quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Extremo Oeste: A passagem da Coluna Prestes em 1925 - Parte 1/5 - jan 2018


Estribo federalista encontrado em Dionísio Cerqueira


Nota: Infelizmente não é possível aumentar a fonte da arte. Para facilitar a leitura, sugere-se aumentar o zoom da tela ou salvar a imagem no computador.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - NÓS #115 - 06 e 07/01/2018 - p. 1 e 5
Texto: Ângela Bastos - angela.bastos@somosnsc.com.br
Imagem: Betina Humeres
Arte: Créditos não mencionados na fonte

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Chapecó: Aurora Alimentos, entre as empresas mais amadas do Brasil - jan 2018



     Aurora Alimentos, no 6º lugar, e Whirlpool, na 37ª colocação, são as duas catarinenses listadas entre as 50 grandes empresas mais amadas do Brasil. O ranking é do site Love Mondays, especializado em assuntos relacionados a recursos humanos e gestão de pessoas.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Pedro Machado - 16/01/2018 - p. 23


     Ontem*, a coluna publicou que Aurora e Whirlpool eram as duas catarinenses entre as 50 grandes empresas mais amadas do Brasil no ranking da Love Mondays, especializado em assuntos relacionados a recursos humanos e gestão de pessoas. Pois entre as micro e pequenas aparecem mais duas representantes do Estado: a Contentools, de Florianópolis, que desenvolve uma plataforma de marketing de conteúdo, e a blumenauense Trezo, especializada em e-commerce.
*16/01/2018
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Pedro Machado - 17/01/2018 - p. 23     

Chapecoense e Concórdia: O "Clássico da Linguiça" na largada do Estadual - jan 2018



     A estreia dos dois times do Oeste no Catarinense 2018 não poderia ser melhor. Logo de cara, o clássico regional vai colocar frente a frente o Concórdia e a Chapecoense, às 20h30min*, no estádio Domingos Machado de Lima, em Concórdia.
     Porém, há quem prefira chamar o jogo de "Clássico da Linguiça", denominação que surgiu na década de 1990, quando os times eram patrocinados por frigoríficos da região. E o nome pegou.
*17/01/2018.
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Esportes - 17/01/2018 - p. 19

Atualização: A Chape venceu a partida com gol de cabeça anotado por Amaral aos 35' da primeira etapa.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Chapecoense e Concórdia: O Catarinão, nossa "Copa do Mundo" - jan 2018


     São 95 mil quilômetros quadrados de diferentes sotaques e expressões, mas o futebol é idioma unificado a partir do pontapé inicial. Enquanto o globo aguarda quatro anos para a maior competição futebolística, o catarinense tem um torneio para chamar de seu a cada começo de temporada. A nossa Copa do Mundo é o Campeonato Catarinense. O evento esportivo que neste 2018 será sediado na Rússia, mas aqui a nossa Copa se espalha por Santa Catarina.
     O torneio começa nesta quarta-feira*. Os primeiros jogos estão marcados para iniciar às 20h30min. A partir do primeiro toque na bola, serão três meses e meio em que cada um dos 10 times na disputa será a seleção de cidades ou regiões - Florianópolis e Tubarão terão duas equipes. Nesta edição, como na Copa do Mundo, haverá apenas uma partida para definir quem vai ao palanque minutos depois do último apito do campeonato para erguer o caneco.
     Enquanto há oito campeões mundiais, dos 10 times que disputam o Campeonato Catarinense, oito já venceram o torneio** - apenas Concórdia e Tubarão não tiveram tal privilégio. Pequenas coincidências que reforçam a atmosfera que envolve o Estadual. Cada time tem um pouco de seleção, afinal são os melhores da equipe naquele momento, de acordo com os critérios dos treinadores, que vão defender nações que se juntam para sofrer, sorrir e chorar nas arquibancadas ou nos sofás. Cada clube tem seu craque, são nomes de confiança da torcida para que façam a diferença dentro de campo e levem o grupo para o mais longe possível no campeonato.
     Como no Mundial, não há favoritos. Estarão dentro das quatro linhas equipes com histórico de conquistas, times que entram em campo recheados de expectativas e outros que sequer vão sentir o cheiro do troféu, mas irão complicar favoritos.
     Bem-vindo à nossa Copa.                                                                                               
*17/01/2018
**Chapecoense, Avaí, Figueirense, Hercílio Luz, Joinville, Internacional, Brusque e Criciúma.


Fonte: Jornal de Santa Catarina - Esporte - 13 e 14/01/2018 - p. 1, 2, 3, 4 e 7.
Texto: Guto Marchiori - guto.marchiori@somosnsc.com.br
             João Lucas Cardoso - joao.lucas@somosnsc.com.br
Editor: Lucas Balduino - lucas.balduino@somosnsc.com.br
              Jorge Jr. - jorge.jr@somosnsc.com.br
Arte: Ben Ami Scopinho
Diagramação: Fabiano Peres

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Chapecoense: Vitória no amistoso com o Tubarão - jan 2018


