Ruddy José Nodari
Hoje é um dia muito especial: Ruddy José Nodari, um dos cidadãos mais notáveis de Herval d'Oeste, comemora seu 90º aniversário. Eu o conheci há 17 anos, quando, em 2002, teve início uma etapa da minha vida da qual me recordo com muita satisfação: a de professor do campus de Joaçaba da Unoesc. Segui residindo em Blumenau, mas, nos próximos quatro anos e meio passaria alguns dias da semana no meio-oeste catarinense. Foi uma mudança e tanto, pois nunca havia trabalhado a 325 km de casa, mas eu não poderia deixar de mencionar o que fez com que imediatamente me sentisse, literalmente, em casa: a hospitalidade e o amor fraternal sincero que recebi em Herval d'Oeste, onde inicialmente me hospedei. Podem ter certeza: tentar traduzir o verbete 'Filadélfia' na larfiagem resultará, necessariamente, em 'Herval d'Oeste'.
Nas primeiras semanas tive o privilégio de 'acampar' na casa de amigos muito queridos, ambos professores: Luciana Davi Traverso, minha colega de mestrado e a convite de quem fui trabalhar na Unoesc, e Rudy José Nodari Junior. Eles moravam no piso inferior da casa do agora nonagenário Ruddy José Nodari. Não tardou para que fôssemos apresentados e aquele senhor de chapéu, sorriso sincero, fala sábia e tranquila e ouvidos atentos, imediatamente conquistou meu respeito e amizade. Como foi generoso, considerando o 'abismo biográfico' existente entre nós, em me conceder reciprocidade de sentimentos. É como com a graça divina: não há como retribuir a algo assim, tudo o que se pode fazer é, humildemente, aceitar e agradecer. Mas algo nele chamou minha atenção e, para descrever o que vi por trás das vidraças das janelas da sua alma, só uma palavra me vem à mente: saudade. O motivo eu não tardaria a compreender.
Numa noite fria de inverno, em que todos fomos jantar em Videira, ao vê-lo se aproximar, na penumbra, de chapéu, cachecol e capote, surgiu uma brincadeira que nos acompanhou daí em diante: ele se tornou, carinhosamente, 'Il capo di tutti capi!'
Ruddy José Nodari nasceu às duas horas da manhã do dia 17/11/1929, na localidade de Rio Bonito, então 10º distrito da Comarca de Campos Novos, atual município de Tangará. É filho de Sebastião Nodari e Edviges Campigotto Nodari. Vale lembrar que nesta época as crianças nasciam em casa. O pai registrou-o no mesmo dia e Mario Pereira Gomes, o escrivão distrital, é a quem devemos a grafia Ruddy, que nem todos conhecem. Seus avós paternos são José Nodari e Angela Marchesan Nodari; os maternos, Fortunato Campigotto e Angela Gheller Campigotto. Sebastião Nodari nasceu em Santa Maria/RS. Edviges Campigotto Nodari, em Alfredo Chaves, atual município de Veranópolis/RS. Seus pais se casaram em Erechim/RS e, como tantos
outros descendentes de italianos, também eles deixaram o Rio Grande do Sul para ajudar a
escrever a história do meio-oeste catarinense. Foi batizado pelo Pe. Callisto Fruet OFM apenas dois dias depois do seu nascimento. Seus padrinhos foram João Carlesso e Edith Holz Carlesso. O pároco, nascido em 04/01/1892 e falecido em 23/07/1966, era natural de Rodeio/SC e filho de Valentino Fruet e Maria Tonet, pertencentes ao grupo pioneiro de imigrantes italianos que se estabeleceram no Vale do Itajaí em 1875.
Cursou os primeiros anos do
ensino fundamental, o antigo primário, no Colégio Cristo-Rei, de Herval d’Oeste. Coroinha
da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, na mesma cidade, e querido pelo pároco,
foi-lhe sugerido, ao término do primário, passar um ano no futuro Seminário
Franciscano São João Batista, de Luzerna, na época distrito de Joaçaba. Ele se recorda que na época era uma honra
para os pais quando se confirmava num filho a vocação para a vida religiosa.
