quarta-feira, 18 de abril de 2012

Curitibanos: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011

Esta encerra o ciclo de postagens que reproduzem parcialmente o encarte "Retratos do desenvolvimento", veiculado originalmente nos jornais do Grupo RBS em Santa Catarina. É justo dedicar este espaço ao município de Curitibanos, por ter dado origem a Campos Novos e outros municípios, e assim sido berço de diversos municípios do Meio Oeste de Santa Catarina. Boa leitura!


          Curitibanos é um dos municípios de referência em Santa Catarina. Com uma população de cerca de 38 mil moradores, localiza-se no centro do Estado e tem ligação com as BRs 116, 282 e 470, pontos estratégicos de transporte de mercadorias.
          Primeiro núcleo populacional do Planalto Catarinense, Curitibanos nasceu como pouso de tropeiros sulinos que levavam gado do Sul para as capitanias do centro do país. Palco das revoluções Farroupilha e Federalista e também da famosa Guerra do Contestado, foi parcialmente destruída pelo fogo em 1914, incendiada por centenas de fiéis em um feroz protesto contra a ofensiva militar nas cidades santas, a República e a propriedade privada de terras.
          Renascida nas cinzas, conserva a vocação de bem acolher os turistas. De sua área original desmembraram-se os municípios de Santa Cecília, Lebon Régis, Ponte Alta, Campos Novos, Canoinhas e parte dos territórios de Fraiburgo, Caçador e Matos Costa.
          Parte desta história está guardada no museu Antônio Genemann de Sousa. O museu foi fundado em 1972, no antigo prédio da prefeitura. Os principais artigos e registros históricos encontrados lá são os da Guerra do Contestado. Ao lado fica localizada a Igreja Matriz Imaculada Conceição, com destaque para a pintura nas paredes e no teto.

          O crescimento da cidade de Curitibanos pode ser visto das partes mais altas do município. Da imagem feita em 1942, nada mais resta. Os poucos ranchos de madeira deram lugar a casas e edifícios residenciais. É o que se enxerga comparando do mesmo ângulo o antigo Morro do Hospital, hoje conhecido como Morro do Asilo.
          Além da importância histórica, Curitibanos tem muitas belezas naturais. Campos verdes, araucárias seculares e degraus de rocha basáltica formando saltos e cachoeiras nos rios da região, além de fazendas centenárias.

POLO MULTICULTURAL ATUAL

          Com boa infraestrutura urbana, Curitibanos conta com rede hoteleira de qualidade, além de bons restaurantes. Como os primeiros colonizadores foram os tropeiros vindos do Sul, as tradições gaúchas estão presentes no modo de vestir, no linguajar, nas cantigas e na alimentação. Mas a vinda dos imigrantes italianos, alemães e japoneses alterou os costumes e a economia, transformando a cidade em polo multicultural. Em setembro, a Semana Farroupilha revive as tradições gaúchas, com manifestações culturais. Um dos marcos é o Capão da Mortandade, lugar de um sangrento combate ocorrido em 1842, batizado com esse nome por causa do grande número de vítimas. Fala-se em 400. Em maio, a Expocentro realiza exposição agropecuária, industrial, comercial e de artesanato, com shows e bailes.

PLANO PARA SE DESENVOLVER

          A administração do município lançou recentemente o Plano Diretor de Desenvolvimento Socioeconômico para os próximos 20 anos, dando início ao Projeto Curitibanos 2031. O programa inclui quase 30 ações pontuais nas áreas de infraestrutura, saneamento, educação, saúde, lazer, esportes, indústria e comérco e bem-estar social. São obras e ações que, de acordo com o prefeito de Curitibanos, Wanderley Agostini, ao serem promovidas provocam uma "reação em cadeia" e repercutem em desenvolvimento em todos os setores, especialmente o social, com elevação da oferta de emprego e geração de renda.

População: 37.748 habitantes em 2010
Área: 952,285 km2
Quem nasce lá é... curitibanense
Emancipação: 11 de junho de 1869

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.
Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.

domingo, 8 de abril de 2012

Lages: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011

Na postagem anterior comentamos o surgimento de vários municípios do Meio Oeste de Santa Catarina a partir de território que no passado pertenceu a Lages. O processo teve início com a criação do município de Curitibanos, que mais tarde deu origem ao de Campos Novos. Este, por sua vez, deu vida a outros municípios atualmente situados no Meio Oeste catarinense - vide postagem anterior.


           O cenário do Centro da cidade de Lages possibilita uma volta ao passado. Alguns de seus antigos prédios conservam ainda traços originais de décadas. Suas praças guardam monumentos que contam a história iniciada no começo do século 18, com a chegada dos primeiros europeus* que se fixaram no município. O povoamento dos "Campos de Lagens" decorreu da necessidade de se abrir caminho para atingir as campinas do Rio Grande do Sul, ricas em gado, o que despertava nos paulistas e mineiros a ambição de estabelecer intenso comércio com os estacieiros gaúchos.
          Parte desta história de crescimento e evolução de um dos principais municípios catarinenses é testemunhada pela Catedral Nossa Senhora dos Prazeres, feita de pedra-sabão e iniciada em 1912 pelos padres franciscanos. Foram 10 anos de obras de uma estrutura arquitetônica refletida em vitrais e que surpreende pela beleza e sentimento de solenidade que provoca em seus visitantes.
          Falar da Catedral de Lages é exaltar o trabalho desenvolvido pela Igreja Católica, especialmente a partir da criação da sua diocese. Até 1926, a Igreja em Santa Catarina encontrava-se organizada numa única diocese, a de Florianópolis.
         