     A noite de sábado* em Chapecó foi para o torcedor matar a saudade do futebol e para conhecer mais de perto as novas caras do time que busca o tricampeonato do Catarinense, e a classificação na Libertadores. O amistoso contra o Tubarão, campeão da Copa Santa Catarina, levou bom público para a Arena Condá e agradou quem enfrentou a chuva incessante do dia: 3 a 2 para o Verdão na estreia da temporada. Como a catraca era livre, a estimativa não oficial é de que cerca de 6 mil torcedores tenham acompanhado a partida. Guilherme (22 min do primeiro tempo), Amaral (39 min do primeiro tempo) e Alan Ruschel (aos 30 min do segundo tempo) marcaram para a Chape. Índio (aos 31 e aos 43 min do segundo tempo) anotou os do Tubarão.
*13/01/2018
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Futebol - 15/01/2018 - p. 19
Imagem: Sirli Freitas - Divulgação

Oeste: Liderança na produção de energia - jan 2018



     Com metade das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais de de Geração Hidráulica (CGHs) em operação e aporte de R$ 134 milhões para financiamento de obras nos últimos dois anos, o Oeste de Santa Catarina aposta na geração de energia como novo vetor de desenvolvimento econômico. A região, que já é forte no agronegócio e em tecnologia e inovação, busca tirar proveito do relevo acidentado e da boa quantidade de água dos rios para suprir uma demanda nacional. E já começa em alta: conta com um terço dos recursos destinados para construção dos empreendimentos. O montante ajuda a destacar Santa Catarina no setor, que só perde para o Paraná, Minas Gerais e a região Amazônica na produção de energia elétrica no país. Aqui, 12,3% do recurso gerado vem de PCHs e CGHs.

PCH Coração, em construção em Águas Frias, ao custo de R$ 30 milhões, vai gerar 4,6 MW

     De olho no mercado que viu crescer  abertura de crédito para o setor e tornou mais ágeis as licenças ambientais, não faltam empreendedores. No município de Águas Frias, de apenas 2 mil habitantes, distante 50 quilômetros de Chapecó, um novo modelo de negócio busca encurtar caminhos para a construção das PCHs e CGHs. Um grupo de investidores criou uma Sociedade de Propósito Específico (SPE Brasil Sul Energia) para tornar os agricultores, donos das terras atingidas, sócios das centrais geradoras. A estratégia elimina uma das etapas mais conflitantes e caras do processo, a desapropriação, e, mesmo entre incertezas e garantias, tem ganhado adeptos.
     Isso porque, com os donos dos pontos onde há intenção de construir as obras junto na sociedade, é mais fácil para a SPE vencer a concorrência para explorar os locais. Por outro lado, é uma promessa de ganho financeiro a médio e longo prazo aos produtores.
     - Quem apresentar mais áreas de terras no projeto à Aneel (Agência Reguladora de Energia Elétrica), leva, porque é um procedimento a menos. Também é um forma de inclusão, não de imposição. Sinaliza interesse social, além do econômico - argumenta Rousty Rolim de Moura, presidente da Brasil Sul Energia, cujos pai, Rui, já falecido, e tio, Ricardo Rolim de Moura, foram precursores da modalidade no município em 2009.
     - Estudamos o negócio e adquirimos expertise por entender que o setor é a bola da vez. Não há desenvolvimento sem energia - projeta Rousty, que largou o Direito para administrar a SPE.
     Quando Rui era prefeito do município, explica Ricardo, percebeu o mercado porque diversas usinas queriam se instalar na cidade.
     - Pensamos: por que não trazermos o modelo para que as pessoas daqui possam investir? Aí o dinheiro gira aqui, o município e a região se desenvolvem - afirma Ricardo, que agora ocupa o cargo que era do irmão na prefeitura e conta com o retorno do Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) gerados pelas obras no município.
     A Brasil Sul Energia, gerida por Rousty e pelo grupo de sócios, tem diretoria técnica, conselho administrativo e fiscal. Gerencia três subsidiárias na Bacia do Rio Burro Branco, que corta os municípios próximos, uma PCH e duas CGHs, que juntas somam investimento de R$ 83,5 milhões e capacidade de geração de 12,2 megawatts (MW).
     Há outras cinco PCHs na Bacia do Rio Chapecó que, junto às anteriores, totalizam 200 investidores (50 deles agricultores), R$ 665 milhões em investimentos e 134 MW gerados, suficientes para abastecer 156 mil unidades consumidoras por um mês. Apenas duas estão gerando energia. As demais têm prazo para começar até 2022.