Findo aquele ano, o de 1939, seus pais acataram a sugestão dos Franciscanos de
enviá-lo para continuar os estudos no Seminário Frei Galvão, em
Guaratinguetá/SP. Lá cursou, concomitantemente, em período integral, no
período 1940-1946, o ginasial e o clássico, este último equivalente ao ensino médio. Neste tempo dedicou-se ao estudo da Filosofia. A viagem de trem de
Herval d’Oeste a Guaratinguetá demorava três dias e o regime previa apenas um retorno
para casa a cada dois anos, entre Natal e Ano Novo. Encerrou esta etapa em
1947, ao passar um ano no Seminário Seráfico São Luiz de Tolosa, em Rio
Negro/PR. O magnífico edifício deste seminário foi abandonado na
década de 1970, passando às mãos do Governo do Paraná, devido à transferência das
atividades dos Franciscanos para o Seminário Santo Antônio, em Agudos/SP. Hoje,
restaurado, é ocupado por órgãos ligados à administração municipal de Rio
Negro. O próximo passo seria passar um ano de Noviciado em Rodeio/SC, sob
orientação e acompanhamento de religiosos, a fim de confirmar sua vocação sacerdotal. Para
tristeza, especialmente da mãe, decidiu não trilhar aquele caminho. No entanto, manteve vivo até anos recentes o vínculo com esta fase da sua vida, ao participar,
a cada dois anos, no mês de janeiro, dos encontros de ex-alunos promovidos
pelos Franciscanos.
No final da década de 1940, dispensado do serviço militar obrigatório, inicialmente seguiu os passos do pai e foi trabalhar no balcão do
negócio de secos e molhados de um dos estabelecimentos da empresa Bonato S/A,
de propriedade de Orestes Floriani Bonato. Então maior loja da região, mantinha um atacado de açúcar, sal, farinha, querosene e outros gêneros
necessários à subsistência dos moradores da região. Por esse tempo foi
testemunha do seguinte – e precioso! – diálogo de Orestes Floriani Bonato,
cunhado de Attilio Fontana, com seu pai,
Sebastião Nodari: “Ô, Bastião, o meu cunhado tá ficando louco. Comprou um
matadouro em Concórdia! Vai vendê salame pra quem? Vai vendê banha pra quem?” O tal
matadouro deu origem a nada menos que a Sadia S/A, hoje parte da gigante BRF S/A. Observado por Alcides Felipe Saraiva,
contador da empresa, que tinha conhecimento da sua boa formação escolar, foi
convidado a trabalhar no escritório da empresa, o que fez até 1966.
Em 1954
assumiu a presidência da Liga Esportiva do Oeste Catarinense, exercendo-a até
1964. Neste período, em 1960, foi convidado pelo empresário brusquense Arthur Schloesser a ser, juntamente com Rubens Facchini
e Orlando Francisco Müller, membro da Comissão Central Organizadora dos I Jogos Abertos de Santa Catarina
(JASC), realizados em Brusque, função que voltaria a ocupar anos mais tarde. Foi chefe da delegação de Joaçaba nos JASC de 1960 a 1964 e membro do Conselho Técnico dos JASC de 1963 a 1975. Em 1976 presidiu este Conselho. Participou de todas as edições dos Jogos, tendo sido diversas vezes
homenageado pelo seu papel na criação dos JASC. Em 2010, ano da 50ª edição dos Jogos, lá estava ele, de volta a Brusque, acompanhando o lançamento do livro que lhe eternizou o nome na história dos JASC: “JASC 50 Anos – História de Vencedores”, dos jornalistas Valmor Fritsche e Marco Aurélio Gomes.