         

     Devido à extensão geográfica e às necessidades pastorais, as primeiras dioceses desmembradas foram Joinville e Lages. Dom Daniel Hostin foi o primeiro bispo diocesano de Lages, seguido por Honorato Piazzera. Com a nomeação de dom Honorato, a Diocese de Lages não sofreu interrupção de continuidade. Seu episcopado foi marcado por sua bondade, simplicidade e diálogo constante. Faleceu em 1990 e seu corpo sepultado na cripta da Catedral Diocesana. Na sequência, assumiu dom Oneres Marchiori. Hoje, o comando está com dom Irineu Andreassa, nomeado bispo diocesano de Lages pelo Papa Bento XVI no dia 11 de novembro de 2009.


          A trajetória da Igreja em Lages tem se dado dentro de uma ação social. Isso decorre desde os primeiros tempos. Um pouco afastado da catedral, entre as ruas Correia Pinto e Nossa Senhora dos Prazeres, um prédio serve como símbolo deste engajamento. Popularmente chamado de Casa do Bispo, o prédio foi tombado e conserva parte do traçado com sua sacada, aberturas e portão de acesso. Ao lado, um edifício residencial com três andares. Um casarão antigo é vizinho do prédio que abrigou a Cáritas Diocesana. A rua ganhou asfalto, e a calçada, em lajotas, também está conservada.

POTENCIAL NO TURISMO RURAL
         
        Lages ficou conhecida pelas tradições na pecuária. Seus primeiros ciclos econômicos foram os do couro, da carne e da erva-mate. O município ainda tem o maior rebanho bovino do Estado, com cerca de 76 mil cabeças. O ciclo econômico da madeira teve seu auge entre 1950 e 1970. Para se ter uma ideia da importância desta matéria-prima, até Brasília, que surgia no final dos anos 1960**, foi moldada com madeira de Lages. Com o fim da exploração da madeira, a economia sofreu um revés. Uma das saídas foi o plantio de pinus.
          Lages possui infraestrutura moderna e um povo hospitaleiro, o que rendeu à cidade o título de Capital Nacional do Turismo Rural. As fazendas com taipas centenárias atraem visitantes, que usufruem o prazer da lida campeira. São comuns os eventos e festas, com destaque para o artesanato, folclore regionalista com suas danças, música e gastronomia.
          A influência dos imigrantes e de costumes de outros estados temperam a farta culinária regional. Lages é privilegiada pela natureza e pelo clima. As coxilhas despontam como um potencial turístico fundamental ao turismo no meio rural.
          A mata de araucária é a vegetação predominante na Serra Catarinense. A floresta de araucária é frequentemente entrecortada por extensas áreas de pastagens nativas. O relevo é constituído de um planalto de superfícies planas, onduladas e montanhosas.

FUTURO PASSA PELO EMPREGO
         
          O desenvolvimento econômico de Lages passa pela geração de novos postos de trabalho. A realidade atual de desemprego é enfrentada por muitos lageanos, com isso, a necessidade de expansão, aumento de produção e de exportação de empresas, como a Vossko, companhia alemã fundada em 2003, com a meta de produzir artigos de frango cozido para o atacado e supermercados, assim como produtos especiais, para o processamento industrial.
          O município investe em infraestrutura, como a reforma e revitalização geral do Terminal de Passageiros do Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo. O governo assumiu a reforma da pista, e a prefeitura ficou responsável pela parte do terminal de passageiros e pelo saguão do aeroporto.
          Recentemente, Lages recebeu o Certificado da Campanha Mundial de Redução de Desastres, organizada pela UNO. Com a certificação, a cidade fica credenciada a encaminhar projetos diretamente para a ONU. A Campanha Estratégia Internacional para Redução de Desastres (EIRD/ONU) se pauta na crescente urbanização mundial e nos problemas decorrentes de uma ocupação desordenada, em contraponto à necessidade de prever riscos e criar ferramentas de adaptação. O plano quer utilizar a habilidade de uma comunidade exposta a riscos, resistir, absorver, acomodar-se e reagir.

População: 156.727 habitantes em 2010
Área: 2.629, 789 km2
Quem nasce lá é ... lageano
Emancipação: 25 de maio de 1860


* Antônio Correia Pinto de Macedo, mais conhecido por Correia Pinto, foi o desbravador que iniciou, em 1766, a povoação que daria origem a Lages. No entanto, a impropriedade do terreno fez com que mudasse três vezes seu local de fundação. Declarou fundada a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens em 22/05/1771.

** O correto é "no final dos anos 1950".

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Lages: Os primórdios do Meio Oeste de Santa Catarina

Vasculhar o passado leva a descobertas interessantes. Ao longo da divulgação dos textos do encarte "Retratos do desenvolvimento", nos demos conta de que alguns municípios do Meio Oeste de Santa Catarina têm sua origem em território que no passado pertenceu a Lages, na Serra Catarinense.