     O morador da Linha Suspiro, em Nova Erechim, produtor de leite e aves, Eraldo Piovesan, aguarda a licença ambiental da PCH Riu Chapecó para permutar os dois dos 14 hectares de terras atingidos pela barragem. Quando isso acontecer, ele se torna sócio com 0,5% das cotas do empreendimento, cujo custo é de R$ 130 milhões com capacidade estimada em 23 MW. A PCH tem 118 investidores, 20 deles agricultores como Eraldo.
     A promessa de ganho semestral de até 1,5% do valor investido motivou Eraldo a tornar-se sócio de outros sete empreendimentos com expectativa de ganhos de até 30 salários mínimos em 10 anos. Ele investe R$ 5 mil mensais em cotas à espera do retorno. Por enquanto, apenas uma das PCHs investidas está distribuindo lucros, a Pito de Campos Novos, que passou a gerar energia em 2016. A distribuição é anual e pode se tornar semestral em três anos, de acordo com a Sociedade Brasil Sul Energia.
     - No ano passado, a Pito deu lucro de R$ 1 milhão, pagando o financiamento: R$ 400 mil foram rateados entre os investidores e R$ 600 mil destinados para fundo de reserva - destaca Eraldo, que diz ter recebido mais de quatro salários, valor ainda baixo devido à amortização dos juros do financiamento.
     É que todos os empreendimentos têm 65% do custo financiado ao juro de 12,6% ao ano pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), via Banco Regional de Desenvolvimento do Extremos Sul (BRDE), com prazo de 20 anos para pagar, dos 30 da concessão.
     - Os primeiros anos serão de menos lucros por isso. O retorno é gradativo e depois de quitado o financiamento chega a até 1,5% do valor investido - estima o presidente da Brasil Sul Energia, Rousty Rolim de Moura.
     Para Piovesan, que com a esposa e o filho criam 10.500 frangos por lote e têm 30 vacas de leite, mesmo sem valor e prazos exatos de retorno, o investimento vale a pena:
     - Vejo uma possibilidade de se aposentar mais cedo, de conseguir uma renda extra, uma aposentadoria maior e vitalícia. Outra PCH, a Santo Antônio deve gerar lucro de R$ 5 milhões mensais. Um por cento disso dá R$ 50 mil por mês. O custo da cota é de R$ 250 mil. É uma ótima taxa de retorno.

CGH Aparecida, construída em três hectares que pertencem aos agricultores Sidani e Sadi Dalpiva, já gera energia em Jardinópolis e ainda divide espaço com criação de gado

     O casal de agricultores de União do Oeste, Sidani Dalpiva e Sadi Dalpiva também permutou a área de terra para se tornar investidores. Eles venderam os três hectares para abrigar a Casa de Força da CGH Aparecida, construída no município vizinho Jardinópolis. Receberam R$ 78 mil em dinheiro e investiram os R$ 40 mil restantes nos nomes dos dois filhos. Sobraram ainda 4,5 alqueires que servem para criação de gado.
     Os dois moram em União do Oeste e devem receber em fevereiro do ano que vem a primeira parcela da distribuição da CGH, que começou a gerar energia em novembro.
     Nestes dois meses de operação, a CGH Aparecida gerou em média R$ 241,9 mil de receita mensal. Cerca de 20% fica para despesas com operação, manutenção e financiamento.


   Há dois anos, o governo do Estado lançou o programa SC+Energia para incentivar os investimentos em geração de eletricidade de fontes limpas e renováveis e anunciou a contratação de 28 novos servidores na Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para agilizar as licenças ambientais, além de crédito de R$ 1 bilhão do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremos Sul (BRDE) para financiamentos das obras. De acordo com a instituição, deste então, foram liberados R$ 195,5 milhões para construção de PCHs e CGHs no Estado em 19 contratos. Destes, 11 empreendimentos e R$ 134 milhões foram para o Oeste.
     Segundo Felipe Castro do Couto, gerente de planejamento do BRDE no Estado, a fonte dos recursos é o BNDES.
     Já a Fatma, até 2015 tinha 400 pedidos de licenças para construção de PCHs e CGHs no Estado. De lá para cá, recebeu mais 61 requerimentos de Licença Ambiental Prévia (LAP), que é a primeira no processo de licenciamento. De acordo com o órgão, o Estado tem 120 PCHs/CGHs com licenças válidas para operação, 63 para construção e sete para ampliação. Na fase de viabilidade (LAP), há 68 licenças.
     Segundo a diretora de licenciamento da Fatma, Ivana Becker, há uma demanda grande no Estado para construção de CGHs, pelo potencial hidrelétrico e por tamanho e impacto ambiental menores. Para agilizar as licenças, a Fatma descentralizou o processo de licenciamento para as coordenadorias regionais, com apoio da sede.
     - Temos muitas demandas, mas procuramos dar atenção às licenças para PCHs/CGHs porque a geração de energia é importante para o Estado. A descentralização dos processos tem dado mais agilidade ao trabalho.


     Enquanto a defesa dos investidores do Oeste está no menor impacto ambiental causado pelas PCHs/CGHs, na inclusão dos proprietários de terras e na promessa de desenvolvimento regional, o doutor em Ciências Sociais e professor da Universidade Fronteira Sul (UFFS), Humberto José da Rocha, defende que o assunto merece mais debate.
     Segundo Rocha, que há 10 anos estuda os impactos da geração de energia no país, SC está entre os principais estados na geração de energia e se destaca como um dos maiores do país quando o assunto é PCHs, especialmente o Oeste. Pela geografia, relevo acidentado e quantidade de água.
     Rocha afirma que investir na construção de PCHs e CGHs virou tendência na região, pelo fato das usinas hidrelétricas já terem atingido a fronteira. Mas para ele, o real impacto, a inserção de agricultores e a promessa de desenvolvimento regional merecem melhor análise.
     - Sob o aspecto ambiental, o rio Chapecó, por exemplo, tem capacidade para construir uma grande usina hidrelétrica, mas também tem para várias pequenas. Inclusive há projeto para a construção de nove PCHs só neste rio. A pergunta é: será que empilhar nove PCHs não é parecido com construir uma usina? Daqui a pouco teremos uma sucessão de lagos sem peixe. É preocupante - alerta.
     O questionamento se alinha à incerteza do desenvolvimento regional destacado pelo professor. Num dos estudos que o especialista desenvolveu, é comparado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios com usinas em relação aos que não têm nenhuma.
     - O desenvolvimento é o mesmo, com ou sem usina, exceto nos municípios que recebem ICMS. Nos outros, o retorno não compensa o impacto da perda das terras. Ou seja, não há crescimento.
     Rocha recomenda verificar caso a caso e cautela na hora de avaliar vantagens e desvantagens do investimento dos agricultores, principalmente o custo e a forma de rateio do retorno financeiro:
     - As grandes empresas geradoras de energia têm know-how, lobby político, dinheiro público para investir e produção já comprada. O agricultor tem o que eles não têm, o recurso natural, o rio. Essas empresas, tendo o dono, facilitam sua entrada na região e pulam o processo de encarar manifestações sociais diante das desapropriações. Vejo como estratégia para pular as indenizações.

