Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Moacir Pereira - 09/01/2017 - p. 7
Qual o objetivo da visita?
Estamos numa fase de pré-campanha, onde se busca colher sugestões, ouvir as pessoas. A proposta de governo não é mais importante do que a apresentação das credenciais, ou seja, do passado, da história do candidato, o que fez e como fez, se tem uma experiência administrativa.
Como o senhor se coloca com as pesquisas indicando polarização?
Está havendo uma interpretação equivocada das pesquisas. Não há definição do eleitor. 70% deles não têm candidato. Quando se diz que fulano tem 30% de intenção de votos ele tem 30% de 30% dos eleitores, portanto apenas 9%. O que a análise da pesquisa deve considerar é a rejeição. Ela, sim, é vital porque diz respeito ao passado e ao presente dos candidatos.
O que será diferente em sua proposta de governo?
Enquanto alguns dizem que a sociedade está buscando um outsider ou candidato alternativo, os eleitores dizem diferente. Querem experiência administrativa e passado limpo. Defendo um governo reformista, que promova a refundação do Estado brasileiro, com seu enxugamento, tornando-o mais econômico, mais inteligente e mais eficiente. Isso passa pelo Legislativo, com a redução dos quadros em todas as instâncias. E passa pela eliminação dos privilégios das autoridades dos três poderes. Quando se fala em auxílio-moradia, em verba indenizatória e outros penduricalhos, estamos falando em complementação salarial que provoca indignação nos brasileiros, com justificada razão.
E a reforma previdenciária?
Todas as reformas são necessárias, a começar pela reforma do Estado. O Estado brasileiro está falido, que cresceu pelo modelo corrupto criado, consolidado e institucionalizado em Brasília, clonado e transplantado para Estados e municípios. O Brasil não melhora com este sistema corrupto de balcão de negócios, uma usina de escândalos e corrupção, e matriz de governos corruptos e incompetentes existentes no país nos últimos anos.
Fonte: Jornal de Santa Catarina - Coluna de Moacir Pereira - 12/01/2018 - p. 11
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