Lages no passado
A relação de Lages com o Meio Oeste teve início com a criação do município de Curitibanos, do qual, posteriormente, teve origem o de Campos Novos. Deste último, como se verá, originaram-se outros que hoje se situam no Meio Oeste. Por este motivo, em breve dedicaremos também a Lages e Curitibanos seu merecido espaço na divulgação dos "Retratos do desenvolvimento".

           Lages deu origem ao município de Curitibanos, criado pela Lei No. 635 de 11/06/1869.

          Curitibanos contribuiu para o surgimento de diversos municípios, mas à presente abordagem bastam as menções a Campos Novos, criado pela Lei No. 923 de 30/03/1881, e Fraiburgo, criado pela Lei No. 797 de 20/12/1961.

          Campos Novos, por sua vez, deu origem a Caçador, criado pela Lei No. 508 de 22/02/1934, Capinzal e Piratuba, criados pela Lei No. 247 de 30/12/1948, e Erval Velho, criado pela Lei No. 889 de 18/06/1963.

          Caçador, posteriormente, daria origem aos municípios de Videira, criado pela Lei No. 941 de 31/12/1943, e Rio das Antas, criado pela Lei No. 348 de 21/11/1958.

          Capinzal deu sequência ao processo, dando origem ao município de Ouro, criado pela Lei No. 870 de 21/01/1963.

          Piratuba contribuiu com a criação de Peritiba, pela Lei No. 887 de 14/06/1963, e Ipira, pela Lei No. 888 da mesma data.

           Ouro deu origem a Dois Irmãos, criado pela Lei No. 931 de 11/11/1963, e na mesma data, a Lacerdópolis, criado Lei No. 932. Pela Lei No. 1037 de 29/12/1965, o município de Dois Irmãos teve seu nome alterado para Presidente Castello Branco.

          Videira originou Tangará, criado pela Lei No. 247 de 30/12/1948, Salto Veloso, criado pela Lei No. 782 de 15/12/1961, Arroio Trinta, criado na mesma data pela Lei No. 783 e Pinheiro Preto, criado pela Lei No. 817 em 04/04/1962.

          Tangará deu origem a Mararí, criado pela Lei No. 879 de 05/04/1963. No entanto, a emancipação do antigo distrito foi considerada inconstitucional em decisão do Supremo Tribunal Federal de 22/10/1964, o que levou à suspensão da criação do Município de Mararí, pela Resolução No. 53 de 20/05/1965 do Senado Federal.

          A origem de diversos destes municípios aparece de forma simplificada, reduzida à lei que os criou. No entanto, sua história é mais complexa, pois, ao longo do histórico de sua povoação, podem ter, ainda que parcialmente, pertencido, na forma de distritos ou de pequenas localidades, a outros municípios. Ressalvamos que é possível que novos municípios tenham sido criados posteriormente a partir dos já citados, em processos de emancipação político-administrativa ocorridos nas últimas décadas, mas entendemos ser o acima exposto suficiente para demonstrar o papel de Lages e Curitibanos na formação geopolítica do Meio Oeste catarinense.

Fonte: CABRAL, Oswaldo R. História de Santa Catarina. Florianópolis: Lunardelli, 1987.
Imagem: acervo do IBGE.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Chapecó: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011

Nesta postagem referente à reprodução de textos do encarte "Retratos do desenvolvimento", ao qual vimos nos dedicando há algum tempo, afinal o justo espaço pertencente a Chapecó, ícone do desenvolvimento do Oeste de Santa Catarina. Lá, em função de atividades junto à Universidade do Oeste de Santa Catarina, assim como em Joaçaba, fiz muitos e bons amigos. Aliás, o texto comete uma injustiça ao omitir a UNOESC, incorporada à vida de Chapecó há poucos anos, mas, graças ao seu competente corpo docente e administrativo, já consolidada no universo acadêmico da cidade e região e contribuindo decisivamente para com o seu desenvolvimento.


          Um vilarejo cercado por mato, onde se destacam as araucárias ao fundo. Este é o cenário de Chapecó na década de 1930. A sede do atual município recentemente havia sido definida. Já tinha sido no Distrito de Marechal Bormann e até em Xanxerê. A escolha da região do Passo dos Índios foi em 1931. O traçado das ruas foi todo planejado, com avenidas largas. Ainda não havia rua calçada. O Rio Passo dos Índios cortava a Avenida Getúlio Vargas.
          Chapecó nas décadas de 1930 e 1940 abrangia uma área de aproximadamente 14 mil quilômetros quadrados, estendendo-se de Joaçaba até a fronteira com a Argentina. De acordo com o responsável pelo Centro de Memória do Oeste Catarinense, Miriam Carbonera, nesta época, o comércio de terras para famílias de italianos e alemães vindos do Rio Grande do Sul e, em muitos casos, de países europeus, possivelmente era o negócio mais lucrativo. Além da extração florestal e da agricultura.
          Miriam, que é técnica em Arqueologia da Unochapecó, conta que a exploração da madeira trazia a industrialização da região, com a criação de serrarias. Também alguns pequenos comércios iam se formando ao passo que eram formadas as vilas, linhas ou comunidades. A madeira era transportada até a Argentina pelo Rio Uruguai por meio de balsas. Os balseiros tinham que esperar as cheias do rio para conseguir passar pelo Salto do Yucumã, que fica próximo a Itapiranga, entre o município gaúcho de Derrubadas e a fronteira com a Argentina. Alguns mantimentos eram buscados no Rio Grande do Sul, utilizando a travessia com balsa.
          Nas décadas de 1930 e 1940, observa-se crescimento populacional. Se o município contava, na década de 1920, com pouco mais de 11 mil habitantes, no final da década de 1940, já contava com aproximadamente 40 mil habitantes. As agroindústrias ainda não haviam chegado. No alto da avenida se destacava a igreja, que depois acabaria queimada no episódio do Linchamento, em 1950, e substituída pela atual Catedral Santo Antônio.