CGH - Centrais de geração hidráulica, cuja capacidade máxima gerada é de 5 MW (megawatts). Não precisa concessão.

PCH - Pequenas centrais hidrelétricas, cuja capacidade gerada é entre 5 MW e 30 MW. Concessão do governo por 30 anos.

UHE - Usina hidrelétrica com capacidade gerada acima de 30 MW. Precisa de licitação.


     Abrangem 12 municípios: Águas Frias, União do Oeste, Jardinópolis, Coronel Freitas, Marema, Quilombo, Nova Erechim, Modelo, Sul Brasil, Pinhalzinho, Nova Itaberaba e Campos Novos.


Fonte: Jornal de Santa Catarina - De ponto a ponto - 13 e 14/01/2018 - p. 1, 4 e 5
Texto: Keli Magri (interina) - keli.magri@somosnsc.com.br
Imagens: Angélica Lürsen - Especial

Chapecó: No mapa das mortes violentas em SC - jan 2018



     O balanço da segurança pública em Santa Catarina em 2017 mostra uma realidade que divide o Estado quando mortes são o assunto. Enquanto em 148 dos 295 municípios não houve registro de nenhum homicídio no ano passado, em apenas 10 das 147 cidades restantes ocorreram 530 assassinatos, mais da metade dos 983 homicídios registrados em todo território catarinense em 2017, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A mancha das mortes violentas se concentra na Grande Florianópolis, região de Itajaí, Joinville, Blumenau, Criciúma e no interior atinge apenas Chapecó.
     A SSP ressalta que metade das cidades não teve nenhum homicídio. No entanto, estes são municípios com até 10 mil habitantes e não abrangem nem 20% da população catarinense. Nos 10 municípios com mais registros de assassinatos vivem 2,6 milhões de pessoas, cerca de 38% do total da população catarinense.
     É nessas regiões, ricas e populosas, que o crime organizado atua e as autoridades encontram dificuldades em estancar a violência. Não bastasse o aumento de 10% nos homicídios em SC, o Estado ainda viu diminuir a resolução dos casos de 51,9% em 2016 para 48,1% em 2017. A resolução dos crimes, para a SSP, significa identificar a autoria do delito, o que não quer dizer que o suspeito tenha sido denunciado ou julgado e condenado.
     Delegado-geral da Polícia Civil, Arthur Nitz credita a dificuldade em resolver casos a dois motivos: primeiro, o fato de haver apenas duas delegacias especializadas em homicídios no Estado, uma em Florianópolis - onde o índice de resolução é de 70% -, e outra em Joinville - onde a taxa atinge 60%. No restante das cidades, quem atua são as Delegacias de Investigações Criminais (DICs), que trabalham em outros casos como roubos e tráfico de drogas. O segundo obstáculo, diz Nitz, é a dificuldade em obter informações em comunidades dominadas por facções criminosas.
     - O homicídio de hoje não é o que ocorria uma década atrás. Temos dificuldades em obter informações até em razão da lei do silêncio que reina em comunidades dominadas pelo tráfico - expõe o delegado-geral. Ele garante uma atuação mais "incisiva" da Polícia Civil em 2018 em Florianópolis, Joinville, Blumenau, Itajaí, São José, Palhoça, Navegantes, Criciúma e Chapecó "para tentar frear a violência" nesses locais, mas sem descuidar de outros municípios com população na faixa entre 50 mil e 70 mil pessoas.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Segurança - 13 e 14/01/2018 - p. 12-13.
Texto: Leonardo Thomé - leonardo.thome@somosnsc.com.br
             Schirlei Alves - schirlei.alves@somosnsc.com.br

Dionísio Cerqueira: Aduana morosa - jan 2018


     Reunido com empresários e lideranças de Dionísio Cerqueira, o presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira, criticou a situação da aduana na fronteira. Disparou: - É inadmissível que uma carga fique mais de 20 dias à espera de um documento para entrar em nosso Estado. Isso está levando os empresários a escolherem o Rio Grande do Sul para entrada da importação.
     Vieira percorreu 11 municípios durante toda a semana, proferindo palestras sobre a economia catarinense.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Moacir Pereira - 13 e 14/01/2018 - p. 8

Agronegócio: O setor primário da economia brasileira é de primeiro mundo - jan 2018