Quando, em 17/10/2014, Herval d'Oeste sediou pela primeira vez a cerimônia de abertura da etapa Centro-Oeste dos JASC, Ruddy José Nodari foi efusivamente aplaudido ao adentrar com o fogo simbólico o Centro de Eventos Oscar Mello, o 'Oscarzão'. No ano seguinte, Joaçaba, Herval d'Oeste e Luzerna sediaram os 55º JASC. Por sua vida dedicada ao apoio ao esporte, recebeu, em 1995, das mãos do governador Paulo Afonso Vieira, a Comenda do Mérito Esportivo. Dez anos mais tarde, em 2005, recebeu a Comenda do Mérito Esportivo 'Fogo Simbólico', por sua contribuição para com a solenidade de acendimento e transporte do fogo simbólico dos JASC.
Por volta de 1963/1964 foi
convidado a participar do Lions Club Cruzeiro de Joaçaba, onde foi secretário, mestre de cerimônias e presidente da Comissão de
Comunidade. Lá permaneceu até 1968, quando, participou do grupo de 38
companheiros fundadores do Rotary Club de Herval d'Oeste, do qual é um dos poucos remanescentes. Foi seu sexto presidente, no biênio 1973/1974 e, por volta de 1998 foi convidado a ser Governador do Rotary
para a sua região, convite ao qual declinou por razões de ordem pessoal.
Quando Alcides Felipe Saraiva assumiu o cargo de prefeito municipal de Herval d’Oeste, em
1966, nomeou Ruddy José Nodari seu chefe de gabinete. Este passo marcou seu
ingresso na vida política. Foi servidor da Prefeitura Municipal de Herval d’Oeste de 1966
até 1972, quando foi eleito vereador
pela então Aliança Renovadora Nacional (ARENA) para um mandato de quatro anos. Parece não tê-lo completado, pois se tornou vice-prefeito de Alcides Felipe Saraiva durante seu segundo mandato, entre 1973 e 1977. Nesta época, figura como sócio cotista da Rádio Líder do Vale, de Herval d'Oeste. Em 1977 ele mesmo se tornou prefeito de Herval d’Oeste, exercendo o cargo até 1983. Durante o seu mandato, em 1982, foi construído o
Ginásio Municipal de Esportes de Herval d’Oeste ou Ginásio de Esportes Rudy José Nodari, carinhosamente apelidado de 'Rudão'. Outro marco da sua administração foi o êxito obtido na
instalação, em 1980, de uma unidade do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar na
cidade. Nos anos de 1978 e 1979, durante
o seu mandato de prefeito, foi presidente da Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense (AMMOC), entidade fundada em 1961. Com a redemocratização do país em 1985 e a
extinção da ARENA, filiou-se inicialmente ao PP e, após a sua fundação, ao PFL.
Com a extinção deste, foi partidário do DEM e nunca abandonou o interesse pelos rumos de sua cidade e região.
Findo o mandato de prefeito, em função da experiência administrativa
adquirida, foi convidado por Ricardo Pichler a se dedicar à administração da
Indústria de Máquinas Agrícolas Francisco Lindner Ltda. Aceitou inicialmente a proposta, mas, antes mesmo de iniciar esta nova etapa, declinou dela para atender a outro convite, este de Osvaldo Fonseca, superintendente estadual do SESI
(Serviço Social da Indústria),
para substituir o Dr. Alexandre Muniz de Queiroz na coordenação regional do SESI do Vale do Rio do Peixe, com
sede em Joaçaba. Osvaldo Fonseca tratou pessoalmente da negociação com Ricardo Pichler visando sua transferência amigável para o SESI. Deixou a
coordenação do SESI 17 anos depois, no ano 2000, com profundas melhorias em sua
estrutura de atendimento ao cidadão. Durante o tempo que se dedicou à entidade,
investiu na instalação da farmácia, hoje referência em Joaçaba, de um mercado,
posteriormente desativado, incrementou a oferta de vários cursos, instituiu a
pré-escola, ampliou e flexibilizou o atendimento odontológico conforme as
necessidades do trabalhador e coordenou a implantação de um grande complexo
esportivo em Joaçaba, inaugurado em 1990. Construído em terras anteriormente
pertencentes à família de Oscar da Nova, adquiridas pelo Governo de Santa Catarina, o
complexo atualmente pertence à UNOESC.