GARGALOS PARA O CRESCIMENTO

          A maior cidade do Oeste apresentou um crescimento de 24,9% entre 2000 e 2010, segundo o IBGE. Chapecó passou de 146 mil para 183 mil habitantes. O que, há um século, era um vilarejo, hoje é uma cidade de médio porte, que está adquirindo maturidade. Tanto que, neste ano, ganhou seu primeiro shopping center. A agroindústria ainda continua sendo o grande indutor do crescimento.
          Um dos gargalos para o crescimento é melhorar os acessos, tanto na duplicação da BR-282 quanto na melhoria do trânsito na cidade. De acordo com o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unochapecó, Alexandre Maurício Matiello, o atual modelo, com possibilidades de manobras e cruzamentos, deve ser substituído por vias de mão única e faixas exclusivas para transporte coletivo.

POLO QUE SE CONSOLIDA

          Em menos de uma década, Chapecó se consolidará como polo do Oeste não só na agroindústria, mas também nas áreas de educação e saúde. A Universidade Federal da Fronteira Sul estará funcionando no campus próprio. O aeroporto, que já estará ampliado, deve ter uma decolagem a cada 30 minutos, segundo cálculo do secretário de Planejamento do município, Márcio Sander. A cidade deevrá contar com 250 mil habitantes em 2020.
          A Arena Condá estará concluída e a Chapecoense disputando a Série B do Campeonato Brasileiro. A cidade será abastecida por água do Rio Chapecó, pois o Lageado São José não dará mais conta da demanda. O Goio-Ên terá se tornado uma atração turística com hotel e Parque Aquático.

População: 183.530 habitantes em 2010
Área: 624,304 km2
Quem nasce lá é...chapecoense
Emancipação: 25 de agosto de 1917

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.

terça-feira, 20 de março de 2012

Joaçaba: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011

Damos continuidade à reprodução das matérias do encarte "Retratos do desenvolvimento" referentes aos municípios do Meio Oeste e Oeste de Santa Catarina, distribuído pelos jornais do Grupo RBS no final de 2011. Na presente postagem, o texto sobre o município de Joaçaba, que, juntamente com Herval d'Oeste, por conta de eternos laços fraternos construídos há precisos 10 anos, e do rio que a corta, considero cidade-irmã da minha terra natal.


          O cheiro doce ainda está no ar. Não saído da chaminé da velha fábrica, mas na memória dos antigos moradores da Rua XV de Novembro, Centro de Joaçaba. Os primeiros registros da rua são de 1925, a principal testemunha do crescimento do município. Se hoje seus quarteirões estão ocupados por lojas, fábricas, repartições públicas e edifícios residenciais, no passado abrigavam, entre outros estabelecimentos, uma pequena indústria de guloseimas. A comerciante Delci Fappa, 70 anos de vida e 50 como moradora, lembra bem desses tempos:
          - Era um cheirinho... Aqui era a "rua dos ricos", com muitas mansões. As famílias com menos posses moravam em outros lugares. Tudo era muito diferente de hoje, sem asfalto e bem menos movimento.
          Outros moradores mencionam também uma moenda de café, aproveitando-se da farta produção de pés nas chácaras nos arredores. Agora, no lugar dos antigos casarões, novos estabelecimentos. Laboratórios, lojas, espaços comerciais e edifícios residenciais. A Rua XV de Novembro, palco também do Carnaval da cidade, assiste à expansão de um núcleo que começou com a colonização de famílias gaúchas, principalmente as da região de Caxias do Sul, de origem italiana e alemã que, de posse de pequenas colônias de terra, deram os primeiros passos na produção agrícola.


          A área do município, durante muitos anos, era expressiva territorialmente, com terras férteis e matas nativas, o que proporcionou a exploração da madeira e da erva-mate, atividades que eram desenvolvidas paralelamente à agricultura. Mais tarde, começaram a surgir as primeiras indústrias de implementos agrícolas, acentuando as atividades comerciais e formando a base econômica do município, que passou a liderar uma região potencialmente produtiva. Com o forte comércio já predominando e com o surgimento das primeiras indústrias no segmento metalmecânico, a cidade de Joaçaba consolidou sua posição de destaque no cenário estadual.
          O decreto-lei que criou o município é o 1147, de 25 de agosto de 1917, sancionado pelo então governador do Estado, coronel Felipe Schmidt. O município, com o nome de Cruzeiro e sede provisória em Limeira só foi instalado em novembro de 1917. A Lei Municipal número 15, de 02 de janeiro de 1919, criou o Distrito de Limeira e a Lei Estadual 1243, de 20 de agosto do mesmo ano, transferiu a sede para o povoado de Catanduvas, que passou à categoria de vila, com o nome de Cruzeiro.
          Em 1926, pelo Decreto Estadual 1848, a sede retornou ao povoado de Limeira. Em 1938, pelo Decreto Estadual 86, a Vila Cruzeiro do Sul foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Cruzeiro. Finalmente, em 1943, pelo Decreto-Lei Estadual número 238, de 31 de dezembro, município e cidade passaram a denominar-se Joaçaba.
          Em obediência à legislação federal que proibia a duplicidade de topônimos para cidades e vilas brasileiras, o município e a cidade passaram a denominar-se Juaçaba, palavra que em tupi-guarani quer dizer "encruzilhada" ou "cruzeiro", para alguns, e "cruz dos índios", para outros. Logo depois, a Câmara dos Vereadores modificou o termo para Joaçaba.
          Com o passar dos anos, o grande território começou a diminuir em virtude do crescimento das vilas e distritos. Catanduvas, Luzerna e Herval d'Oeste, hoje consideradas cidades-irmãs, junto com Joaçaba, tornaram-se independentes, porém, ainda muito ligadas à Capital do Meio-Oeste.