     Apesar da imensa contribuição ao desenvolvimento nacional, a agricultura brasileira tem inimigos. Houve um tempo, em governos passados de triste memória, que o extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário abrigava legiões de "ambientalistas" com declarado ódio aos produtores e aos empresários rurais. Curiosamente, esse pessoal só reconhecia legitimidade na agricultura familiar - aquela hipossuficiente, de produção sub-comercial, dependente de programas sociais-assistenciais do governo. Pela mesma linha de raciocínio, desprezavam a agricultura moderna, produtiva, que gera excedente comerciais exportáveis, proporciona segurança alimentar ao país e superávits na balança comercial.
     O ataque dos "ambientalistas" contra produtores rurais, a quem acusam de promover a devastação de matas e agricultura predatória, caiu no vazio por falsear a verdade. A Nasa* divulgou estudo em dezembro demonstrando que as terras brasileiras estão, sim senhor, muito bem preservadas. De acordo com a agência espacial americana, as lavouras ocupam 65,91 milhões de hectares (apenas 7,6% do território brasileiro) e a vegetação nativa é preservada em mais de dois terços da superfície do país.
     Esses números comprovam que o Brasil está cumprindo as metas de proteção e conservação ambiental. Essa confortável situação está muito acima do que conseguiu o restante do Planeta, incluídos os países mais desenvolvidos que, habitualmente, proclamam-se menos devastadores.
     Na maioria dos países, as atividades agrícolas ocupam entre 20% e 30% da área, de acordo com o relatório da Nasa. Em algumas das maiores economias, a parcela utilizada na produção rural é muito maior. A proporção fica entre 45% e 65% na maior parte da União Europeia, em 18,3% nos Estados Unidos, em 17,7% na China e em 60,5% na Índia. Na Dinamarca, a área cultivada corresponde a 76,8% do território. No Reino Unido, a 63,9%. Na Alemanha, a 56,9%.
     O Brasil contemporâneo é uma reconhecida e temida potência agrícola, embora as lavouras ocupem pequena parcela do território. A crescente adoção de tecnologia nos campos e nas lavouras permitiu impressionantes saltos na produtividade em grãos (soja, milho, feijão, trigo, arroz), carnes (bovinos, aves, suínos, ovinos), leite, frutas e hortigranjeiros. Os ganhos de produtividade - resultantes do aperfeiçoamento de sementes, fertilizantes, sêmen, nutrição animal, manejo de solos e plantéis, etc. - tornaram desnecessária a ampliação das áreas cultivadas.
     As constatações da Nasa estimulam todos os elos da cadeia produtiva da agricultura e do agronegócio a perseverar nas boas práticas de produção agrossilvopastoril, na preservação dos recursos naturais e no exercício de uma agricultura cada vez mais sustentável e avançada. E comprovam: o setor primário da economia brasileira é de primeiro mundo!

* National Aeronautics and Space Administration.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Giro Financeiro - 13 e 14/01/2018 - p. 24
Texto: José Zeferino Pedrozo - Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC)

Chapecó: O custo do transporte público - jan 2018


     Os catarinenses começaram 2018 desembolsando mais dinheiro para andar de ônibus municipais. Neste início de ano, quatro das sete capitais regionais do Estado aumentaram o preço das passagens entre 3,8% e 9,21%, percentual acima da inflação dos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2,70%. A maioria das cidades havia reajustado a tarifa no mesmo período de 2017.
     O bilhete mais salgado continua sendo o de Joinville, que desde 2 de janeiro, após reajuste de 7,26%, custa R$ 4,30 - o comprado dentro do ônibus está R$ 4,65. Já em Chapecó, onde a passagem não aumenta desde novembro de 2016, a viagem sai por R$ 2,98.
     O prefeito da cidade do Oeste, Luciano Buligon, explica que há muitos anos a tarifa está entre as mais baixas do Estado. Ele entende que o valor pode estar relacionado ao custo de vida mais baixo, mas afirma que o preço deva ser reajustado em breve.
     A Procuradoria do município já recebeu um pedido do sindicato das empresas concessionárias para aumentar, mas argumenta que isso deve ser feito com o novo processo licitatório, publicado até fevereiro. Buligon admite que o serviço precisa de adaptações e inovação.
     Em Joinville, a prefeitura não quis se manifestar sobre o assunto. Diz apenas, em nota, que o "reajuste segue o cumprimento de decisão judicial, que tem como base o valor técnico de tarifação, baseado nos custos do serviço de transporte coletivo urbano". A cidade também não oferece meia-passagem para estudantes, como a Capital.
     Entre os reajustes aplicados entre dezembro de 2017 e início deste ano, o mais significativo foi o de Lages, de 9,21%, fazendo a tarifa subir para R$ 3,64. Por nota, a prefeitura explica que a primeira proposta da empresa Transul era de 24,55% de aumento, o que levaria a uma passagem de R$ 4,18. Além disso, o município demorou mais do que os outros para fazer o reajuste. O último foi em maio de 2016.
     No texto, o prefeito Antonio Ceron explica que considerou "o percentual solicitado excessivo" e, depois de uma análise da equipe técnica da prefeitura, optou pelos 9,21%. Aumento do preço do diesel, das peças e dos próprios ônibus, assim como dos salários, estão relacionados ao acréscimo, justifica a prefeitura.
     O presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, afirma que o diesel é um dos principais componentes relacionados ao custo do transporte. No caso da tarifa de ônibus, corresponde a cerca de 23% do custo. Para ele, a alta do combustível - acima da gasolina e da inflação - é uma das justificativas para os reajustes, que costumam acontecer em boa parte das cidades brasileiras entre janeiro e maio. Cunha afirma que o aumento tem ficado entre 3% e 8% na maioria das cidades.