Decidido a se aposentar, acabou cedendo
ao convite da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) para ser
executivo da instituição junto aos presidentes do Sindicato Patronal do Vale do
Rio do Peixe, na região compreendida entre Porto União e Concórdia.
Em 2004,
novamente decidido a parar, cedeu a outro convite, desta vez para
presidir a Associação de Bombeiros Comunitários de Joaçaba e Herval d'Oeste, entidade que se tornou referência nacional. Após o mandato de três anos, em 2007, novo convite afastou-o da decisão de sossegar: tornou-se presidente da Federação Catarinense de Bombeiros (FECABOM). Em 2011 assumiu o mandato de vice-presidente da entidade. Na nominata da diretoria da Sociedade de Cultura Artística Joaçaba e Herval d'Oeste (SCAJHO) aparece como 2º secretário para o biênio 2014/2016.
Além da já citadas Comendas do Mérito Esportivo, Ruddy José Nodari recebeu diversas outras distinções em reconhecimento ao seu trabalho, dentre as quais mencionamos: Cidadão Honorário de Joaçaba (1994), Troféu Expoente, da Prefeitura Municipal de Joaçaba (1994), Cidadão Honorário de Herval d'Oeste (1998), título 'Paul Harris' do Rotary Club International, outorgado pelos EUA (1998), troféu 'Empreendedor - Competência e Dinamismo', pela Federação Catarinense dos Diretores Lojistas - CDL (1998); Troféu Jornaleiro, pelo Jornal A Notícia (1998), título da Câmara Junior, por bons serviços prestados às comunidades de Joaçaba e Herval d'Oeste, título 'Amigo da Polícia Militar' (1998), título 'Amigo do Bombeiro' (2008), placa de homenagem como incentivador do esporte, por ter ajudado, nas décadas de 1970 e 1980, a alçar o Ciclismo Catarinense no cenário nacional (2011).
Peço perdão por não ter conseguido ir além do acima exposto, por eventuais equívocos, pelas muitas lacunas deixadas. Oxalá isso possa ser corrigido com o tempo em justiça a este amigo querido.
Uma vida tão rica em realizações é motivo de orgulho para todos, tanto para quem a protagonizou quanto para quem a acompanhou de perto. Por isso quero deixar também algumas linhas sobre o que de mais precioso aconteceu a este amigo, aquilo que mais lhe trouxe alegria e orgulho, aquilo que, de fato, fez com que tudo fosse possível e, sobretudo, valesse a pena: a sua família.
Waldete Souza Nodari
Ruddy José Nodari se casou com
Waldete Souza. Ela nasceu em Tijucas/SC em 08/05/1928, coincidentemente, também pelas duas horas da manhã, filha de
José Vicente de Souza e
Olivia de Souza Passos, casados em Camboriú. Eram seus avós:
Vicente Quintino Pereira e
Rosa Mathilde da Conceição,
pelo lado paterno, e
Joaquim Anastácio Pereira e
Josepha Patricia Pereira, pelo materno. Conheceram-se em Joaçaba, em 1950, no contexto do surgimento do grupo de teatro amador Procópio Ferreira, do qual ambos foram convidados a participar. Ela era professora e havia se mudado para lá com os pais a convite de seu irmão
Otávio, funcionário do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o atual Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que se transferira para lá por conta do seu trabalho. Ali teve início o seu namoro.
Mas seus pais, acostumados à brisa marinha do verão, não se adaptaram ao clima de Joaçaba e retornaram a Tijucas.