População: 27.020 habitantes em 2010
Área: 232,354 km2
Quem nasce lá é ...joaçabense
Emancipação: 25 de agosto de 1917

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.


domingo, 11 de março de 2012

Videira: "Retratos dos desenvolvimento" - 24/11/2011

Esta é nossa primeira incursão na história do importante município de Videira, reproduzindo, integralmente, matéria publicada no encarte "Retratos do desenvolvimento", como parte integrante do Jornal de Santa Catarina e de outros veículos do Grupo RBS em Santa Catarina.


          A ponte de madeira deu lugar a uma nova, de cimento, mas o lugar é quase o mesmo. O trânsito, no entanto, está muito mais intenso. Inaugurado em 25 de março de 1934, o elo entre as vilas Perdizes e Victória é testemunho do crescimento da hoje Videira. Projetada pelo construtor alemão Otto Koert, foi batizada de Ponte Luiz Kellermann e foi considerada uma referência na época, por não ter pregos ou parafusos. A madeira era apenas encaixada.
          Réplica e dados estão no museu da cidade, explicando tratar-se da maior ponte do mundo em vão livre, com 67 metros, e feita de madeira a partir de árvores extraídas das margens do Rio do Peixe. Como exemplo, um angico com um metro de diâmetro e cinco metros de largura.
          Em 1949, foi substituída pela Ponte Aderbal Ramos da Silva, com passarela para pedestres e trânsito de veículos em sentido único.


          Além das mudanças na própria ponte, a paisagem ao redor do Rio do Peixe modificou-se bastante ao longo do tempo. Ao fundo, o que no passado seria, de acordo com o relato dos moradores, uma fábrica de banha, hoje é ocupado por uma revenda de motocicletas. No Bar Brasil, ainda no local, alguns traços remetem para um antigo armazém. Uma réplica do que seria a casa do telégrafo hoje abriga um posto da Polícia Militar.
          A colonização da cidade de Videira iniciou-se em 1918, na então Vila do Rio das Pedras. Em 1921, para atrair novos colonos, mudou o nome para Perdizes. Mais tarde, foi necessário unir Perdizes a outra localidade para facilitar a vida das famílias. A instalação oficial do município em 1944, 10 anos depois da Ponte Kellermann estar em atividade.
          O nome Videira deve-se ao fato de a região ser um grande centro vitivinicultor de Santa Catarina. O avanço dos parreirais na região deu origem à primeira Festa da Uva, realizada no ano de 1942. Desde então, o evento se repete e recupera a memória dos moradores, com a animação italiana característica.

VINHO, MUSEU E ASTRONOMIA

          A maioria dos atrativos turísticos de Videira está ligada ao vinho, como o Museu do Vinho, onde se reproduz a forma de produção da bebida na época da colonização.
          O Museu do Vinho Mário de Pellegrin está localizado no eixo cultural da cidade, que compreende a Igreja Matriz, a Praça do Coreto e a Biblioteca Municipal Euclides da Cunha. O museu conta a história da uva e do vinho por meio da exposição de equipamentos usados pelos primeiros colonizadores para a fabricação do vinho colonial. Videira possui rios, cascatas e áreas verdes. Vários sítios e fazendas da região são excelentes para a prática do turismo rural, com direito a gastronomia típica, vinho artesanal, produtos coloniais, passeios, trilhas e visita a pomares. Desde 2003, Videira possui um observatório astronômico aberto à visitação.

INDÚSTRIAS PARA O FUTURO

          A diversificação econômica, que abrange setores como pecuária, fruticultura e automação, faz de Videira um polo econômico. A prefeitura adquiriu um terreno para a construção do novo distrito industrial, destinado a micro e pequenas empresas, além de duas áreas para a construção de loteamentos habitacionais e um terreno para a nova rodoviária. A área é de 121 mil metros, avaliada em R$ 544 mil, e fica na localidade de Campina Bela, a apenas dois quilômetros do Centro. Videira é o berço da Perdigão, empresa responsável pelo desenvolvimento da cidade. Sede da secretaria regional, Videira foca agora no desenvolvimento de técnicas para aprimorar a produção e posicionar sua economia como uma das principais do Estado.

População: 47.188 habitantes em 2010
Área: 377,856 km2
Quem nasce lá é...videirense
Emancipação: 29 de janeiro de 1953

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.


Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.