     Além do aumento do preço do diesel e de salários de funcionários, as empresas concessionárias justificam a nova tarifa devido à queda do volume de passageiros. Em Joinville, por exemplo, segundo as empresas concessionárias, houve uma redução de mais de 5% no número de usuários de 2016 para o ano passado.
     Atualmente, o serviço transporta o equivalente a 60% do que transportava há 20 anos. Já em Lages, a queda foi de 4,88%, e em Florianópolis, de 3,57%. Porém, segundo o Consórcio Fênix, a expectativa na Capital é que com o uso de câmeras de videomonitoramento, GPS e o Florianoponto, aplicativo de informação em tempo real, a demanda volte a crescer.


     O coordenador do Observatório de Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina, Werner Kraus Júnior, explica que a queda de usuários do transporte coletivo acontece em todo o mundo desde o início dos anos 2000.
     Segundo o especialista, os dois primeiros fatores relacionados a esse cenário são o aumento do tempo de viagens dos ônibus e, em paralelo, a maior possibilidade de aquisição de veículos pela população. Otávio Cunha, presidente executivo da NTU, acrescenta que atualmente um ônibus trafega em média a 12 km/h, antes era 25 km/h.
     - A combinação de tarifas e tempo de viagem subindo colocou as pessoas em automóveis e piorou ainda mais os tempos de viagens. É um ciclo vicioso que só consegue se romper com faixas exclusivas para ônibus - diz.
     Ele acrescenta que a sociedade não investe em transporte público e tem uma mentalidade muito voltada para o individual. Cunha defende ainda que o desemprego também influencia na queda do volume de usuários.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Mobilidade - 11/01/2018 - p. 10
Texto: Karine Wenzel - karine.wenzel@somosnsc.com.br

Campos Novos, Palmitos, Xanxerê e Xaxim: municípios beneficiados com o Cartão Reforma - jan 2018

A matéria desta postagem teve por foco o município de Blumenau, mas informou a relação dos demais municípios catarinenses contemplados com o benefício, a maioria deles localizada no Meio Oeste e Oeste de Santa Catarina.


      (...)
     O projeto do governo federal é recente - regulamentado em novembro de 2017 - e o termo de compromisso com o município* foi assinado em 28 de dezembro do ano passado.
     (...)
     Em Santa Catarina, apenas seis cidades receberão o Cartão Reforma em um primeiro momento: Blumenau, Campos Novos, Lages, Palmitos, Xanxerê e Xaxim. O investimento é de R$ 100,4 milhões, sendo R$ 4,3 milhões para o Estado, destinados a 756 famílias.
     (...)
*Refere-se a Blumenau.
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Economia - 11/01/2018 - p. 6
Texto: Augusto Ittner - augusto.ittner@somosnsc.com.br - Blumenau

Chapecoense: Verdão empresta Bruno Pacheco para substituir Reinaldo - jan 2018


     O lateral-esquerdo Bruno Pacheco, de 26 anos, foi emprestado ontem pela Chapecoense. O jovem atleta, emprestado pelo Bragantino, disputou o Brasileirão no ano passado pelo Atlético-GO e chega com a difícil missão de substituir Reinaldo.
     - Ele (Reinaldo) é um grande jogador, mas eu estou aqui para buscar o meu espaço. Estou emocionado de estar aqui, onde quero fazer história, um bom trabalho. Pode ter certeza que vontade não vai faltar, nem determinação - disse Pacheco, que fica até o fim de 2018.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Esporte - 11/01/2018 - p. 19

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

São Lourenço do Oeste, SMO e Chapecó: Maiores quedas no número de homicídios no período 2016-2017 - jan 2018


     Em um ano com explosão de assassinatos em Florianópolis e Joinville, Santa Catarina fechou 2017 com o que já era previsto: a alta de homicídios. Os dados estaduais divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na segunda-feira* apontam 983 casos de 1º de janeiro a 31 de dezembro, o que representa crescimento de 10% em relação a 2016, quando ocorreram 894 assassinatos.
     O aumento é o maior desde 2014, último período de balanço divulgado pela pasta. Naquele ano, houve 756 casos, alta de quase 30% na comparação com 2017. A consequência direta é a elevação da taxa de mortes por grupo de 100 mil habitantes, um dos principais medidores de violência do mundo. O índice catarinense em 2017 ficou em 14 mortes.
     Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a média aceitável é até 10 por grupo de 100 mil habitantes e índice acima disso significa problema. A secretaria rebate que somente acima de 20 mortes por 100 mil habitantes seria algo alarmante considerado pela ONU.
     Na divulgação das estatísticas, a SSP não contabilizou as mortes violentas como latrocínios (roubos seguidos de mortes) e em confrontos com as polícias Civil e Militar, o que elevaria ainda mais o crescimento da violência.
     Em Florianópolis, por exemplo, 2017 teve pelo menos 176 mortes, um recorde na história da Capital catarinense. Destas, segundo a SSP, 149 foram homicídios, contra 79 no mesmo período de 2016.
     Já em Joinville, foram 127 homicídios no ano passado - em 2016 ocorreram 122. Também houve crescimento de homicídios, por exemplo, nas cidades de Palhoça, Blumenau, Navegantes, Penha, Araranguá, Balneário Camboriú e Balneário Piçarras.