Waldete ainda permaneceu algum tempo em Joaçaba, mas depois também retornou a Tijucas. O relato que recebi sobre este tempo de namoro e das peripécias de
Ruddy para conseguir chegar em Tijucas para visitá-la, é maravilhoso. Passado cerca de um ano e meio,
Waldete retornou a Joaçaba. Além de conseguir uma carga horária maior como professora, encontrou ali uma oportunidade de formação para a docência que não lhe era oferecida em Tijucas. Dedicou sua vida aos quatro primeiros anos do ensino fundamental e ao ensino das Artes.
O casamento foi realizado em Tijucas, no dia 18/09/1954. A cerimônia religiosa aconteceu na bela Capela Divino Espírito Santo, então pertencente ao colégio homônimo, dirigido pelas Irmãs da Divina Providência. Atualmente o conjunto abriga o Lar Santa Maria da Paz. O casal teve quatro filhos, todos varões:
Luís Fernando Nodari (*24/11/1955), médico veterinário, pós-graduado em reprodução de gado leiteiro, aposentado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC). Segue em plena atividade profissional na região do meio-oeste catarinense.
Ricardo José Nodari (*01/04/1960), graduado em Farmácia, Bioquímica e Direito, mestre em Instituições do Direito Público e Privado, advogado e professor universitário, foi vice-prefeito de Herval d'Oeste na gestão 2013-2017.
Carlos Henrique Nodari (*27/05/1962), graduado em Administração e Direito, seguiu a carreira de economiário, na qual se aposentou. É piloto automobilístico na categoria Turismo Clássico Catarinense, na qual é conhecido como
Ike Nodari.
Rudy José Nodari Júnior (*05/01/1968), graduado em Educação Física, especialista em Fisiologia do Exercício, mestre em Ciências da Saúde Humana, doutor em Ciências da Saúde, possui dois pós-doutorados, é professor universitário em nível de graduação e pós-graduação, no Brasil e no Exterior, e ocupa diversos cargos na sua área de formação. Juntamente com o engenheiro de software
Alexandre Heberle, desenvolveu uma tecnologia para melhorar o desempenho das pessoas na prática de atividades físicas a partir da dermatoglifia, a análise das impressões digitais.
Permitiu o Criador que o amor da sua vida o deixasse muito cedo, inesperadamente, após 42 anos de um casamento feliz. Foi em Foz do Iguaçu, no dia 24/06/1996, durante um evento de senhoras rotarianas. Com muita justiça empresta seu nome a uma escola de Herval d'Oeste que assim lhe perpetua o nome: o
Centro Municipal Infantil Valdete Souza Nodari. Sim, a saudade que vi nos olhos de
Ruddy José Nodari tem nome.
Sinto-me privilegiado e muito grato por ter um amigo como ele. Não por causa da sua rica e invejável biografia, que só fui conhecer muito depois, mas por sua humildade, por ter estendido a mim o seu apreço de uma forma sincera, natural, desinteressada. Justo a mim, então ainda um forasteiro desconhecido acampado no aconchegante porão de sua casa. E por cada cartão de Natal recebido pelo correio, ano após ano, quando já quase ninguém se dava a gestos assim.
"Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, por que tudo passa rapidamente, e nós voamos. Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." (Salmo 90: 10, 12). O que eu poderia acrescentar a isso, amigo querido? Borrei o rascunho destas linhas ao saber como tem passado alguns de seus dias, mas encontrei conforto nas palavras do salmista, nas felizes recordações de nossas conversas e na viva esperança de que nossa vida não se resume ao breve tempo que nos é concedido fazer amigos por aqui. Ainda assim, me toca saber que virá o dia em que aqueles que o amam não poderão disfarçar o que se verá através das vidraças das janelas de suas almas. Permito incluir-me entre eles.
Ruddy José Nodari com os filhos, da esq. p/a dir.: Luiz Fernando, Rudy José, Ricardo José e Carlos Henrique
Parabéns, 'Seu
Ruddy', meu querido amigo, pelos 90 anos, e muito obrigado pela sua amizade! Deus lhe conceda força e saúde, e abençoe ricamente ao senhor e à sua querida família.
Um grande abraço deste seu amigo blumenauense!