Caçador: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011

O município de Caçador mereceu nossa atenção em postagem de 14 de julho de 2010. Hoje, com a reprodução do texto do encarte "Retratos do desenvolvimento" publicado no Jornal de Santa Catarina em 24/11/2011, damos mais uma pequena contribuição à divulgação da sua história.


          O Ginásio Aurora está na memória dos moradores de Caçador, no Meio-Oeste. Fundado em 1928 pelo casal Dante e Albina Mosconi, no Bairro Santelmo, o Colégio Aurora foi um marco para o desenvolvimento da cidade. O método de educação do Aurora era referência. Famílias de todas as regiões traziam seus filhos para estudar ali. Com 79 anos de idade, o comerciante Osvaldo Mariani lembra dos tempos em que foi um dos internos:
          -  O ensino era exemplar. Quando a gente concluía o ginasial, que seria hoje até o sexto ano, sabíamos tanto quanto muitos cursos universitários de hoje - conta Mariani, proprietário de uma loja de aviamentos a poucos metros de outro marco caçadorense, a ponte de madeira sobre o Rio do Peixe, a Antônio Bortolon.
          Hoje, no local onde existia o Ginásio Aurora está instalado o Colégio Bom Jesus Aurora, que pertence a uma rede. Do prédio de madeira, que abrigava por ano em torno sw 80 alunos internos, apenas uma parte foi mantida e abriga a biblioteca.


          Chegaram o asfalto, a rede elétrica e as casas, sinal da evolução que acompanha Caçador - segundo a história, antes de se tornar município, a região do Alto Vale do Rio do Peixe era uma grande floresta. Seus primeiros habitantes, depois dos índios, chegaram no início do século XIX. Eram caboclos oriundos da miscigenação de portugueses e espanhóis com os nativos Kaigang e Xokleng.
          Em 22 de fevereiro de 1934, foi criado o município de Caçador. Um fato ocorrido na década de 1940 e narrado por Domingos Paganelli foi que uma lei federal dizia que não poderia existir dois nomes iguais para municípios - o nome Caçador já existia em São Paulo. Segundo a lei, o município mais velho ficaria com o nome, sendo então cogitada a mudança do nome de Caçador, em Santa Catarina, para Caçanjurê. Mas Domingos Paganelli sugeriu que fosse consultado o Departamento de Geografia e Estatística do governo federal. Foi comprovado que Caçador, em Santa Catarina, tinha o nome há mais tempo.

AGRICULTURA É PROTAGONISTA

          Mesmo com o crescimento da indústria e dos serviços, a agricultura continua importante. O município conta com cerca de 230 indústrias. Mas são os dados da Secretaria da Agricultura que apontam a importância do meio rural. São produzidas por ano cerca de 100 mil toneladas, destacando-se tomatre, alho e cebola, além da fruticultura de clima temperado e as culturas de milho, feijão, batata, arroz e fumo. O tomate é destaque, com uma produção de quase 50 mil toneladas/ano, o que proporciona o título de "maior produtor do Estado".
          Uma tragédia na década de 1980 mostrou a força do município. Em 1983, uma enchente afetou várias famílias e deixou a cidade isolada. Pontes foram carregadas, inclusive a Ponte Coberta de Madeira, que foi reconstruída em 1985.

CRESCIMENTO FICA VISÍVEL

          A indústria é o setor responsável por grande parte do movimento financeiro do município, e deu a Caçador o título de "capital industrial do Meio-Oeste". Essa configuração começou nos anos 1990, quando a indústria teve um crescimento acelerado e as madeireiras passaram a exportar mais, colocando a cidade como um dos principais exportadores do Estado.
          Com as novas tecnologias e a indústria da madeira exportando em escala, a perspectiva é de um futuro próspero no que diz respeito a volume de produção. Caçador tem como destaque o setor metalmecânico, do couro e do calçado, de confecções e de plásticos. O crescimento da cidade é visível, coma construção civil em alta e o movimento de pessoas e veículos.

População: 70.762 habitantes em 2010
Área: 981,903 km2
Quem nasce lá é...caçadorense
Emancipação: 22 de fevereiro de 1934

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Piratuba: "Retratos do desenvolvimento" - 24/11/2011


Iniciamos nossas postagens referentes ao caderno "Retratos do desenvolvimento", ao qual nos referimos na postagem anterior, reproduzindo, integralmente, matéria sobre o belo município de Piratuba, originalmente veiculado nos jornais do Grupo RBS que circulam em Santa Catarina.
Tenho muito orgulho dos vários alunos com os quais tive o privilégio de trabalhar na UNOESC de Joaçaba e que se dedicam profissionalmente ao turismo em Piratuba, especialmente nos empreendimentos hoteleiros da cidade.
Quem visita a cidade, pode aproveitar, além das águas termais e de outros equipamentos turísticos, o nostálgico e divertido passeio de Maria Fumaça entre Piratuba e Marcelino Ramos (RS) promovido pela ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.