     Outro balanço que preocupa é a queda da apuração de autoria dos assassinatos pela polícia. Em 2017, o esclarecimento dos homicídios chegou a 48,1%, enquanto em 2016 foi de 51,9%. Sobre a motivação das mortes, 48,7 foram por causa não informada. Depois, aparecem o tráfico de drogas com 23,2%, as desavenças com 17,9% e a motivação passional com 5,2%.
     O secretário da SSP, César Grubba, não quis dar entrevista para comentar sobre os dados. A manifestação do titular aconteceu apenas na divulgação oficial do Estado, como tem acontecido nos últimos anos. Grubba afirmou que "é inegável que a criminalidade está cada vez mais audaciosa e isso é inquietante".
     O secretário disse ainda que "temos enfrentado a criminalidade com políticas públicas em conjunto com a sociedade" e destacou a nomeação de 9.344 servidores para a segurança deste 2011. Ele também argumentou que SC apresenta números bem distantes da realidade nacional.
     O secretário garantiu ainda o empenho no combate às facções criminosas, consideradas os grandes vilões da explosão da violência. Em 2017, houve chacinas e atentados contra as forças da segurança em cidades catarinenses.



     O aumento de assassinatos em 2017 gera um alerta sobre a necessidade de ampliar a prevenção e fortalecer ações dentro e fora da segurança pública. A defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo afirma que o Estado precisa atacar as causas dos homicídios e agir na prevenção. Para ela, SC trata a segurança pública só como questão de polícia e não envolve educação, lazer, saúde e oferecimento de outros serviços à população.
     - Muitos homicídios decorrem de disparos do tráfico de drogas, de pessoas que estão ociosas. Conversando com essas pessoas, a gente vê que a maioria largou a escola no primário ou começo do ginásio. É aí que temos que trabalhar: tentar combater a evasão - defende Fernanda.
     Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de SC, Ulisses Gabriel, o aumento é preocupante e, para que se ocorra uma freada brusca, é necessário que se continue aumentando o efetivo das polícias, se valorize os policiais, entre outros pontos como gestão, tecnologia e repressão qualificada.
*08/01/2018.
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Segurança - 10/01/2018 - p. 12
Texto: Diogo Vargas - diogo.vargas@somosnsc.com.br

Mafra, Concórdia, SMO e Chapecó: Bons mercados para franquias - jan 2018


Concórdia: vista parcial noturna


     Com menos opções de varejo do que as grandes cidades, os municípios catarinenses pequenos e médios têm tido maior potencial de crescimento comercial. É o que mostra o último relatório da Associação Brasileira de Franchising (ABF) sobre o aumento no número de unidades e redes de franquias em Santa Catarina entre 2016 e o primeiro semestre de 2017. Os maiores percentuais são de Mafra (31%), Concórdia (23%) e Itapema (18%). Florianópolis aparece no 11º lugar, com 10% de incremento, e Joinville, a mais populosa, no 19º, com 6%.
     É evidente que essas cidades menores partem de bases mais depreciadas, o que torna qualquer variação bastante expressiva. Ainda assim, dadas as populações, são aumentos consideráveis. Em termos absolutos, chama a atenção Balneário Camboriú, que tinha 199 unidades em 2016 e passou a 232 nos primeiros seis meses do ano passado.
     De acordo com a diretora da regional Sul da ABF, Fabiana Estrela, a interiorização do setor é um fenômeno nacional:
     - Tem um movimento das pessoas indo para o interior, principalmente pela qualidade de vida. Quem pode não sai (do interior), e quem saiu está voltando. Só que hoje, no mundo globalizado, as pessoas querem ter acesso a marcas que estão fora do interior. E quem quer ser empresário também pensa a mesma coisa: eu vou para o interior, mas quero me desafiar, quero abrir um negócio. A franquia acaba sendo uma opção.
     O empresário Brayan Carvalho entrou para a estatística da interiorização em maio de 2017 ao abrir uma franquia da Igui, especializada em piscinas, em Criciúma - nono lugar no ranking da ABF. A escolha da cidade, diz, foi precedida por uma pesquisa do potencial da região. O franqueado afirma que em 2018 o objetivo é abrir uma nova loja, desta vez em Içara.
     - Nas regiões mais afastadas, as pessoas estão mais carentes de oferta de serviço de qualidade e de algumas marcas - avalia Carvalho.
     A ida dos negócios para o interior, contudo, pode demandar algumas adaptações, conforme explica a representante da ABF, que vão além do tamanho.
     - Temos redes que fazem uma junção de várias marcas em uma loja, por exemplo. Então, vão se adequando os modelos de negócios, o mix de produtos e os canais de venda para essas cidades menores.


