segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Oeste: 2018 - Ano para solucionar as antigas demandas: diversas obras importantes para a região - jan 2018

Prédio de nove andares custou R$ 28,2 milhões e está 98% concluído


     Uma das obras mais importantes para a região Oeste e que a população aguarda com ansiedade está prometida para o ano que se inicia: a inauguração do novo prédio do Hospital Regional do Oeste. A ampliação é esperada há mais de um ano, mas atrasos nos cronogramas de licitação e mudanças de detalhes no projeto geraram atrasos.
     O novo prédio, de nove andares, custou R$ 28,2 milhões e está 98% concluído. Serão 156 novos leitos que se somarão aos atuais 319, totalizando 475. O principal problema é a UTI*, onde existem 12 leitos gerais e cinco pediátricos, número considerado insuficiente para a demanda da região.
     - Muitas vezes temos que improvisar quatro a cinco leitos em quartos, pois não temos espaço na UTI - diz o diretor jurídico da Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, Paulo Winckler.
     No novo prédio serão 37 leitos de UTI, sendo 20 gerais, 10 pediátricos e sete coronarianos. Além disso, as salas cirúrgicas e leitos da oncologia serão ampliados e será implantado o serviço de hemodinâmica - onde são realizados procedimentos diagnósticos e terapêuticos nas áreas de cardiologia, neurologia e angiologia - considerado muito importante, pois médicos relatam que às vezes não conseguem salvar um paciente ou então há sequelas maiores pela falta do equipamento. Esse aparelho, que custa US$ 650 mil (cerca de R$ 2,2 milhões), já está em fase de licitação e deve entrar em funcionamento no primeiro semestre.
     Também foram licitados R$ 7,2 milhões em aparelhos para o novo hospital. Falta somente a aprovação do BNDES** e o depósito para a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, que repassará o valor para a associação hospitalar pagar os fornecedores.
     Falta lançar ainda a licitação de equipamentos internacionais, no valor de R$ 13 milhões. A instalação de móveis, estimada em R$ 1,5 milhão, deve ser concluída em janeiro.
     Outra pendência é repactuar os valores dos convênios com o governo federal e o Estado.
     - Atualmente o Estado nos passa R$ 1,8 milhão por mês e com a nova estrutura vamos precisar de cerca de R$ 5 milhões, pois a demanda vai aumentar bastante. Temos que contratar mais 350 pessoas - calcula Winckler.
     Ele prevê que dificilmente o novo prédio será inaugurado no primeiro semestre por causa das pendências que ainda precisam ser resolvidas.
*Unidade de Terapia Intensiva
**Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


     Outra obra aguardada para 2018 é a macroadutora do Rio Chapecozinho, que levará água para XanxerêXaximCordilheira Alta e Chapecó. Ela deveria ter iniciado em 2016, mas houve problemas na licitação, com recursos das empresas perdedoras, o que obrigou o lançamento de um segundo certame, que também foi alvo de recursos.
     Em novembro, o Tribunal de Contas da União autorizou a Casan a firmar contrato com a empresa vencedora da licitação para os 57 quilômetros de tubulação, com cerca de um metro de diâmetro. Falta o aval do Ministério da Integração para liberar os R$ 76 milhões. Depois disso, deve ser lançada a colocação dos tubos, captação, a estação de tratamento e os reservatórios de Xanxerê e Xaxim, que custarão mais R$ 150 milhões. A nova obra fornecerá 1,2 mil litros por segundo, o dobro do consumo de Chapecó. Presidente da Casan, Valter Gallina acredita que a obra será iniciada no primeiro semestre.


     A expectativa é de que neste ano inicie o transporte do milho do Paraguai para Santa Catarina, via porto de Major Otaño, no Paraguai, fazendo a travessia de balsa até Eldorado, na Argentina, seguindo à aduana de Dionísio Cerqueira.
     As obras de estacionamento dos caminhões nos portos do Rio Paraná já iniciaram. Mas são necessários alguns investimentos na pavimentação de 29 quilômetros de rodovia no lado paraguaio e melhorias nas aduanas. Santa Catarina consome 6,5 milhões de toneladas de milho e produz apenas metade disso.


     Melhorias nas rodovias do Oeste estão sempre entre as principais demandas da região. Uma delas é a retomada das obras na BR-163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira. Os trabalhos iniciaram em 2013, mas até agora foi realizado apenas 40% dos serviços previstos, como ampliação de terceira faixa, viadutos e recuperação do pavimento. O DNIT* está buscando rescisão com a empresa responsável, a Sulcatarinense, para lançar uma nova licitação.
     Também está previsto para o primeiro trimestre o início da recuperação da BR-282, entre Chapecó e São Miguel do Oeste, e da BR-158, entre a BR-282 e a divisa com o Rio Grande do Sul. O projeto prevê 33 quilômetros de terceiras faixas, trevos e recuperação da pavimentação e é elaborado pela Traçado, vencedora da licitação, no valor de R$ 158 milhões. Outra obra aguardada é o contorno viário leste de Chapecó, mas esse dificilmente sai do papel em 2018.
*Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

Fonte: Jornal de Santa Catarina - De ponto a ponto - Oeste - 30 e 31/12/2017 e 01/01/2018 - p. 4
Texto: Darci Debona
Imagem: Vanderlei Tecchio - Divulgação 

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