          Ontem, o menino brincava na estrada de chão povoada por casarões de moradia e de comércio. Hoje, o comerciante Camilo Batistelli tenta localizar as ruínas da igrejinha católica, do açougue e do armazém do lugarejo antes chamado de Vila Esteves Júnior, atual Comunidade Uruguai, às margens do Rio do Peixe, em Piratuba. Na imagem antiga, os trilhos por onde deslizavam os vagões. Na paisagem atual, paralelas em aço que conduzem apenas à história.
          A antiga estação do trem ainda está em pé. Também o paradouro, o hotel que hospedava aqueles que estavam de passagem. Na memória do morador Batistelli, tempos de singularidades. A instalação da família vinda do Rio Grande do Sul, os ensinamentos dos pais. Em meio ao mato salpicado com pedras escorregadias pala chuva, a redescoberta do pequeno templo que, aos domingos, abarcava famílias de descendentes de italianos.
          - A gente era pequeno, mas lembra até dos donos das casas. O morro era atrás e o rio correndo ali embaixo. A comunidade era toda acima do rio, mas, com o passar dos anos, foi desaparecendo e muitas mudaram-se para o outro lado - recorda.
          O cenário das terras de Piratuba, no Meio-Oeste do Estado, repete uma característica na região já no começo do século 20. O começo da colonização deu-se pela construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, da empresa Brasil Railway, entre 1907 e 1910. A ferrovia, utilizando o traçado do Caminho das Tropas, rasgava o sertão para facilitar o escoamento da produção. Na Estação Rio do Peixe, primeiro nome da atual Piratuba, o representante da empresa era o alemão Otto Deiss. Com a chegada, a partir de 1913, de famílias de origem alemã vindas de São Leopoldo, foi fundada a Vila do Rio do Peixe, pertencente ao município de Campos Novos. Com o seu desenvolvimento, a Vila do Rio do Peixe foi elevada à categoria de distrito no ano de 1923. Piratuba, no tupi-guarani, significa "abundância de peixes". A instalação do novo município aconteceu em 18 de fevereiro de 1949.


HOJE, DESTAQUE NA EDUCAÇÃO

          A economia da cidade de Piratuba também deslizou nos trilhos do trem. Com a estrada de ferro em atividade, foram implantadas alternativas de renda, como criação de gado, produção agrícola e extração de madeira. Em 1964, a Petrobrás encontrou um lençol de águas sulfurosas a 674 metros de profundidade. As águas estão sempre em 38,6°C e os banhos são considerados terapêuticos.
          A educação merece destaque. A Escola Municipal Professora Amélia Poletto Hepp serve de modelo. A unidade tem lousas digitais nas 17 salas de aula, que permite aos alunos interagir com o conteúdo exposto. As lousas têm internet, ligada a um servidor próprio da escola e permitem que o professor escreva e apague como nos antigos quadros-negros, mas os alunos gostam mesmo é da interação.

APOSTA NA QUALIDADE DE VIDA

          Turismo e qualidade de vida. O binômio procura ser executado em Piratuba, cidade que recebe em torno de 300 mil visitantes por ano. Isso para atender a um perfil traçado e que permitiu concluir que o visitante de Piratuba, especialmente de suas águas termais, procura por saúde e tranquilidade. Outro importante foco é o turismo náutico pelas águas do Rio do Peixe. Piratuba se destaca também por possuir uma rede hoteleira qualificada, além de casas de veraneio, pousadas e áreas de camping.
          Quem visita a cidade de Piratuba percebe que a parte central possui Centro Histórico. Os moradores se sentem estimulados e as casas são bem cuidadas, com jardins limpos e floridos.

População: 4.786 habitantes em 2010
Área: 145.704 m2
Quem nasce lá é...piratubense
Emancipação: 18 de fevereiro de 1949

Reportagem: Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe.
Fotos históricas: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Fotos atuais: Eduardo Cavalcanti, Felipe Carneiro e Alvarélio Kurossu.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas: Oeste , Meio-Oeste e Serra. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. p. 6-7.





terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Retratos do desenvolvimento: Meio-Oeste e Oeste de SC


No últimos meses do ano de 2011 os jornais do Grupo RBS que circulam em Santa Catarina - Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina - publicaram uma coleção de cinco interessantes cadernos, intitulados Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas. A iniciativa teve por objetivo convidar o leitor a acompanhar o avanço da urbanização nos municípios de nosso Estado tendo como ponto de partida fotografias antigas, feitas pelo Prof. Victor Antônio Peluso Junior nas décadas de 1930/1940, e cedidas pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), de cujo acervo hoje fazem parte. Os cadernos foram divididos em regiões e publicados como segue:
  • 24/11 - Oeste, Meio-Oeste e Serra: Caçador, Chapecó, Curitibanos, Joaçaba, Lages, Piratuba, São Joaquim e Videira.
  • 27/11 - Sul: Araranguá, Criciúma, Cocal do Sul, Jaguaruna, Laguna, Orleans e Tubarão.
  • 30/11 - Vale: Blumenau, Brusque, Gaspar, Ibirama, Itajaí, Rodeio e Timbó.
  • 04/12 - Norte: Araquari, Jaraguá do Sul, Joinville, Porto União, São Bento do Sul e São Francisco do Sul.
  • 07/12 - Capital e região: Biguaçu, Florianópolis, Imbituba, Palhoça, São José e São Pedro de Alcântara.
Três equipes de reportagem percorreram o Estado com o objetivo de demonstrar o avanço econômico e social destes 34 municípios: as repórteres Ângela Bastos, Melissa Bulegon e Paola Loewe, acompanhadas, respectivamente, dos fotógrafos Edu Cavalcanti, Alvarélio Kurossu e Felipe Carneiro. Limitaremos nossa atenção aos municípios de Caçador, Chapecó, Joaçaba, Piratuba e Videira, apenas por uma questão de fidelidade aos propósitos deste espaço, mas recomendamos aos interessados em conhecer o material completo, que procurem fazê-lo, pois a experiência é compensadora.

