Fabrica de): Guilherme Pfan.
Ferreiros: João Hartmann e Rudolpho Kpnops.
Hoteis: Emma Romais, Francisco Cubas e Otto Knitzel.
Olaria: Pedro Nicolau Werner.
Padarias: João Franck e Otto Kohler.
Pharmacia e pharmaceutico: Guilherme Hasse.
Sellarias e arreios: João Wordel e Max Schindler.
Serraria: Adolpho Badnig.

Agricultores e lavradores

Antonio Carlos Stefanes, Antonio Lopes de Abreu, Avelino Cardoso, Cypriano Rodrigues de Almeida, Domingos de Oliveira Lemos, Domingos Bottini, Ernesto Rupp, Firmino Carlos Stefanes, Firmino Antunes de Souza, Manoel Alves Ribas, Messias Thibes Gonçalves, Messias Thibes, Napoleão Lopes de Souza, Pedro Carlos Stephanes, Salvador Bottini, Sebastião Cassiano da Silva, Victor Thibes Gonçalves, Virgilio Antunes de Souza e Vidal Thibes.

Criadores

Francisco Rodrigues Almeida, Antonio Lopes de Abreu, Avelino Cardoso França, Cypriano Rodrigues de Almeida, Domingos Botteni, Ernesto Rupp, Firmino Antunes de Souza, João Alves Ribas, Francisco Cardoso França, João Thibo Gonçalves, Salvador Bottini, Virgilio Antunes de Souza e Vidal Thibes.

Capitalistas

D. Antonia C. Fagundes, Francisco Cardoso França, Augusto Cardoso Stefanes, Domingos Botteni, Francisco Rodrigues Almeida, Francisco Blasi, João Carlos Stefanes e Virgilio Antunes de Souza.

Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - Perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte II: Repartições e serviços federaes

Esta é a segunda parte da reprodução das informações sobre Canoinhas contidas no Almanak Laemmert de 1918. São informações dos primeiros anos após o término da Guerra do Contestado, reproduzidas segundo a grafia original da época.


Canoinhas/SC - sem data


Repartições e serviços federaes

Collectoria federal:
     Collector: Brasilino Vicente Ferreira.
     Escrivão: João da Silva Trindade.

Telegrapho:
     Telegraphista: Alfredo Gomes.

Correio:
     Agente: Pedro Luiz Pereira.
     Estafetas: Hercules Neves e M. Rodrigues Machado.
     
Justiça federal:
     Supplentes do juiz seccional: Rudolpho Wolff Filho, Augusto de Almeida Mello e Victor Fernandes de
                                                 Souza.
     Ajudante do procurador da Republica: Virgilio Carlos Marcondes.

Guarda nacional:
     Commandante: Coronel, Manoel Thomaz Vieira.
     Tenente-coronel: Milito da Cunha Barreto.
     Major: Hugo Ramos

Administração municipal:
     Superintendente: Manoel Thomaz Vieira.
     Substituto: Avelino Rosa dos Santos.
     Secretario: Virgilio Carlos Marcondes.

Conselho municipal:
     Presidente: Rundolpho Wolff Filho.
     Vice-presidente: Adolpho Badning.
     Secretario: Manoel de Freitas Trancoso.
     Vereadores: Clementino Thomaz Vieira e Theodoro Andrade.
     Procurador e thesoureiro: Augusto de Almeida Mello.
     Fiscal: Mauricio Mello.

Administração judiciaria:
     Juiz da comarca: Dr. Antonio S. de Campos.
     Promotor: Dr. Mario Carrilho.
     Adjunto: Hortencio Baptista dos Santos.
     Juizes de paz: João Vicente Ferreira e Pedro Pereira Ramos.
     Escrivães e tabelliães: Bento de Oliveira Sobrinho e Domingos Rocha.
     Official de justiça: Daniel Francisco da Rosa.

Administração policial:
     Delegado: Sinesio José de Bessa.
     Subdelegado: Joaquim Borges de Lima.

Instrucção publica:
     Inspector escolar: Virgilio Carlos Marcondes.
     Professores: José Francisco de Oliveira e Maria Eugenia de Oliveira.
    
Collectoria estadoal:
     Collector: Alberto Crocoroca Treyesleben.
     Escrivão: João Alfredo de Souza.
     Guarda: Eustaquio Alfonso Moreira.

Religião:
     Vigario: Menandro Kamps, padre.
          
     Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Canoinhas: Almanak Laemmert - 1918 - Parte I: aspectos gerais

Reproduzimos a seguir a primeira parte das informações sobre Canoinhas contidas no Almanak Laemmert de 1918. São informações interessantes, dos primeiros anos após o término da Guerra do Contestado. A exemplo de postagens feitas sobre outros municípios a partir da mesma fonte, optamos por manter a grafia original da época.


Rua Coronel Albuquerque - década de 1930

CANOINHAS - Comarca, municipio e villa


O municipio foi criado em 1912 e elevado a comarca em 1913.

Districtos: Canoinhas, Villa Nova do Timbó, Colonia, Vieira e Anta Gorda.

Viação: E. de F. Brasil Railway Company, Ramal de Rio Negro e Anta Gorda. Estradas de rodagem para
     a estação da estrada de ferro e para as sédes dos districtos. Fluvial pelo Rio Negro por embarcações de
     pequeno callado.

Serras: Vieiras, Casimira, Tamanduá, Tacanica, Chatas, Mortes, Preta, Lucindo e Pires.

Rios: Canoinhas e Timbó.

Riachos: Piedade, Paciencia, Bonito, Pacienciasinha, Novo, Preto, Serra e Tamanduá.

Clima e Salubridade: Regular.

Povoados: Rio Claro, Serra do Lucindo e estação de Canoinhas.

Nucleos coloniaes: Agua Verde, Vieira, Pulador e Lagôa.

Culturas: Milho, feijão e batatas.

Industrias: Herva matte e madeiras.

Flóra: Pinheiro, jacarandá, pindauba, etc.

Fauna: Anta, veado, tateto, porco do matto.

Exportação: Herva matte, feijão e milho.

População: 3.000 habitantes

CANOINHAS. - Villa, séde do municipio e da comarca, assolada pela revolução dos fanaticos, tem
     actualmente 500 habitantes, dista da capital do Estado 500 kilometros e está situada a cêrca de 800
     metros de altitude.

Cinema.

Imprensa: imparcial.

     
Fonte: Almanak Laemmert - 74° Anno - 2° Volume - Estados - 1918 - p. 4197.
Imagem: www.facebook.com.br - perfil de Fátima Santos - Álbum 'Minha Canoinhas de Antigamente'.