     Na visão de Fabiana, Santa Catarina, como um todo, tem sido uma boa opção para quem quer expandir negócios. No Sul, segundo a representante da associação, é o Estado com melhor situação econômica e maior potencial. No terceiro trimestre de 2017, SC registrou um crescimento de 21% em redes e um faturamento de R$ 1,5 bilhão, 6,3% a mais do que no mesmo período de 2016. Entre os setores que mais atuam em cidades catarinenses estão alimentação (27,1%), saúde, beleza e bem estar (20%) e serviços educacionais (13,4%).
     O setor de franquias, que continuou crescendo durante a crise, embora menos, deve seguir com bons níveis de incremento em 2018. A projeção para este ano é de aumento entre 7% e 10% no faturamento em relação a 2017.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Economia - 10/01/2018 - p. 10
Texto: Larissa Linder - larissa.linder@somosnsc.com.br
Imagem: Genésio Gasperini - Disponível em www.skyscrapercity.com 

Chapecoense: Reforço no ataque para a nova temporada - jan 2018


     Caras novas, embora nem tanto. Os 10 times que disputam o Campeonato Catarinense que se avizinha foram ao mercado, mas não muito longe, para se reforçar. Vide os principais jogadores contratados para encarar o Estadual que inicia na quarta-feira* da próxima semana. Os destaques de cada clube são atletas conhecidos no futebol de Santa Catarina, até mesmo do próprio torcedor do clube, na maioria das vezes.
     Avaí, Criciúma e Tubarão, por exemplo. têm entre as principais contratações jogadores que vestiram suas camisas antes. O Leão conta com André Moritz,  formado em sua base e que passou uma década no exterior e agira volta a usar azul e branco. O Tigre e o Peixe, por sua vez, têm atletas que nem passaram tanto tempo desde a última partida pelas equipes. Élvis estava no Heriberto Hülse no segundo semestre de 2016, e Daniel Costa jogou pelo time do Domingos Silveira Gonzales no Catarinense passado,
     Somente Chapecoense e Figueirense têm destaques que vão para o seu primeiro Catarinense - o atacante Guilherme e o goleiro Denis, respectivamente. 



     Houve atleta que não precisou ir longe para trabalhar em novo clube. Estes são os casos de Concórdia, Hercílio Luz, Inter de Lages e Joinville. De acordo com o gerente de futebol do JEC e membro da Associação Brasileira de Executivos de Futebol (Abex Futebol), Carlos Kila, montar um elenco atualmente exige ainda mais do dirigente.
     - Acontece em função da economia também. O nível de investimento cai, e ele tem que ser criativo para montar um grupo equilibrado, com qualidade e experiência. E precisa ser criterioso para contratar pela exigência ainda maior. Outra alternativa é a troca, como tem ocorrido inclusive em grandes clubes do país. Se há dificuldades em uma posição e excesso de atletas em outra, é uma maneira criativa de solucionar a questão - relaciona o executivo.
     Quando a bola rolar, enfim, o torcedor poderá descobrir se a criatividade dos dirigentes foi acertada, se as apostas foram certeiras. E falta pouco para ver isso de perto.
*17/01/2018.
Fonte: Jornal de Santa Catarinense - Catarinense - 09/01/2018 - p. 19
Texto: João Lucas Cardoso - joao.lucas@somosnsc.com.br

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Oeste: Vendas de veículos novos - jan 2018

O Jornal de Santa Catarina publicou, sob o título 'Otimismo para vendas de veículos no Vale em 2018', dados sobre a evolução das vendas de veículos novos no Vale do Itajaí no período 2016-2017. Para fins de comparação, publicou um quadro com as vendas realizadas no período em outras regiões de Santa Catarina.


Fonte: Jornal de Santa Catarina - Economia - 09/01/2017 - p. 8
Reportagem: Augusto Ittner - augusto.ittner@somosnsc.com.br - Blumenau 

São Miguel d'Oeste e Campo Erê: Palestras do senador Álvaro Dias - jan 2018


Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Moacir Pereira - 09/01/2017 - p. 7



     Qual o objetivo da visita?
     Estamos numa fase de pré-campanha, onde se busca colher sugestões, ouvir as pessoas. A proposta de governo não é mais importante do que a apresentação das credenciais, ou seja, do passado, da história do candidato, o que fez e como fez, se tem uma experiência administrativa.

     Como o senhor se coloca com as pesquisas indicando polarização?
     Está havendo uma interpretação equivocada das pesquisas. Não há definição do eleitor. 70% deles não têm candidato. Quando se diz que fulano tem 30% de intenção de votos ele tem 30% de 30% dos eleitores, portanto apenas 9%. O que a análise da pesquisa deve considerar é a rejeição. Ela, sim, é vital porque diz respeito ao passado e ao presente dos candidatos.

     O que será diferente em sua proposta de governo?
     Enquanto alguns dizem que a sociedade está buscando um outsider ou candidato alternativo, os eleitores dizem diferente. Querem experiência administrativa e passado limpo. Defendo um governo reformista, que promova a refundação do Estado brasileiro, com seu enxugamento, tornando-o mais econômico, mais inteligente e mais eficiente. Isso passa pelo Legislativo, com a redução dos quadros em todas as instâncias. E passa pela eliminação dos privilégios das autoridades dos três poderes. Quando se fala em auxílio-moradia, em verba indenizatória e outros penduricalhos, estamos falando em complementação salarial que provoca indignação nos brasileiros, com justificada razão.

     E a reforma previdenciária?
     Todas as reformas são necessárias, a começar pela reforma do Estado. O Estado brasileiro está falido, que cresceu pelo modelo corrupto criado, consolidado e institucionalizado em Brasília, clonado e transplantado para Estados e municípios. O Brasil não melhora com este sistema corrupto de balcão de negócios, uma usina de escândalos e corrupção, e matriz de governos corruptos e incompetentes existentes no país nos últimos anos.

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Moacir Pereira - 12/01/2018 - p. 11