O Prof. Victor Antonio Peluso Junior nasceu em Florianópolis/SC em 05/07/1909 e faleceu na mesma cidade em 21/04/1994. Casado e pai de três filhos, foi geógrafo, historiador, político e professor emérito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formou-se engenheiro-geógrafo em 1928 e em 1932 foi nomeado auxiliar técnico da então existente Diretoria de Terras e Colonização, a serviço da qual realizou estudos e levantamentos topográficos pelo Estado. Criado o Conselho Nacional de Geografia, que mais tarde viria a ser o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), lançou-se uma campanha de incentivo ao registro das coordenadas geográficas de SC. Neste contexto, entre 1939 e 1946,  o Prof. Peluso percorreu todas as regiões do Estado lançando mão dos mais variados meios de transporte que lhe estavam disponíveis: ônibus, caminhão, carro de boi, canoa e, inclusive, lombo de mula. Remonta a este período o rico acervo de imagens por ele registradas que ilustra os cadernos publicadas pelos jornais do Grupo RBS. Ao longo das próximas postagens compartilharemos parte deste interessante trabalho.

Fonte: Retratos do desenvolvimento. Passado, presente e futuro das cidades catarinenses a partir de fotos históricas. Grupo RBS. Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina: 24/11/2011. 24p.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Seara/SC: os 55 anos de fundação do Frigorífico Seara

As imagens que ilustram este post foram publicadas originalmente num encarte distribuído pelo Jornal de Santa Catarina de Blumenau/SC, o mais importante do Vale do Itajaí. O informe comercial veiculou no dia 18/11/2011, em comemoração à fundação, em Seara/SC, na mesma data do ano de 1956, do Frigorífico Seara. O importante fabricante dos produtos alimentícias da marca Seara completava 55 anos de atuação no mercado e compartilhava com o grande público diversos aspectos de sua evolução ao longo do tempo.
Não demorou para que a empresa se consolidasse como sinônimo de qualidade em carnes de aves e suínos in natura e processadas, graças à ampliação de seus negócios e aos investimentos feitos em qualidade de processos e produtos. Atualmente a sede da empresa se localiza na cidade portuária de Itajaí/SC, onde possui o primeiro e único terminal privado de cargas frigoríficas do país. Mais de 21 mil funcionários trabalham nas nove unidades industriais da empresa, entre abatedouros e frigoríficos, nas quais são produzidas mais de 27 linhas diferentes de produtos, comercializadas nacional e internacionalmente. Entre elas, podem se citadas: banha, batata-frita, empanados, feijoada, hambúrguer, lasanha, linguiças curadas e frescais, Linha Festa, Linha Light, mortadelas, pão de queijo, pizzas, presuntos, salames, salsichas, sanduíches prontos, frangos, bovinos, cordeiro, suínos, etc.
Nos primeiros anos da década de 1980, a Seara foi adquirida pela Ceval, maior processadora de soja da América Latina, que ampliou o número de unidades industriais e dotou-as da tecnologia adequada ao seu mercado de atuação. No mês de dezembro de 1998 aconteceu a cisão da Divisão Carnes da Ceval, sendo imediatamente constituída a Seara Alimentos S.A., que passou, a partir de janeiro de 1999, a atuar como empresa independente. Com um forte foco no mercado exterior, abriu escritórios comerciais nos seguintes países: Argentina, Holanda, Cingapura, Japão e Dubai. Em fevereiro de 2005 a empresa foi adquirida pela Cargill e, em março de 2008, muda o nome para Cargill Meats Brazil, compondo a unidade de Negócios Cargill para proteína animal. Em setembro de 2009 a empresa passa à propriedade do Grupo Marfrig e é hoje um dos maiores fabricantes de alimentos do país no campo de produtos industrializados à base de carne de aves e suínos. Em 2010 foi feito um investimento histórico na marca Seara, escolhida pelo Grupo Marfrig para se tornar sua marca global, com diversas ações de marketing voltadas à sua consolidação junto ao público. Entre elas, ações no meio esportivo, como: patrocinadora do Santos Futebol Clube, da Seleção Brasileira de Futebol até 2026, da Copa América 2010, e das Copas do Mundo Fifa 2010 e 2014. Paralelamente a todas esta ações, a empresa estabelece um relacionamento emocional com os consumidores através da sustentabilidade, gerindo seu negócio contemplando princípios adequados à questão da responsabilidade ambiental. 
Com cerca de 90 mil funcionários, o Grupo Marfrig é uma das maiores empresas globais de alimentos à base de carne de aves, suína, bovina, ovina e de peixes, além de massas e vegetais. Sua plataforma operacional, composta por unidades produtivas, comerciais e de distribuição, está instalada em 22 países, nos cinco continentes. Os produtos da Seara, altamente diversificados, estão presentes nas mesas de consumidores em mais de 140 países.

Fonte: Jornal de Santa Catarina, 18/11/2011. Informe Comercial: Seara 55 anos - Empresa com uma trajetória consolidada. 4 p.